Agora, passado o pior e ainda procurando pelos destroços e explicações, é possível refletir um pouco mais sobre a candidatura de Eduardo Campos. Tinha a equipe mais eclética e representativa do espectro político brasileiro. Desde o genial Ariano Suassuna até seus assessores mais próximos, alguns deles filiados ao PV e praticantes do Skate. Uma equipe jovem de espírito, independentemente da idade.
Neto do socialista Arraes, governador do Pernambuco, o jovem Eduardo Campos armava uma aliança que ia da extrema direita até a extrema esquerda. Pegava numa ponta os restos do carcomido PFL e na outra a vanguarda dos verdes. Dentro da estratégia dos socialistas, a lógica de dar um passo atrás para poder dar dois passos à frente era compreensível. Na prática, se fosse vitorioso no projeto, teria enormes contradições para aplainar no futuro. Era uma virtude pessoal ser tamanho conciliador. Sorriso amigo e amplo aliado a uma tenacidade fantástica.
Não desistam do Brasil, dizia.
Como diria o escritor catarinense Olsen Junior, "ultimamente só morrem os do nosso lado" : Valdir Alves, Ariano Suassuna, Pitanga, Robin Williams e agora o Eduardo Campos...
Assim vai desequilibrando a balança, pois os caretas, corruptos, idiotas, cínicos e vendidos vão fazendo maioria. E com o dinheiro público quando conseguem.
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