sexta-feira, 9 de junho de 2017

Badesc pratica assédio moral como “instrumento político partidário”, afirma MPT

 

 Pressão nos funcionários para mudarem pareceres e garantir liberação de créditos em operações de “duvidosa legalidade” ou com garantias “insuficientes” para “fins políticos” causaram prejuízos na agência de fomento estadual, segundo documento assinado por procurador do Trabalho e inspeção do Banco Central incluída em auditoria do Tribunal de Contas. Documentos mostram repasses “irregulares” para quatro empresas citadas por servidores que se dizem vítimas dos diretores do banco. Operações financeiras incluem a Construtora Espaço Aberto, líder do consórcio contratado pelo governo do Estado para recuperação da ponte Hercílio Luz até 2014 e que, segundo documento do Ministério Público do Trabalho, ofereceu como lastro para empréstimo de R$ 9 milhões apenas os “recebíveis” do Executivo catarinense. As testemunhas afirmam ainda que nenhuma parcela da dívida foi paga depois do cancelamento de contratos com a empreiteira catarinense.
   
   Lúcio Lambranho
   Funcionários submetidos há mais de 11 anos ao assédio moral e, em pelo menos um caso, danos psicológicos confirmados por perícias médicas. Cinco das vítimas se tornam testemunhas e revelaram os motivos das pressões sofridas no trabalho: serviram para aprovar empréstimos concedidos, mesmo com pareceres e informações financeiras contrárias, a seis empresas catarinenses.
   Quatro destas mesmas empresas aparecem destacadas em uma auditoria do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) e na inspeção do Banco Central do Brasil (Bacen) de 2015, todas beneficiárias de operações de crédito mesmo oferecendo garantias “insuficientes” ao assumirem dívidas na instituição financeira entre 2011 e 2012. Na área trabalhista, a investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT), mesmo sem conclusão desde setembro de 2005, afirma serem práticas com “fins políticos” e executadas por diretores da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina S.A. (Badesc).
   O Farol Reportagem teve acesso a dois documentos oficiais onde os investigadores e auditores narram as irregularidades apontadas pelo MPT e TCE-SC na instituição criada em 1973 com a missão de “fomentar o desenvolvimento econômico e social” de Santa Catarina.

Leia reportagem completa no FAROL






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