segunda-feira, 7 de maio de 2018

PRESO POLÍTICO?


por Emanuel Medeiros Vieira

Em memória de Rosa Luxemburgo (1871-1919)

Preso político é preso de consciência.
É àquele que foi preso por suas ideias.
E, no geral, é o homem que combate a opressão, a tirania e as ditaduras.

Nelson Mandela foi um perfeito exemplo de preso político.
Por quase três décadas esteve encarcerado por combater sem tréguas um regime racista, opressor e indigno – do “apartheid”(separação).
Foi um exemplo de profundo idealismo, tenacidade, resistência e autenticidade.
Como foram no Brasil, Luiz Carlos Prestes, Gregório Bezerra e tantos outros.
(Como os catarinenses que foram presos e barbaramente torturados na “Operação Barriga-Verde”, de 1975, muitos dos quais eram meus queridos amigos e não estão mais entre nós).

Nenhum indivíduo – em uma democracia – preso por corrupção –, com todos os instrumentos
legais, direito à ampla defesa, pode ser considerado preso político.
 “A prisão política é um ato de origem política, nunca de raiz judicial”, disse alguém.

Quem qualifica um homem preso por corrupção de prisioneiro político, está falseando a verdade.

E assim o faz, para glorificar o encarcerado, por ignorância ou má-fé. 
 Ou por acreditar que uma mentira repetida mil vezes, vira verdade. Ou por ter vocação inata para a mentira – como militantes de certas agremiações.

Não me alongarei mais.
Brasília, abril de 2018

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