JEROME VALCKE E RICARDO TEIXEIRA, EM ENCONTRO NO RIO DE JANEIRO. FOTO: ANDRÉ MELLO/AGÊNCIA O DIA |
Da Pública
Em todos os bares do mundo torcedores de futebol, irritados pela contínua corrupção da Fifa, gritam “A Fifa é uma máfia!” Mas máfia? Agora eles foram longe demais, não?
Não. Confie nos torcedores. Eles fazem um bom julgamento. Quando a presidente Dilma recebe os líderes do futebol mundial ela está acolhendo uma gangue que preenche todos os requisitos na definição acadêmica do que vem a ser um Sindicato do Crime Organizado.
O guia de Andrew Jennings para ativistas: nunca diga “Fifa”, nomeie e envergonhe cada um dos bandidos, ensina o jornalista britânico
Em todos os bares do mundo torcedores de futebol, irritados pela contínua corrupção da Fifa, gritam “A Fifa é uma máfia!” Mas máfia? Agora eles foram longe demais, não?
Não. Confie nos torcedores. Eles fazem um bom julgamento. Quando a presidente Dilma recebe os líderes do futebol mundial ela está acolhendo uma gangue que preenche todos os requisitos na definição acadêmica do que vem a ser um Sindicato do Crime Organizado.
1. A MÁFIA Olhe para o mundo do presidente Blatter: um chefe poderoso, compromissado com o próprio enriquecimento através de atividades criminosas que envolvem corrupção e propinas no fechamento de contratos. E ainda há a manipulação de resultados das partidas e a extorsão de bilhões de dólares de governos ingênuos – como o do Brasil.
Essa família criminosa tem até mesmo tribunais privados da Fifa e um sistema de disciplina que não pode ser contestado nos tribunais civis. E tem a cultura omertà, um código de honra e silêncio – você já ouviu algum funcionário da Fifa denunciado seus chefes?
Você já ouviu falar das Cinco Famílias de Nova Iorque, que dominavam a máfia italiana nos EUA sob um poderoso chefão? Pois a Fifa tem seis “famílias”. São as confederações que dominam cada continente: a Conmebol na América Latina, a Concacaf no Caribe, América do Norte e Central, a Uefa na Europa, a AFC na Ásia, A CAF na África e a OFC na Oceania.
Como os mafiosos de Nova Iorque, cada grupo é semi-autônomo e comanda seu próprio crime organizado, mas todos devem uma fidelidade suprema ao Capo di tutti i capi em Zurique.
Sempre me perguntam: “Depois de você ter exposto tanta corrupção na Fifa, como o Blatter ainda está no poder?”
Aqui vai a resposta. Não importa o que os torcedores, a mídia ou os políticos pensem ou digam sobre esses impostores, Blatter é intocável.
A Fifa é o conjunto de 209 associações nacionais. Elas, e ninguém mais, têm o poder de voto nos congressos da Fifa. A máquina de Blatter é lubrificada por doações para “desenvolvimento” de milhões de dólares para essas associações, que não são auditados, e pelo enorme comércio clandestino dos preciosos ingressos da Copa do Mundo, que vão parar debaixo do tapete.
O presidente Blatter se refere à sua “família do futebol”. Vamos corrigir isso: é a Família do Futebol do Crime Organizado.
Mas o que sabemos sobre Don Blatter e seus gângsteres que eles não querem que seja publicado?
Dois anos atrás uma fonte na Europa me deu uma lista de 170 propinas pagas para os funcionários do alto escalão da Fifa, totalizando o incrível valor de US$ 100 milhões.
Os nomes de João Havelange e Ricardo Teixeira estavam naquela lista e eu tenho orgulho de ter ajudado a forçar a saída do velho do COI e de seu ex-genro da CBF.
Essa família criminosa tem até mesmo tribunais privados da Fifa e um sistema de disciplina que não pode ser contestado nos tribunais civis. E tem a cultura omertà, um código de honra e silêncio – você já ouviu algum funcionário da Fifa denunciado seus chefes?
Você já ouviu falar das Cinco Famílias de Nova Iorque, que dominavam a máfia italiana nos EUA sob um poderoso chefão? Pois a Fifa tem seis “famílias”. São as confederações que dominam cada continente: a Conmebol na América Latina, a Concacaf no Caribe, América do Norte e Central, a Uefa na Europa, a AFC na Ásia, A CAF na África e a OFC na Oceania.
Como os mafiosos de Nova Iorque, cada grupo é semi-autônomo e comanda seu próprio crime organizado, mas todos devem uma fidelidade suprema ao Capo di tutti i capi em Zurique.
Sempre me perguntam: “Depois de você ter exposto tanta corrupção na Fifa, como o Blatter ainda está no poder?”
Aqui vai a resposta. Não importa o que os torcedores, a mídia ou os políticos pensem ou digam sobre esses impostores, Blatter é intocável.
A Fifa é o conjunto de 209 associações nacionais. Elas, e ninguém mais, têm o poder de voto nos congressos da Fifa. A máquina de Blatter é lubrificada por doações para “desenvolvimento” de milhões de dólares para essas associações, que não são auditados, e pelo enorme comércio clandestino dos preciosos ingressos da Copa do Mundo, que vão parar debaixo do tapete.
O presidente Blatter se refere à sua “família do futebol”. Vamos corrigir isso: é a Família do Futebol do Crime Organizado.
Mas o que sabemos sobre Don Blatter e seus gângsteres que eles não querem que seja publicado?
Dois anos atrás uma fonte na Europa me deu uma lista de 170 propinas pagas para os funcionários do alto escalão da Fifa, totalizando o incrível valor de US$ 100 milhões.
Os nomes de João Havelange e Ricardo Teixeira estavam naquela lista e eu tenho orgulho de ter ajudado a forçar a saída do velho do COI e de seu ex-genro da CBF.
Leia matéria completa. Beba na fonte.
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