Por Eduardo Guerini
Estudando as estatísticas
de emprego e desemprego,
para entender como a mídia provinciana
não consegue descrever
um fenômeno econômico-social.
Recentemente, o nosso honorável Ministro do Trabalho e Emprego (TEM), divulgou a flutuação de empregos no Brasil e Santa Catarina. O Gráfico no período 2003-2014 demonstrado pelo sistema CAGED, aponta para flutuação dos empregos, derivados do ciclo de crescimento da economia e negócios. Eis que, a mídia provinciana no afã de produzir manchetes, destaca algo que não existe de forma calculada e estatisticamente medida – a geração de empregos e taxa de desemprego.
O que temos, é um sistema administrativo de informações geradas pelo CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que demonstra a movimentação INFORMADA pelas empresas e contabilistas – é uma informação administrativa, nada mais que isso.
Se considerarmos que a geração de empregos, é resultado do acréscimo de postos de trabalho para a população economicamente ativa (PEA), considerando os padrões mensuráveis, a informação da mídia continua falaciosa , assim como, a divulgação nos releases ministeriais.
Se observado o saldo ajustado, o que aconteceu de 2010 a 2014 , foi um decréscimo na flutuação – saldo entre admitidos e demitidos em todo o Brasil e Estados, na ordem decrescente temos (2011/2010) – variação negativa de -23,5%, (2012/2011) , flutuação negativa de -33,05%. (2013/2012) – variação de -14,18%, e, finalmente (2014/2013) , sado negativo de -64,46%. Considerando os dados, a estatística da flutuação demonstra que anualmente, no governo Dilma Rousseff, tivemos fechamento de vagas.
Para desespero da mídia provinciana, o resultado catarinense e regional, mostra uma tendência totalmente oposta ao noticiado, temos alta rotatividade, com fechamento de empregos no setor industrial e da construção civil, e, geração de postos de trabalho no setor de serviços e comercio, ainda que ajustados, a situação observada é de recessão com desemprego, o que determina uma PRECARIZAÇÃO das relações trabalhistas e queda na remuneração dos assalariados, associada a crescente informalização das atividades laborais.
Para jornalistas e professores, a situação não é diferente, basta um olhar contextualizado para não enveredar para o regurgito de “releases e interpretações ministeriais”, que tentam mistificar a dura realidade da classe trabalhadora catarinense e brasileira.
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