segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Vigorexia Política do Partido dos Trabalhadores


Por Eduardo Guerini
Em reclusão acadêmica
para ganhar musculatura,
enfrentando a Síndrome
de Adonis do lulo-petismo.


   Consta no corolário de transtornos modernos na vida em sociedade -  a vigorexia, identificada como - Síndrome de Adonis, caracterizada pela insatisfação com o corpo, afetando principalmente homens,  o que leva  à prática exaustiva de exercícios físicos.  Ainda que, o indivíduo tenha uma ótima forma física, continua achando seu corpo inadequado, e, busca constantemente por meio de anabolizantes, e, por paralaxe - a distorção entre a imagem e autoimagem refletida, a forma perfeita. 

   Tal síndrome  produz um transtorno obsessivo compulsivo que necessita de tratamento psicoterápico para fazer com que o indivíduo aceite como realmente é, aumentando sua autoestima.

   Na mitologia Adonis (que  indica a Síndrome dos Vigoréxicos),  era um belo jovem, amado por Afrodite (deusa do amor) e  por Perséfone, esposa de Hades – rei do Mundo Subterrâneo, gerando uma disputa acirrada pelo ciúme.  A escolha de Adonis por  Afrodite enfureceu Perséfone que,  furiosa contou  a Ares (deus da guerra).  Tal confronto produziu uma sentença que  satisfez tanto  Afrodite, como Perséfone. Assim, Zeus  decidiu que Adonis permaneceria seis meses no  mundo subterrâneo com Perséfone, mas teria a permissão de voltar  para Afrodite pelo resto do ano.  

   As disputas entre deusas e deuses, provocaram sempre um vaticínio. No caso de Adonis,  a traição de Afrodite,  fez com que  Ares enviasse um javali  para mata-lo, embora desferindo um golpe fatal,  o jorro  de sangue  transformou-se numa anêmona  - grupo de animais sésseis, predatórios da ordem Actinária,  que utiliza seus tentáculos para capturar alimentos.
As narrativas sobre a imperfeição  humana e suas disputas existenciais são coincidentes com o mundo da política,  lócus de disputa de poder,  símbolo de vigor e beleza, que inebriou partidos e militantes na história brasileira recente.

   O caso mais  comentado na atualidade é sobre a capacidade do Partido dos Trabalhadores (PT) manter sua coesão ideológica (substância) com capacidade partidária (forma). São sucessivas as criticas diante do “estelionato eleitoral” provocado pela atual mandatária  do Planalto Central, ao ponto de um quadro histórico do quilate de Marta Suplicy , vaticinar  : “O PT muda ou acaba!!!”.   

   O próprio criador - Lula,  ao lançar mão  de um receituário para salvar o partido anabolizado no poder, pelos tentáculos da anêmona corruptiva nos sucessivos escândalos do Mensalão, Petrolão e  repartição de cargos  na esfera estatal para militantes, irrigando os cofres do Partido dos Trabalhadores, tratou de naturalizar a corrupção na política. Tratado como Zeus -  Lula (o criador e mentor) da mudança programática do Partido dos Trabalhadores, fez da corrupção -  um símbolo da vegetação política do Planalto Central,  descendo ao submundo  no inverno ideológico – com acordos e tráfico de influência. Na  florescência da vida real (primavera), tenta renovar o apoio do movimento social, especialmente, o sindical - como fórmula para dar substância no ideário-politico original de sua legenda. 

   Nesta distorcida insatisfação com o corpo, o exaustivo exercício da governabilidade no “presidencialismo de cooptação” no lulo-petismo-dilmismo, provoca ciúme da oposição, que está longe da anabolização política, afastada dos cargos do aparato estatal, e, produz a insatisfação de militantes e quadros partidários – diante do transtorno obsessivo compulsivo que financia o projeto de poder. 

   A síndrome de Adonis do lulo-petismo-dilmismo alucina as Cassandras lamuriosas com os destinos da política ortodoxa e neoliberal que empurra o  Partido dos Trabalhadores para uma contradição no seu famigerado “projeto de poder” - rasgando as bandeiras históricas, se afastando do movimento social. Neste isolamento  político, se transformará em mais um partido político sem base social diante de uma democracia representativa em crise. 

   Diante da famigerada vigorexia política do petismo, o melhor  procedimento para os militantes e simpatizantes, seria a psicoterapia coletiva, fazendo que aceitem a condição de partido corrompido e degenerado na prática política de um “projeto de poder” em seu  ciclo descendente. 

   Quem sabe aumentaria a autoestima para defender as políticas econômicas neoliberais e o sequestro do discurso oposicionista pela atual mandatária da republiqueta tupiniquim!!!

   E que venham as Cassandras Alucinadas!!!

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