Almirante da Marinha, Othon Luiz Pinheiro da Silva, denunciado pelo Ministério Público por pratica de corrupção,lavagem de dinheiro e organização criminosa na ELETRONUCLERA, em ação de um dos "braços" da quadrilha que agia na Petrobras, está fadado a ficar muito tempo na prisão, tal a quantidade de crimes em que está
envolvido.
Parte da denúncia oferecida pelo MPF:
(...) Sinteticamente, a organização criminosa estava assim estruturada:
OTHON LUIZ, na condição de Presidente da ELETRONUCLEAR era o principal mentor do esquema e beneficiário dos recursos de propina que foram por longo período canalizadas para sua empresa ARATEC pelas empreiteiras ENGEVIX e ANDRADE GUTIERREZ.
Além disso atuou favoravelmente em favor do cartel de empresas que celebraram os contratos com o Consórcio ANGRAMON, desde a publicação do Edital de Pré-qualificação nºGAG.T/CN-005/11. Além disso, OTHON LUIZ determinou a abertura de contas bancárias das offshores WATERLAND SA e HYDROPOWER ENTERPRISE LIMITED para lavar parte dos ativos sujos oriundos dos crimes praticados em detrimento da ELETRONUCLEAR.
É de se ver ainda que OTHON LUIZ PINHEIRO DA SILVA em virtude da licitação e contratos firmado com as empresas ODEBRECHT, UTC, CAMARGO CORREA, TECHINT, ANDRADE GUTIERREZ, EBE (Grupo MPE) e QUEIROZ GALVÃO, já cartelizadas na PETROBRAS abriu em agosto de 2014, portanto, às vésperas da assinatura dos contratos dessas empresas com a ELETRONUCLEAR, uma conta bancária em nome da offshore.
HYDROPOWER ENTERPRISE LIMITED, no Banco Havilland S/A, em Luxemburgo, para recebimento das vantagens indevidas em razão do cargo de Presidente da ELETRONUCLEAR.
Na busca e apreensão efetuada na residência de ANA CRISTINA foi localizado cartões de visita e, em agenda, outros telefones do operador.
Além disso, em razão da quebra telefônica de BERNARDO FREIBURGHAUS deferida por esse juízo, constatou-se que OTHON LUIZ fez ligações ao operador em 26/09/13 e 10/12/13.
BERNARDO FREIBURGHAUS, segundo declarações de PAULO ROBERTO COSTA corroboradas por diversas provas, foi operador financeiro utilizado pela ODEBRETCH para depósito de propinas para o então Diretor de Abastecimento da Petrobras diretamente no exterior. Para tanto BERNARDO FREIBURGHAUS abria contas em nome de offshores tendo como beneficiários os gestores públicos, e, logo após, providenciava os depósitos de vantagens indevidas diretamente nestas contas a mando dos administradores da ODEBRETCH, a qual é também integrante do CONSÓRCIO ANGRAMON.
Por derradeiro, ANA CRISTINA, filha de OTHON LUIZ, denunciada também por lavagem de ativos com utilização da ARATEC, bem como CARLOS ALBERTO MONTENEGRO GALLO usaram documentos falsos perante este juízo da 13ª Vara da Seção Judiciária de Curitiba, como se verdadeiros fossem, nos autos nº 5026417-77.2015.4.04.7000 e 5028308-36.2015.404.7000.
Em suma da descrição realizada, fica bastante clara a íntima conexão instrumental e objetiva entre os fatos denunciados, pois integram um mesmo conjunto de fatos e provas, já que as infrações se inserem em um mesmo contexto, integram uma cadeia de eventos com inegável interligação de provas que influem uma nas outras, consoante bem ilustra o esquema visual abaixo:
Leia a íntegra da denuncia. Beba na fonte.
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