Desvios de mais de R$ 5 bilhões da Educação e rombo de mais de R$ 600 milhões na Celesc, maior estatal catarinense, acende a luz vermelha no Centro Administrativo gerando apreensão sobre a sessão de julgamento das contas do governo Colombo, pelo TCSC, marcada para amanhã, quinta-feira, dia 2 de junho.
Pedaladas, envolvendo doações da CELESC ao Fundosocial, em valores que ultrapassam meio bilhão de reais , foram flagrada em auditoria realizada pela Tribunal de Contas de SC. Ao contrário das pedaladas que afastaram a presidente Dilma, as da Celesc foram com recursos tributários.
A empresa já vinha fazendo doações ao Fundosocial, mas em grande maioria, se
davam pela antecipação de 6% do ICMS, sujeitas a posterior creditamento
de benefício fiscal em conta gráfica (do ICMS).
Nos últimos tempos, a Celesc começou a "pedalar" com aportes ao Fundosocial, na modalidade de doação. Ou seja, houve uma reclassificação indevida de receitas tributárias em rubricas diversas. Segundo a auditoria, a situação é tão flagrante, que é perfeitamente evidenciável que houve dolo na transação.
Dinheiro do ICMS, que constitucionalmente é destinado à prefeituras, UDESC, Saúde, Educação e aos poderes, foi tudo para o vala comum do tal Fundosocial.
CONVOCAÇÃO do movimento Sinte pela base
GOVERNOS TIRARAM 5 BILHÕES DA EDUCAÇÃO
Você sabia que, desde 2001, o Governo do Estado já surrupiou 5 bilhões de reais educação pública?
Pois é este o resultado de levantamentos feitos pelo pelos técnicos do Tribunal de Contas!
Curiosamente, e de forna inexplicável, os conselheiros do
TCE têm aprovado as contas do Governo do Estado, ano após anos. Eles
encontraram um "jeitinho brasileiro" de aprovar "com ressalvas", o que é
uma forma de prevaricar diante do descumprimento explícito da
Constituição, que determina que 25% da receita corrente líquida deve ser
gasto com educação.
Também por isso, o Ministério Público junto ao Tribunal de
Contas (MPTC) recorreu à Procuradoria Geral da República (PGR), pedindo a
intervenção no Estado, já que em Santa Catarina as instituições
responsáveis pela fiscalização do Poder Executivo têm falhado ano após
ano, numa conivente omissão quanto a suas obrigações constitucionais.
Os sucessivos governos de Santa Catarina têm usado recursos
que deveriam ser investidos diretamente na educação para o pagamento de
aposentadorias, o que contraria a legislação vigente e a própria
Constituição.
O fato é que a educação está sucateada, professoras e
professores seguem sendo desprestigiados e tendo os direitos cortados, o
futuro tratado com descaso.
Por isso, chamamos profissionais da educação, estudantes,
país e a sociedade em geral para participar da Sessão do TCE que vai
avaliar as contas do governo Colombo relativas ao exercício de 2015.
Será no dia 2 de junho, próxima quinta feira, a partir das 13:00hs, lá mesmo no Tribunal de Contas.
O magistério não pode se ausentar deste debate.
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