segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A fantástica Bogotá (III)

Bogotá vista do Cerro Monsserrat

   Segundo dia na capital colombiana (17) acontece um acidente que deu uma melada no meu humor. Quando chegava na estação do teleférico que leva aos 3100 metros de altitude do Morro Monserrate, deixo o meu celular no banco dianteiro do táxi.
   Bato a porta do carro, e me encaminho para a bilheteria da estação. Imediatamente me dou conta da “marcada”. O táxi já havia arrancado e sumia no mar de carros da avenida que leva ao centro histórico da cidade. Junto, o meu telefone, com todas as fotos, contatos e ligação com o mundo que pratico constantemente.
   Imediatamente tomei outro táxi e desci em 10 minutos ao ponto inicial onde havia tomado o primeiro carro. Parei em frente ao Museu do ouro, olhei para todos os lados e não identifiquei o carro onde havia ficado meu celular.
Atravessei o estreito calçadão, e fui ter com os taximetristas antigos do ponto que ali continuavam estacionados, conversando, desde a primeira vez que apanhei o táxi.
   - Hola, amigo. Como estan? Perguntei e antes que respondessem engatei o relato do meu esquecimento na estação do teleférico.
   - Fuíste adelante, em el coche, no?
Me perguntou Don José Avelino, o mais velho deles. Lembravam do meu embarque. Estavam de olho no carro 174, que havia “arribado” há poucos dias no ponto que eles frequentam há anos.
   - Nossotros vimos quando subiste en el auto del “Chino”, disse o mais moço.
   "Chino" - que não era chinês - era como chamavam o motorista de olhos rasgados que havia me transportado. Andava por alí há uns 5 dias pescando no ponto deles. Imediatamente montaram uma rede de comunicação que resultou na identificação da placa do carro e do nome do motorista. Localizei o sacripanta que negou ter encontrado o telefone. Chateado, desisti de fazer qualquer coisa, como "una denúncia", que queriam os outros motoristas.
   Já foi...desliguei do telefone e parti para a minha turisteada.
 

Catedral de Sal

 Na pequena Zipaquirá, um povoado andino com casas baixas e arquitetura tipicamente colonial espanhol, a cerca de 50 km de Bogotá, é onde fica o que os colombianos identificam como a "principal atração turística do país". A Catedral de Sal.
Realmente o lugar impressiona pela beleza e grandiosidade. São mais de 150 metros cavados em uma mina de sal ainda ativa. Escavados inicialmente para extração mineral pelos espanhóis no século XVI, as minas de Zipaquirá com o tempo vai ganhando esculturas religiosas feitas pelos mineiros até se transformar em uma grande catedral dedicada a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos mineradores.
   Devotos, os mineiros - em 1950 - construíram uma grande catedral no segundo nível da exploração da mina que na época já tinha quatro níveis cada um com 80 metros de extensão e cerca de 60 metros de profundidade da nave principal da atual catedral.
  
Além das gigantescas esculturas sacras que permeiam todo o trajeto da mina existem os museu da salmoura e o lago subterrâneo que é uma atração para impressionar. Cercado por passarelas de madeira por andam os turistas, o lago tem uma água tão límpida tão transparente que nos dá a impressão de estamos vendo o fundo de um buraco e só se percebe a água se assoprarmos para baixo. Aí outra surpresa: com o movimento da água percebemos que a imagem que vimos não era do fundo e sim do teto da mina refletido no "espelho" d'água. Bem legal, a paradinha!

   Bem, na volta da Catadral de Sal, uma parada imperdível na pequena cidade de Chia. O fantástico restaurante Andrés Carne de Res.
   Coisa de louco! 
   No próximo post conto a exótica experiência que tivemos quando adentramos no fantástico mundo do arquiteto Andrés "Carne de Res".

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