quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Obituário de mentira de um jornalista de verdade

Carlos Heitor Cony morreu na última sexta-feira, 5. Durante a carreira, ele provou ser um jornalista e escritor de verdade. Um “imortal”. Aos 91 anos, o corpo de Carlos Heitor Cony não resistiu à “imortalidade” propagada pela ABL


   Há algumas décadas, um jornalista da revista Manchete recebe a missão de ir a São Paulo para entrevistar Valmir Vieira de Azevedo, estelionatário que estava detido por aplicar golpes financeiros usando diferentes identidades. Ao se deparar com aquele que seria seu entrevistador, o criminoso não tentou enganar ninguém. Recusou-se a falar.    O jornalista, então, não teve dúvidas. Voltou à redação e produziu a “Entrevista de mentira com um falsário de verdade”.
   O repórter em questão era o carioca Carlos Heitor Cony. A criatividade para a definição do título da fantasiosa conversa com o estelionatário não se perdeu com o tempo. Nos últimos tempos, dois jornalistas citaram o caso como um clássico da arte de se conseguir definir boas chamadas. A falsa entrevista foi relembrada por Ruy Castro em coluna publicada na Folha de S. Paulo em outubro de 2009. Celso Arnaldo Araújo mencionou o episódio em comentário no blog de Augusto Nunes em janeiro de 2010 – e durante almoço com este redator do Comunique-se em 2015.

Leia matéria completa no Comunique-se. Beba na fonte

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