terça-feira, 6 de novembro de 2018
Redes Sociais (ou antissociais?)
por Emanuel Medeiros Vieira
Muitos acreditam que a disseminação feroz das mídias sociais, em muitas ocasiões, está liberando os piores instintos do ser humano.
A raiva, a inveja, o preconceito, a perversidade, a covardia de "falar" anonimamente (mesmo podendo ser descoberto), nega a divergência, afeta a Democracia como valoe universal, faz brotar a intolerância, o espírito inquisitorial, o ódio ao diferente e a repulsa ao pobre.
São tempos difíceis. A intolerância varre o mundo, não só o Brasil.
Pessoas recebem mensagens e não checam. Repassam. Destroem reputações.
Será um projeto que une intolerância religiosa neopentecostal, violência policial contra os setores mais marginalizados, e formação de um poder hegemônico e totalitário (massacre de indígenas, hipertrofia e hegemonia total do agronegócio - por exemplo).
Outros, vão mais além e dizem que, em certo sentido, a internet está diluindo ou exterminando a dimensão transcendental do ser humano.
Creio que não é a internet - inquestionável avanço. Mas o uso que se faz dela.
É um problema nosso, do homem, do humano.
Ou mudamos ou perdemos toda a dimensão que engrandece o que chamamos de "vida": o respeito ao outro, a generosidade, a solidariedade e a compaixão - e a defesa intransigente da Democracia.
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE? (Brasília, novembro de 2018)
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