Por Leal Roubão
Na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, o preço do voto era de R$ 50,00.
Havia comprador para quem quisesse vender. Nesse cálculo, para chegar aos 30 mil votos e tentar uma cadeira na Assembléia Legislativa, era preciso R$ 1.500.000,00.
Como nunca se sabe se o vendedor vai "honrar" o contrato de compra e venda, os interessados compram 60 mil votos, esperando chegar nos 30 mil. Neste caso a conta vai para R$ 3.000.000,00. Foi por isto, talvez, que o deputado Andrino desistiu de uma reeleição e declarou aos jornais que era preciso entre R$ 2 e R$ 3 milhões para uma campanha bem sucedida.
Se o candidato tem uma boa imagem junto à opinião pública, um curriculum vitae sólido, serviços prestados e um bom discurso, pode conseguir 15 mil votos e entrar.
Depende da sua coligação. E gasta apenas o material de gráfica e alguns litros de gasolina.
Agora, o candidato que faz mais de 100 mil votos, isolado na frente, sem grandes serviços prestados, sem conteúdo, sem talentos e sem méritos; só se for no "esquemão" e com R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
É preciso ter muito amor à pátria para gastar essa grana em prol do povo
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