Por Armando José d’Acampora *
Numa democracia, o que vale é a vontade do povo. Em
última análise, o voto. É a grande responsabilidade do povo como conjunto:
escolher com serenidade seus representantes.
Alguns não levam a sério o voto e votam em qualquer um
que lhes acene com alguma promessa, mesmo que seja vã. E eleição tem mais
promessa que dia de Santo Antonio, aquele que o povo diz casadoiro.
Aos esperançosos de que as promessas sejam rigorosamente
cumpridas, os meus parabéns, pois por mais otimista que eu seja, o ano vindouro,
2015, independentemente de quem seja o governante, federal, estadual ou
municipal, será um ano amargo. A conta da energia já está mostrando, após uma
primeira alteração, que ajustes não realizados serão necessários, assim como na
gasolina, álcool e diesel abrindo a cascata dos reajustes dos transportes e
consequentemente, dos alimentos e tudo o mais. Há uma demanda de preços
reprimida durante todo esse ano eleitoral. Agora virá a cobrança, com os juros
de mora e a óbvia correção da inflação que continua avançando, e quem paga são
os democratas, na decorrência de um ato praticado pelo voto de quatro anos
antes.
O povo catarinense espera, certamente, que no natal do
ano que vem, surja no Senado Federal uma grande árvore de Natal. Só não sabe
ainda, quem será contratado para cantar. Quem sabe o amigo italiano volte para,
finalmente, encantar por aqui.
O candidato ao governo foi mais experto que o povo. Acho
que há ali, no governador, alguma ancestralidade mineira. Ficou mocosado e
assim permaneceu. Em lugar de se aproximar do governo federal, se afastou,
sabedor que esta legenda não se cria com muita facilidade neste estado. Tanto é
assim que a bancada do Partido dos vermelhos, diminuiu de tamanho.
A maior parte da nossa população é azul, do Amin e
do Aécio e as urnas demonstram que cor queremos.
* Médico, Cirurgião, Professor Universitário
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