Acordei com o barulho da chuva no parapeito da janela do quarto. Era fina e tão serena que permitia que ouvisse o ronco forte das ondas na praia, aqui nos fundos de casa.
A noite foi um pouco longa. Quase me senti como se "estivesse de ontem", mas acordei bem. O projeto de correr na praia ficou para amanhã, quem sabe, se não chover.
Plantei os dois pés no chão do quarto, fiquei ereto e esperei a inteligência corporal tomar consciência de estar verticalmente posicionado na terra.
Pronto. Arrastei a carcaça em direção ao banheiro para lavar o rosto e tirar o "bocal", cumprindo a liturgia matinal da minha vida. Não sei o que me desviou da rotina e acabei na sacada lateral onde um chuvisco molhava uma Primavera enorme que esse ano floriu de violeta todo este lado da casa.
Fui engolido e incorporado pelo ambiente úmido, refrescante, canto de passarinhos e cheiro de mato verde temperado por uma leve brisa de salitre. Me senti bem...hummm, me sinto esta manhã!
É comum que reclame de um dia chuvoso, ainda mais domingo! Assim como me desviei da rota condicionada do banheiro acabei sentindo prazer neste começo de domingo chuvoso. As coisas mudam, tudo muda, depende apenas de estarmos abertos para isso.
O mundo é mental!
Tomando um café preto bem quente já pensei no almoço que para mim, nos finais de semana, é sempre um evento familiar.
Me veio a imagem de uma Baía com árvores en la orilla del mar, e cravei: Galeto ao Primo Canto no restaurante da Mamma ali na frente da praia do Bom Abrigo!
O programa estava feito. Convidar a Luisa, minha neta, e rumar para o Continente. De lambuja ainda faço uma gentileza para o meu amigo Vierão, que mora ali perto, e levo algumas jabuticabas que me pediu pelo FaceBook.
Baita programinha para um Domingo chuvoso...bem chuvoso!
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