Rua das Flores 1975 |
Eu gostava de mostrar Curitiba a meus amigos na década de 1970. A Rua das Flores com seu calçadão em pedras brancas, um verdadeiro jardim encantado servindo de modelo para as demais cidades brasileiras. Alta madrugada, circulávamos pelos bares do centro e, sem medo algum, íamos à pé para casa, subindo a Comendador Araújo na direção do Batel.
Segurança total, não por causa da ditadura militar, como hoje afirmam os intervencionistas, mas, apesar dela. Foi o regime militar que iniciou a transformação do Brasil no inferno que é hoje. A Curitiba de 500 mil habitantes sextuplicou. Os calçadões foram invadidos por moleques drogados e trombadinhas. Ainda outro dia, eu saia de um restaurante e o gerente simplesmente não me deixou ir caminhando para o hotel que estava ali à umas cinco quadras. Obrigou-me a entrar num táxi, para minha segurança e pela preservação do bom nome do seu estabelecimento.
Tudo começou quando Delfin Neto fez duas afirmações estratégicas: 1) É necessário esperar o bolo crescer, para depois distribuir. 2) É preciso transferir renda da velha agricultura para o agro negócio e para a indústria.
Não sabemos quem foram os autores intelectuais desse planejamento fatal, mas, sabemos quem são seus atuais beneficiários. Por outro lado, eles não perdem por esperar... Os bandidos que assaltam famílias nas saídas de suas casas e apartamentos, já começaram a atuar nas ruas super protegidas do Lago Norte em Brasília.
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