Islandeses tomam as ruas e protestam contra o primeiro-ministro (Foto: chef.bbci.co.uk) |
Enquanto os islandeses protestavam em frente ao parlamento exigindo a renúncia do primeiro-ministro, lá dentro deputados da oposição um após o outro exigiam o mesmo
O primeiro-ministro já pode ser outro, mas a inquietação política na Islândia continua. Dia após dia, eleitores indignados se reúnem na praça em frente ao parlamento, entoam slogans e fazem discursos. Alguns batem panelas e tambores enquanto outros mais ousados atiram ovos, bananas e iogurte nas paredes do parlamento.
A atmosfera na segunda-feira, o dia do primeiro e grande protesto, foi contagiante. Todos só falavam de contas offshore. Com bom humor, alguém na empresa do meu marido circulou uma foto dele com outros quatro funcionários estrangeiros dizendo que todos aqueles indivíduos possuíam contas offshore, o que rendeu várias piadas dos colegas.
Nas ruas, um pouco antes de cinco da tarde, mais e mais gente aparecia de todos os lados. Enquanto uma multidão de islandeses caminhava em direção ao parlamento, na direção oposta turistas olhavam perplexos e surpresos para aquela quantidade de gente que de repente surgiu nas calçadas e ruas.
As estimativas do tamanho da multidão variaram entre 9 mil e 23 mil, o que seria cerca de 6% da população, mas seja qual for o número, foi a maior manifestação na história da Islândia. Era até difícil andar por entre toda aquele gente - adultos, crianças e velhos - espremida em um espaço que ficou pequeno.
Enquanto os islandeses protestavam em frente ao parlamento exigindo a renúncia do primeiro-ministro, lá dentro deputados da oposição tomavam a palavra um após o outro para exigir o mesmo.
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