por Emanuel Medeiros Vieira
“Nesse país da
noite/Meu Tormento/Como um cavalo em chamas,/Como um potro/Lacerado de
espinhos, Nesse país do escuro,/Nossa pátria/De fúrias rodilhadas, /Meu
silêncio/Como no beijo dos mortos,/Como o frio/Roçar do lábio ausente
(Myriam
Fraga)
A democracia não dá certo nesse hemisfério. As raças se
misturaram e tudo ficou feio, sujo, onde todos só querem saber de direitos. Nem
todos poderão votar. Como ocorreu em certa época, só votarão os donos das
maiores fortunas. O chicote poderá ser
novamente usado. Quem resistir, será
eliminado.
CLT? É uma idiotice.
Ela será expurgada, como a Justiça do Trabalho. A melhor solução é a
terceirização total. Como a derrubada de todos os direitos trabalhistas.
Todos terão que
sorrir – pelo menos três vezes por dia. Não serão permitidos (o Grande Irmão
será o censor) a tristeza, a amargura e o desencanto.
O pior é que aqui nasce muita gente. Só será permitido o
primeiro casamento. Ame-o- ou deixe-o. Nenhuma oposição será permitida, nem a
mais moderada.
Desejamos um “Grande Irmão”, que fiscalize a todos – até os
seus pensamentos.
Queremos rebanhos – para que todos pensem a mesma coisa e
tenham os mesmos valores.
Serão criadas milícias armadas, vestidas de preto, contra a
subversão da ordem, com a autoridade de atirar para matar.
Por enquanto é só
isso. Os cérebros que ousarem pensar, serão exilados (ou mortos antes do degredo). Já há
uma boa experiência no período em que o Brasil viveu, segundo a Oposição, uma
ditadura. E em todas as escolas, serão lidas diariamente as palavras abaixo
citadas:
“Abaixo a
inteligência, viva a morte”!
Proclamação do general fascista (falangista), Millan Astray, em 1936, durante a
Guerra Civil espanhola, ao invadir a Universidade de Salamanca, na Espanha. O
reitor era o grande filósofo e pensador humanista Miguel de
Unamuno
(Salvador, maio de 2017)
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