por Emanuel Medeiros Vieira
A Ilha de
Patmos, no Mar Egeu, foi onde o Profeta
João (2 a. -27 d .C) esteve exilado e recebeu as visões do Apocalipse, registradas no
“Livro do Apocalipse”, às vezes chamado de “Apocalipse de São João”. Ele foi o último dos
profetas que anunciaram a vinda de Jesus. Também qualificado como o “Precursor”
do Messias Prometido.
Faço a introdução,
porque “Patmos foi o nome dado à
Operação que devastou a República e revelou mais patifarias e mais roubalheiras
(mesmo para os podres padrões da
política brasileira – de falta de ética
e de corrupção).
Revelações devastadoras? Bomba que dizima a presidência da
República?
As revelações mostram
os porões mais imundos da nossa classe dirigente, sempre aliadas ao mercado
financeiro e às grandes empresas.
Quantos trambiques!
Povo? Que povo? Só serve para ser boi de piranha.
Qualquer palavra ou adjetivo ficará aquém das revelações.
É o nosso pobre Apocalipse.
E a gente descobre, na
intimidade, o linguajar chulo dessa
gente, digno de lupanares (com todo
respeito aos bordéis).
Muito já foi dito, está sendo escrito.
E a velocidade dos
acontecimentos deixa-nos sempre superados.
O “bom moço” Aécio Neves – se tivesse a dignidade do seu avô
Tancredo, não tentaria mais nada: renunciaria, se entregaria à polícia,
junto com todos outros envolvidos – de ideologia só formalmente diversa.
Crise ideológica?
Sim. Mas também crise de valores. (Sei, me chamarão de “moralista”. Já estou acostumado. Não
sou cientista político.)
Pois creio que a ética é o grande pilar de nossas vidas –
como a solidariedade.
Onde poderemos preservar as esperançadas novas gerações?
E de todas as outras?
A quem Michel Temer refere-se quando afirma, no diálogo
com Joesley Batista (dono da JBS), que
tem dois ministros do STF com ele?
O ministro da Fazenda
Henrique Meirelles, segundo a Revista “Forum” (de Primeiro de Junho de 2016),
citada por Tania Faillace – séria analista – em texto de sua autoria, era membro do Conselho de Administração da JBS,
com remuneração de até R$40 milhões.
Dou os trâmites por
findos.
Sempre disse que
nossa arma maior é a palavra (quero usá-la até o fim), mas há momentos em que o
nojo é muito forte. Mas é preciso continuar.
(Salvador, maio de
2017)
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