quarta-feira, 24 de maio de 2017

PMDB não perdoará traição de Berger a Luiz Henrique

LHS: traição fatal
"Essa foi a grande decepção da vida dele. Muitos senadores que iriam votar nele, na hora H disseram não. Não da derrota política, mas a decepção com as pessoas". (Ivete Appel da Silveira, viúva de LHS)

    A traição sofrida pelo então senador Luiz Henrique da Silveira, naquele dia primeiro de fevereiro de 2015, quando perdeu a disputa da Presidência do Senado, para Renan Calheiros, não ficou na frase -"esta é uma página virada", dita por Luiz Henrique logo que soube do violento golpe urdido por seus parceiros de partido.

    A facada nas costas calou fundo no corpo e na cabeça do velho político. Relatos de sua própria mulher dão conta de que LHS não teve o mesmo vigor e encaixe -
demonstrados nos 44 anos de vida política - para absorver este último golpe. A traição calou fundo e o líder entristeceu. Três meses depois, no dia 10 de maio de 2015, estava morto.

Ele sabia quem o havia traído. Tinha a lista. O senador Dário Berger, eleito por Luiz Henrique, contra a vontade de todo o PMDB de SC, era o primeiro da lista. Luiz Henrique havia apostado errado.

   Hoje, através da delação do executivo da JBS, Ricardo Saud, na Operação Lava-Jato, sabe-se o preço que Renan Calheiros pagou para também eleger Dário Berger e assegurar seu voto contra LHS: R$ 1 milhão!   


O Dário Berger era candidato a senador por Santa Catarina, do PMDB, com chances reais de ganhar. Então, o Renan investiu nele R$ 1 milhão para comprometer o voto (para a presidência do Senado, cuja eleição seria realizada em fevereiro de 2015). Até foi um desgaste porque o falecido senador Luiz Henrique era o candidato do PMDB de Santa Catarina à presidência do Senado com o Renan. Houve um desgaste, e o Dário acabou votando no Renan por causa desse comprometimento – diz Saud no vídeo.




   Business  
   Se engana quem acha que Dario se vende barato. Entende de números. Sempre fez negócios na política. É só pesquisar os processos na justiça e veremos que os irmãos Berger (Djalma e Dilmo) nunca pregaram prego sem estopa. O tino comercial vem de família. 

   Balcão de negócios  

   Assim como Renan apostou no voto de Dario para reconduzi-lo à Presidência do Senado lá em 2014, Dário também enxergou longe. R$ 1 milhão foi o preço em dinheiro, ajuda de custo. O melhor do acerto veio no último dia 16 de maio: Renan Calheiros indicou Dário Berger para o poderoso cargo de Presidente da Comissão Mista do Orçamento do Congresso.Renan cumpriu o tratado. Não traiu.

   Dário Berger preside hoje o maior balcão de negócios do Congresso Nacional. É ali onde são incluídas, no Orçamento da União, as emendas individuais ($$$$) de deputados e senadores de todo o país. E é Dário que diz quem entra e quem fica de fora.
   Com esta poderosa máquina de fazer dinheiro, Dario Berger se cacifa para ser um forte candidato ao governo de Santa Catarina em 2018.

Lutas intestinas
Mas a vida dessa gente não é tão fácil como se pensa. O PMDB catarinense que nunca gostou de Dário Berger, considerando-o "ave de arribação", tem três fortes candidatos ao governo do Estado: Eduardo Pinho Moreira (vice-governador), Mauro Mariani (Dep. Federal, pres. PMDB/SC) e Udo Döhler (prefeito de Joinville).

Começa a fritura
De Rafael Martini no DC de hoje
 Vapt vuptO vice – governador Pinho Moreira ofereceu na segunda-feira um jantar na sua casa para as bancadas do PMDB estadual e federal. O senador Dário Berger compareceu, mas ao ser informado sobre a repercussão da notícia de que teria recebido R$ 1 milhão para votar em Renan Calheiros e não em Luiz Henrique da Silveira, nem esquentou a cadeira e saiu de fininho.

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