A charge do Zé da Silva, no Diário catarinense de hoje, é a melhor representação gráfica da situação política atual e do comportamento dos "nossos" representantes na Câmara Federal. |
por Emanuel Medeiros Vieira
Quem não deve, não teme
nem treme
ou deve temer?
Temor?
Confraternizam-se e transacionam com os “Mafiosos da Carne”
(sempre fraca) na calada da noite – palácios assépticos – muitos
dormem, não eles.
Chegam a rir – tão
amigos eram – agora querem sangue.
A brava gente está cansada?
Suas forças esvaíram-se nas “tenebrosas transações”?
Ou é apenas a dor da impotência?
Moedas cintilam nas
mãos
a sombra esconde a
vergonha.
Como? Nunca a tiveram.
Sem temor, são tiradas as verbas para a investigação.
Remorso? Nenhum.
O medo é de serem descobertos.
Velhacos e patifes –
como Judas – oferecem beijos como sinal da traição.
Vem de longe. Sim: das Capitanias Hereditárias, golpe
militar, quarteladas, contragolpes, governos civis, repúblicas “novas” – O
Diabo soprando sempre o que vão dizer – até o Século XXI (e irá adiante?).
“Não vi”, “não sei”,
“não estava”, “é calúnia”, “é mentira”, “não sou eu”.
E precisamos comer o pão que o Cachorrão amassou.
E avançam tais tropas
– enquanto o cansaço anestesia uma Nação.
Não era paras ter escrito assim: seria apenas uma história para crianças – prosa
poética.
Mas contaram-me eventos vis.
(Salvador, julho de 2017)
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