sábado, 16 de janeiro de 2010
Coração mole
Caros leitores,
alguma coisa está acontecendo comigo!
Não sei se é emocional, temperamental....
Está cada vez mais perto de nascer a minha neta. Isso tem alugado 98% do meu pensamento. Os outros 2% tem que dar conta do resto da minha vida, que não é pouca coisa.
Mas o que mais está me deixando apreensivo é que estou ficando cheio de amor pra dar. O mercúrio do meu termômetro da indignação anda meio lento. Demorando para subir.
Esta semana que passou andei ocupado o tempo todo no centro da cidade. Visitei a Shanon e A Cegonha. Lojas especializadas em artigos para bebês.
A quantidade e variedade de produtos é impressionante. Queria comprar tudo. De sling a móbile musical.
Mas uma coisa vem me preocupando sobre maneira. Na França, onde vai nascer minha neta, não se fura orelha de bebê. Os franceses acham que a criança deve crescer para decidir se quer furar ou não. Não sei desde quando esse lance existe, se é recente - tipo politicamente correto - ou se é "cultural".
A minha filha falou que é para comprar os brinquinhos e que politicamente correto ou cultural não interessa. A Luisa vai ter brincos.
Liguei para a mãe e contei essa história. Ela falou:
- Sérgio Antonio eles acham que a gente é índio. Leva brinco e cocar. Quero a minha bisneta bem enfeitada.
Bem, comprei lacinho de várias cores. Com velcro e com cola. Se nascer carequinha vai com cola.
Os brincos são bem simples. Uma perolinha engarçada numa voltinha discreta de ouro.
Só que aí surgiu outro problema. A Isadora me falou que não encontrou ninguém em Nizza nem em Cannes que fure orelha de bebê.
Bem, tive que tomar uma atitude. Fui até a maternidade Carlos Correia onde perguntei quem era a parteira mais experiente do pedaço que furava orelha . Necessitava de um curso, tipo rápido. Era o meu dia de sorte. A Dna. Bete, aposentada aos 35 anos de trabalho estava lá. Na verdade mora lá.
Passei pelo pátio da maternidade e fui ter com a Dna. Bete. Expliquei o meu problema e ela, muito solícita, me ensinou todos os segredos da arte de furar orelhas.
- Passei 35 anos da minha vida furando orelha de 8 a 10 crianças por dia.
Me falou. Depois de uma experiência dessas sai de lá tranquilo. Bom aprendiz, acho que posso até começar a vida em uma nova profissão.
Esta outra, de blogueiro, está dando muito trabalho e dinheiro nenhum. Ainda sexta-feira fui chamado na Polícia Federal para dar um depoimento sobre uma investigação interna. De onde e como tinha conseguido documentos secretos e transcrições de grampos telefônico da PF que envolvem um vereador de Brusque e seu pai, desembargador, em uma investigçao de quadrilha que explora jogo clandestino.
É claro que invoquei o meu direito constitucional de preservar a fonte e nada mais foi dito nem perguntado. Ainda bem.
Aproveitei para dar uma conversado com o "pessoal" da PF, tipo assim, uma ssuntada. Percebi uma indignação principalmente com o governador do estado que, segundo alguns agentes, fica dando declarações tentando desqualificar o trabalho da PF, quando se trata de bandidos amigos dele e de políticos.
Que coisa né?!
Bem, de maneiras que estou ficando de coração mole. Deve ser essa história de ser avô de primeira viagem. Sem vontade de denunciar, de baixar o pau nesses malandros do dinheiro público, enfim...Daqui há alguns dias estarei "transmitindo" de Nizza, França e acho que, como ladrão tem em qualquer lugar, a minha indignação talvez volte a subir ao denunciar alguém do governo Sarkozy. Meu contatos, principalmente dentro da informação de Marsselhe,já estão a postos.
Au revoir
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