domingo, 24 de janeiro de 2010
Coração mole
Caros leitores,
alguma coisa está acontecendo comigo!
Não sei se é emocional, temperamental....
Está cada vez mais perto de nascer a minha neta. Isso tem alugado 98% do meu pensamento. Os outros 2% tem que dar conta do resto da minha vida, que não é pouca coisa.
Mas o que mais está me deixando apreensivo é que estou ficando cheio de amor pra dar. O mercúrio do meu termômetro da indignação anda meio lento. Demorando para subir.
Esta semana que passou andei ocupado o tempo todo no centro da cidade. Visitei a Shanon e A Cegonha. Lojas especializadas em artigos para bebês.
A quantidade e variedade de produtos é impressionante. Queria comprar tudo. De sling a móbile musical.
Mas uma coisa vem me preocupando sobre maneira. Na França, onde vai nascer minha neta, não se fura orelha de bebê. Os franceses acham que a criança deve crescer para decidir se quer furar ou não. Não sei desde quando esse lance existe, se é recente - tipo politicamente correto - ou se é "cultural".
A minha filha falou que é para comprar os brinquinhos e que politicamente correto ou cultural não interessa. A Luisa vai ter brincos.
Liguei para a mãe e contei essa história. Ela falou:
- Sérgio Antonio eles acham que a gente é índio. Leva brinco e cocar. Quero a minha bisneta bem enfeitada.
Bem, comprei lacinho de várias cores. Com velcro e com cola. Se nascer carequinha vai com cola.
Os brincos são bem simples. Uma perolinha engarçada numa voltinha discreta de ouro.
Só que aí surgiu outro problema. A Isadora me falou que não encontrou ninguém em Nizza nem em Cannes que fure orelha de bebê.
Bem, tive que tomar uma atitude. Fui até a maternidade Carlos Correia onde perguntei quem era a parteira mais experiente do pedaço que furava orelha . Necessitava de um curso, tipo rápido. Era o meu dia de sorte. A Dna. Bete, aposentada aos 35 anos de trabalho estava lá. Na verdade mora lá.
Passei pelo pátio da maternidade e fui ter com a Dna. Bete. Expliquei o meu problema e ela, muito solícita, me ensinou todos os segredos da arte de furar orelhas.
- Passei 35 anos da minha vida furando orelha de 8 a 10 crianças por dia.
Me falou. Depois de uma experiência dessas sai de lá tranquilo. Bom aprendiz, acho que posso até começar a vida em uma nova profissão.
Esta outra, de blogueiro, está dando muito trabalho e dinheiro nenhum. Ainda sexta-feira fui chamado na Polícia Federal para dar um depoimento sobre uma investigação interna. De onde e como tinha conseguido documentos secretos e transcrições de grampos telefônico da PF que envolvem um vereador de Brusque e seu pai, desembargador, em uma investigçao de quadrilha que explora jogo clandestino.
É claro que invoquei o meu direito constitucional de preservar a fonte e nada mais foi dito nem perguntado. Ainda bem.
Aproveitei para dar uma conversado com o "pessoal" da PF, tipo assim, uma ssuntada. Percebi uma indignação principalmente com o governador do estado que, segundo alguns agentes, fica dando declarações tentando desqualificar o trabalho da PF, quando se trata de bandidos amigos dele e de políticos.
Que coisa né?!
Bem, de maneiras que estou ficando de coração mole. Deve ser essa história de ser avô de primeira viagem. Sem vontade de denunciar, de baixar o pau nesses malandros do dinheiro público, enfim...Daqui há alguns dias estarei "transmitindo" de Nizza, França e acho que, como ladrão tem em qualquer lugar, a minha indignação talvez volte a subir ao denunciar alguém do governo Sarkozy. Meu contatos, principalmente dentro da informação de Marsselhe,já estão a postos.
Au revoir
Luiz C. Schneider deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coração mole": Boa viagem e babe bastante. Mas fique atento com a carteira, pois há suspeitos em tour europeu.
Cangablog: Fique tranquilo Schneider. Conheço bem os batedores de carteira que estão indo daqui para França e para Itália depois. Mas valeu o aviso.
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coração mole": Prepara-te, Canga. Esse coração mole de pré-avô vira bobeira depois que a cria nasce. E pode durar anos.Todo cuidado é pouco.
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coração mole": Ser avô pela primeira vez me lembra a sacada genial do Marco Vasquez, quando define a nossa pouco Santa e muito bela Catarina: um estado alterado de consciência. Relaxa e goza.
Eloy deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coração mole": Bendito seja o fruto do ventre da tua filha, meu amigo!
Boa viagem!
Eloy Figueiredo
Aline Graziela deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coração mole": Por favor, que não fique mole a ponto de nos abandonar... e parabéns! Aproveite, curta muito. É maravilhoso...
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Prepara-te, Canga. Esse coração mole de pré-avô vira bobeira depois que a cria nasce. E pode durar anos.Todo cuidado é pouco.
ResponderExcluirSer avô pela primeira vez me lembra a sacada genial do Marco Vasquez, quando define a nossa pouco Santa e muito bela Catarina: um estado alterado de consciência. Relaxa e goza.
ResponderExcluirBoa viagem e babe bastante. Mas fique atento com a carteira, pois há suspeitos em tour europeu.
ResponderExcluirBendito seja o fruto do ventre da tua filha, meu amigo!
ResponderExcluirBoa viagem!
Eloy Figueiredo
Por favor, que não fique mole a ponto de nos abandonar... e parabéns! Aproveite, curta muito. É maravilhoso...
ResponderExcluirPutz, isso quer dizer que só o Muska vai ficar vigiando a cacalhada? Coitado...rsss
ResponderExcluirÔh Ganaga qualé! Não vais dar uma de Cesar Valente e abandonar o barco?
ResponderExcluirCurta bastante a nova netinha, mais depois volte para ajudar o Muska. Não vais deixar ele na mão neste ano, que promete.
Será que fosses convidado para ser "assessorista de imprensa" de um desses 40 deputados não não sabem como vão votar no caso do indiciado pela PF?
Qualé, não deixa o Muska sozinho não!
Mas é claro que Luisa tem de sair da maternidade com brincos. Fiz isso com a Bruna, nasceu às 19h, às 21h já estava com "oro" nas orelhas. Depois a menina cresce, sem orelha furada e fica "traumalizada"...
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