Todos nós já passamos por determinadas situações “não escolhidas” que, se tivéssemos o conhecimento prévio, sequer ousaríamos cogitar em se fazer presentes.
Mais ou menos o que, no direito, se chama de vício redibitório. Em outras palavras, é aquele defeito que o objeto que se pretende adquirir possui, mas que se você tivesse conhecimento antes, não compraria. O caso de um automóvel com o motor fundido, por exemplo.
Bem, estou assistindo a um filme com Clark Gable (1901-1960) e Carol Lombard (1908-1942), provavelmente da década de 1930. Um filme dentro de outro filme.
Como aquelas latas de azeite (de antigamente) que estampavam no rótulo uma mulher segurando uma lata de azeite, e nesta, outra mulher mostrando outra lata de azeite que trazia nova mulher com outra, assim, indefinidamente... Minha mãe, fã de Gable, já deveria ter visto aquilo. Todos os protagonistas estão mortos, e não canso de imaginar a maravilha que é o cinema. De repente, entra um comercial, em seguida uma chamada para o BBB, e logo a conversa zôo-técnica de alguém se reportando a manipulação de reses e outras lides campeiras, a título de “ilustrar” sua permanência ao lado de uma piscina na clausura de uma casa na qual não tenho o menor interesse. Desligo em seguida, quando percebo não ter curiosidade nenhuma pelos animais, nem os bípedes que observo e tampouco, pelos quadrúpedes a que eles se reportam. Minha afinidade com animálias, não passa de uma paleta de ovelha na churrasqueira, assim mesmo, se eu preparar o tempero e assá-la. Tudo a ver, diria o velho Horácio Braun, salve!
Não sei como terminou o filme e isto me chateia.
Já se pensou em realizar um BBB só com pessoas “cabeças”. Fizeram um teste nos EUA e foi um fracasso. A audiência caiu em níveis intoleráveis para os patrocinadores.
As massas (ou o senso comum) não encontram acolhidas naquilo que não se identificam. Uma existência supra-real não é palpável, ainda que real num outro plano.
Sugeriu-se aqui, incluir a Vera Fischer, a Sônia Braga, o Nelson Motta, Chico Buarque, Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor, Ziraldo... Bem, seria a primeira vez que as duas atrizes não precisariam fazer o papel de “mulher que trai o marido” ou de “prostituta”, quer dizer, o meio-habitat nestas circunstâncias; o Nelson falando em sintonia fina, do “novo” disco dos Beatles, “Love”, duca; o Chico que não quer ser avô, e “deixa em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa”; o Mainardi afirmando que não agüenta mais bater no PT, não tem interlocutor (e nem ouvinte); o Jabor acreditando que há uma revolução em andamento, mas ninguém sabe onde; o Ziraldo afirmando que nunca brochou na vida, risos, macho uma barbaridade... Macho não quer dizer mucho lembra a atriz Zsa Zsa Gabor...
Quer saber? Gostaria de ter visto aquele filme, a despeito da grande audiência do BBB, estatística esta, da qual não faço parte, e diante de tais licenciosidades, sou mais o Glauber Rocha, é preciso acabar com este liberalismo feminista e estabelecer (logo) o machismo revolucionário.
A música é esta e diz respeito, naturalmente, ao momento em que estou vivendo...
Esta composição foi elaborada quando os Beatles freqüentavam a Academia de Meditação Transcendental do guru Maharishi, no Himalaia.
Havia palestras todos os dias seguidas de meditação...
Aquela calmaria toda seguida das complicações do fuso horário, a ausência de bebidas ou qualquer droga, ao mesmo tempo que deixava a cabeça livre para a criação, também facilitava um extremo cansaço, afinal não se conseguia dormir à noite e não se dormia de dia...
Some-se aí, o fim do casamento, no caso de John Lennon que não sabia como dizer isso a primeira mulher (Cynthia Powell) e também não contava com a presença de Yoko Ono...
Isso tudo foi deixando-o cansado... Muito cansado e acabou sobrando até para Sir Walter Raleigh (1552-1618) explorador e poeta inglês (para John era um babaca e idiota) que também era camponês e conseguiu o título de “Sir” bajulando com insistência a Rainha Elizabeth I... Atribui-se a ele a introdução do tabaco na Europa (levado da América)...
Neste período os Beatles compuseram mais de 40 letras... Parte delas está no que ficou conhecido como Àlbum Branco (The White Album) de 1967...
Esta “I’m so Tired” (“Estou tão Cansado”) é apenas uma delas...
Vem a propósito!
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