Cá estou no Campeche, como dizia, a pensaire nos amigos da terra pátria, Lisboa.
Pá que saudades, como dizem vocês no Brasil.
Teclava com uma amiga da escola secundária pelo Facebook, faz uns instantes. Ela lá e eu cá.
Entre nós o mar mais lindo do planeta, o Atlântico. Nada nos separa com esta tecnologia de bytes e impulsos.
Mas, antanho as paredes separavam os homens. Tínhamos que derrubar paredes para encontrar a liberdade.
A própria História do Homem, a procriação, fez-se dentro de quatro paredes. Sem elas, o sexo teria sido só nas moitas.
As pessoas que vivem sozinhas falam com as paredes e ficam roucas pois elas demoram a responder.
E os professores dizem: Menino, tu achas que estou falando para as paredes?
Paredes são muito sensíveis. As vezes racham, como as pessoas.
Soube que até um cineasta, o Paredes, mora aqui nesta Ilha.
Bem, acho que vou me recolher entre minhas paredes. Lá fora, escuto o mar e meu coração bate ao gosto de Portugal.
Minhas lágrimas são salgadas como as do menino que sonhava com o tamanho do mundo, sem saber conhece-lo.
Não estive na Bastilha, mas sei que num dia derrubaram suas paredes...*João Francisco de Azambuja Bueno Faria Carvalho Pereira é portugues, de Portugal e o mais novo contratado do Cangablog
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Parede - Reflexões do Azambuja": E muitas pessoas sobem pelas paredes, sem que se saiba porque...
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