quarta-feira, 26 de setembro de 2012

INIMIGOS DE FLORIANÓPOLIS





   No último dia 18, doze vereadores de Florianópolis votaram pela aprovação do projeto de lei complementar 01160/2012, de autoria do vereador Dalmo Menezes (PP). O projeto aprovado na calada da noite, em plena campanha eleitoral para prefeito e vereadores, e altera o zoneamento na região de Cacupé, apesar dos protestos e manifestações oficiais escritas e orais das entidades comunitárias do distrito de Santo Antônio de Lisboa. Na verdade a sessão estava marcada para o dia 19, porém, ardilosamente, foi antecipada, facilitando a sua aprovação. A reunião previa a aprovação de de vários outros projetos de zoneamento. Muitos vereadores desconheciam os detalhes das matérias, que foram votados por seus números, sem discussão ou detalhamento.
    Segundo informação do Daqui na Rede, os momentos que antecederam a sessão foram marcados pela presença do advogado Hélio Bairros, presidente do Sinduscon, em diversos gabinetes de vereadores. Os vereadores Badeko e Asael Pereira, que raramente permanecem até o fim das sessões, se mantiveram no planério para garantir as aprovações dos projetos.
   Além do vereador Dalmo Menezes, que teve aprovados dois projetos alterando zoneamentos, seus colegas Ricardo Camargo Vieira, João Aurélio Valente Júnior e o presidente Jaime Tonello (dois projetos) conseguiram as mesmas vitórias. Um projeto do Executivo igualmente foi aprovado.
   Com a votação destes projetos a Câmara entrou em recesso por causa das eleições e só volta a se reunir no dia 16 de outubro. Exceto o projeto do Executivo, os demais terão que passar por segunda votação dentro de 30 dias.

Vereador pede anulação de sessão que alterou zoneamentos em Florianópolis

   O vereador Acácio Garibaldi S. Thiago entrou com requerimento junto à presidência da Câmara Municipal de Florianópolis, pedindo a anulação da sessão que aprovou alterações de zoneamento em diversos pontos da cidade. Segundo o vereador, “a pauta teria que ser apresentada 24 horas antes da sessão, o que não aconteceu. Anteciparam a pauta que seria de quarta para terça-feira e votaram”, justifica Acácio, que se retirou de plenário antes da votação.
   “Foi uma sucessão de irregularidades, o que me leva a pedir a anulação da sessão”, salienta. Ele estava pensando em apelar para a via judicial, mas desistiu diante da notícia de que o promotor Rui Arno Richter entrou no caso (leia matéria no DC/ClicRBS). O terceiro passo é a mobilização social visando uma segunda votação das matérias, que deve acontecer por volta de 18 de outubro.

Cacupé
Um abaixo-assinado circula na internet visando à anulação das alterações de zoneamento aprovadas pela Câmara e que incluiu o bairro de Cacupé/Santo Antônio de Lisboa. A iniciativa é do morador Vinícius Alves, destacada pelo jornalista Carlos Damião em sua coluna no jornal Notícias do Dia.


Denúncia
   A denúncia do que aconteceu na sessão da Câmara Municipal de Florianópolis do dia 18 de setembro foi feita com exclusividade e em primeira-mão pelo Daqui na Rede no dia seguinte, 19.9. Confira

8 comentários:

  1. A Câmara Municipal de Florianópolis mergulhou numa nova polêmica. Provoca fortes reações, levanta suspeitas e sofre um desgaste político. Na origem, a misteriosa aprovação de cinco projetos que alteram o Plano Diretor, incluindo a liberação de gabarito de prédios em áreas preservadas, como Cacupé e Santo Antônio de Lisboa. São zonas de colonização açoriana e que não tem os graves problemas de engarrafamentos porque impediram as selvas de pedra. O gabarito de construções é de dois pavimentos. Com a alteração dos projetos casuísticos, não mais.

    Singularidade estranha: dos 16 vereadores, 12 votaram pela aprovação das matérias, dois não participaram da votação e dois estavam ausentes. Não houve um só voto contrário. Deram aval vereadores de todos os partidos.

    O vereador Acácio Santiago(PP), ausente na sessão, entrou com requerimento pela anulação da votação. Alega que os cinco projetos não constavam da ordem do dia e aponta ilegalidades. O Ministério Público Estadual pediu informações sobre o rumoroso caso. O prefeito Dário Berger enfatizou que se as mudanças foram aprovadas em segunda votação ele vetará na hora.

    - Isto é um deboche com Florianópolis. Isto tem cheiro de corrupção. Como vão alterar gabarito a 10 dias das eleições? – perguntou.

    Em Blumenau, mudanças de gabarito só com aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e depois de audiências públicas, informou o prefeito João Paulo Kleinubing. Nem o prefeito tem poder de mudar.

    Na cidade de Joinville, o novo Conselho da Cidade, com 60% da sociedade civil, vai impedir mudanças casuísticas, garantiu o prefeito Carlito

    Mers, que luta pela Lei do Ordenamento Territorial.

    Mudanças tão radicais em véspera de eleição com falta de grana? Tem gato na tuba!

    Postado por Moacir Pereira, às 7:53

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  2. Faltam 2 (dois) na lista de procurados: são eles José carlos Rauen e o Hélo Barrios.

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  3. Diz o blogueiro – assim ocorreu em Capão da Canoas, pois em 2000 quando decidimos viver no litoral tinha somente 4 pavimentos e logo passou aos 12. Sua estrutura viária é a mesma dos anos 50, logo nem preciso me alongar. Aqui em Xangri-Lá quando da mudança do Plano Diretor ocorreu uma única audiência pública honesta na qual os veranistas que pagam todas as cagadas da prefeitura deixaram claro que não queriam mais do os 4 pavimentos na Avenida Paraguaçu. Na votação os “donos” da cidade, muitos deles ligados à construção civil mandaram os veranistas às favas.
    Agora esses sujeitos que a meu ver não tem vergonha na cara autorizam seja detonada Santo Antonio de Lisboa. Sei que não vivo na cidade de Floriano, mas dela gosto muito e Santo Antonio de Lisboa é um patrimônio que precisa ser respeitado, gostem ou não esses Vereadores, pois devem ser lembrados que são, ou melhor, que estão vereadores e ao cidadão e contribuinte DEVEM respeito. Embora vivendo bem longe de Santo Antonio de Lisboa tenho essa localidade na memória e afirmo que dela gostei muito.

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  4. gafanhoto de quaraí26 setembro, 2012 17:52

    será que esse hélio bairros levou um presentinho para os vereadores aprovarem esse absurdo?
    não imagina...
    MOEDA VERDE 2!!!

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  5. Campeche também não aceita mudança de zoneamento desta forma irregular e irresponsável. E nosso trabalho com o plano diretor participativo, senhores vereadores? Que falta de respeito, além da ilegalidade e golpe da sessão "ORDINÁRIA"da Câmara.
    Protesto,

    Telma Piacentini

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  6. O Sr. Hélio Barrios tem um terreno gigante no Cacupé a 400 metros da SC 401.

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  7. Que a vontade da população seja manifestada e prevaleça.

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  8. ABSURDO, MORO NO CACUPÉ A 15 ANOS, ERA SÓ VERDE E CALMO, HOJE ESTA VIRANDO A SELVA DE PEDRA COMO TODA A ILHA, TENHO PENA ÓDIO E NOJO POR ESSES POLÍTICOS, SEM ESCRÚPULOS, BANDO DE MERDA, catinga de mijo.

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