terça-feira, 7 de abril de 2015

A serra e o caos em SC


   Buenos dias meu amigo Canga Véio de Artigas... Como é que tu aí no litoral com essa ventania e mar grande ?

   Aproveito a Páscoa para renovar nossos laços de bem querência e mandar algumas notícias aqui da serra. Dá pena de ver algumas coisas, Canga...

   Saí a cavalo pela região e fiquei triste com o que vi. Em Bom Jardim da Serra, nossa maravilhosa natureza, com riachos cristalinos e cachoeiras de fazer inveja aos que precisam de água potável, se mistura com a pobreza da população.
  
    Desassistidos e abandonados, estes serranos vêem a rodovia estadual passar pelo meio da cidade, sem ao menos um guard-rail de proteção ou calçadas de isolamento do tráfego de veículos rápidos. Nem flores ou plantas para amenizar os olhares dos nativos.

   Aqui a gente vê a vontade de governar do Colombo. A vontade de construir e melhorar a vida dos vizinhos de Lages. Até o mirante do Rio do Rastro está no abandono. Sujeira e falta de cuidados.

   Fui até Urubici e de lá em direção ao Corvo Branco. A placa na estrada (SC-370) diz que em 720 dias, por R$ 36 milhões de reais, o trecho de Canudos até Aiurê fica pronto. A data do início da obra foi em abril de 2014. Faz um ano exatamente. Mexeram na estrada antiga, fizeram alguns cortes e marcações e mais nada. A empreiteira SETA abandonou a obra, levou as máquinas e os trabalhadores embora. O clima é de desolação. A população do local já protestou, a imprensa tradicional já noticiou e ninguém responde pela insensatez.

   Nos filmes comerciais pagos da televisão, o governo do Colombo anuncia maravilhas. Na realidade, o panorama é outro.

   Ninguém assume responsabilidades e nem obrigações. Ora é a FATMA que não dá licença ambiental, ora são as árvores que precisam ser cortadas, ora é o interesse escuso, ora os desencontros nas informações.

   Canga Véio, te digo uma coisa: é muito triste envelhecer e habitar num estado governado por gente tão despreparada e sem vontade. Por que um sujeito desses quis a reeleição? Para que?

   No inverno, junho, levarei pinhão para comermos com tainha. Vamos botar a prosa em dia, então.

   Abraços do Tio Bruda.

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