Na triste sina de entender como um
governante perde a credibilidade
rapidamente,e, seu consorte preferencial
é golpeado e golpeia na putrefata
composição do presidencialismo
de cleptocratas profissionais.
A situação de “caos político” no segundo mandato da governanta do Planalto Central , resultou de um enredo que associa, estelionato eleitoral com crise econômica, uma realidade escamoteada no processo de disputa entre governistas e oposicionistas. O agravante da corrupção é somente mais um ingrediente de uma gestão marcada pelo populismo caboclo que é levado a cabo pelo condomínio de partidos que está alojado na Esplanada dos Ministérios.
O consorte preferencial, com assento na vice-presidência da republiqueta, conta ainda, com a presidência das duas casas legislativas – Senado Federal e Câmara dos Deputados. A oposição não conseguiu emplacar seus candidatos, dado que a maioria congressual é mantida pelo bloco governista, no famoso ensaio de governabilidade com o presidencialismo de coalizão.
O esgotamento do ciclo de poder do lulo-petismo se esvai na medida em que novos indicadores econômicos são publicados. A recessão, desemprego, inflação , tarifaço, na famosa política de “ajustes ortodoxos” de clivagem monetarista, retiraram o gigante adormecido de sua passividade cívica. Os manifestos de indignados ocorrem em todas as ações e manifestações da opinião pública.
Neste movimento de defesa para manutenção de nacos de poder, vale tudo, inclusive, responsabilizar um ou outro Poder pela crise institucional abalada pelos sucessivos escândalos de corrupção que se generalizaram em diversos espaços do setor público. A relação de promiscuidade entre o público e o privado se evidencia com nitidez para todos os miseráveis cidadãos, carentes de direitos e carregados de deveres tributários.
Porém, no Palácio do Jaburu que a crise do consorte preferencial se notabilizou neste início trágico de segundo mandato da governanta. O Jaburu é uma ave ciconídea do Brasil, é uma ave de grande porte, símbolo do Pantanal, vivendo a margem de lagoas e pântanos. Com uma alimentação composta de peixes, moluscos, repteis e insetos. Em alguns casos se alimenta de pescado morto, evitando a putrefação dos peixes que morrem por falta de oxigênio nas épocas de seca.
Na atual conjuntura, o Jaburu que saiu no Planalto Central, representado pelo PMDB, deseja maior espaço para se alimentar do putrefato espólio do petismo, evitando que a governanta da republiqueta seja asfixiada neste período de secura orçamentária e penúria de indicadores econômicos. Na esquisita orquestração, as cartas do jogo político criaram este mostrengo político que está superado, o presidencialismo de cooptação ancorado na cleptocracia dos agentes públicos. É um triste final de um governo que não é amado, não é temido e sequer respeitado.
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