Em mar revolto, tentando
salvar a última gota de
esperança diante da crise
política, econômica e social
que assola a sociedade brasileira.
Nunca na história política da republiqueta brasilis se observou um corolário de desfaçatez, desencantamento e desesperança com um governo democraticamente eleito.
Os governistas e opositores sucumbiram no mar revolto de um País sem rota, sem timoneiro, e, ambos ficam à deriva dos fatos dantescos que envolvem todos sem exceção no naufrágio das boas intenções.
Os partidos, dirigentes e militantes são submetidos pela virulência da corrupção que bate à porta de todos. Todos estão atônitos, vociferando que a prisão “ é política”!!! Não é política, é de políticos que vemos no cotidiano. Como diz aquele provérbio português : “Onde todo mundo peca, não há penitência”.
Para os governistas, o condomínio de partidos políticos se transformou num pardieiro, com o peso substantivo do petismo. Os dirigentes e militantes se transformaram em cegos ensandecidos pelas mãos sujas nas escandalosas transações de recursos públicos para abastecimento dos cofres do Partido, garantindo a aurora do “projeto de poder” duradouro.
Assim, os trabalhadores foram simbolicamente enganados por dirigentes inescrupulosos que subsumiram bandeiras programáticas, tais como: reforma agrária, reforma urbana, taxação de grandes fortunas, justiça social, e, o primor da flamula que era empunhada no mais alto mastro ideológico – a Ética na Política.
No findar de um ciclo político trágico, o lulo-petismo sucumbiu com a pecha de partido corrompido, degenerado e prostituído pelas alianças conciliatórias que o Criador (Lula) impôs as suas criaturas (militantes). Os militantes e simpatizantes se transforam em náufragos sem qualquer esperança de salvação.
Noutro lado a ilha, os desesperados oposicionistas, foram tragados pela onda de manifestos de rejeição simbólica as políticas de ajuste fiscal, e, empunhada a bandeira do impedimento e combate à corrupção, nada tem a oferecer. Neste cenário degradado, todos são produtores do sistema político que faz da máquina reeleitoral, uma matriz indutora de práticas continuadas de corrupção, favorecimento clientelística e compra de apoios simbólicos. No presidencialismo de cooptação todos se identificam na prática, em todos os níveis.
Na esteira da crise gêmea – econômica e política, a única esperança que resta é o aprofundamento em todos os níveis, forçando conjuntamente, náufragos e desesperados a lutar pela sua sobrevivência. Caso contrário, todos serão cúmplices da polarização político-ideológica com elevação da tensão social.
O Criador (Lula) da nova ordem política, social e econômica, nos deixou como legado, a governança para sua criatura (Dilma). Tal como Zeus, nos legou uma Caixa de Pandora, e, todos os males que nos desgraçam na atualidade são mitos criados pela nossa curiosidade mundana.
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