Caramori, alvo das denúncias |
A denúncia envolve conflito de
interesses entre a atividade desenvolvida por Doreni - sócio de várias empresas
de evento -, as atribuições do Conselho e os contratos da secretaria municipal
de Turismo, que tem no seu comando um indicado de Doreni, Vinícius de Luca.
A denúncia, que também foi
encaminhada ao Ministério Público estadual, provocou grande alvoroço na Câmara.
Vereadores da oposição e inclusive da situação já articulam a instalação de uma
CPI para aprofundar as denúncias, cuja cópia o Cangablog também recebeu, e
cobrar esclarecimentos da prefeitura e do prefeito.
A administração Gean Loureiro,
que começou de forma atabalhoada, comprando briga com o funcionalismo público
ao propor supressão de direitos enquanto na campanha o discurso foi de diálogo
e valorização dos servidores, tem cometido inúmeros absurdos, como, por
exemplo, nomear uma vereadora fantasma de Palhoça como superintendente da
Floram, o órgão responsável pelo delicado meio ambiente da cidade, nomear
condenado pela justiça para ser autoridade de trânsito e para
secretário-adjunto de Segurança Pública.
Pelo andar da carruagem, serão
quatro anos de fortes emoções na Ilha de Santa Catarina.
Do colunista Rafael Martini no DC online
Dossiê e CPI das parcerias causam desgaste ao governo Gean Loureiro
Sem se identificar, o autor diz apenas ser funcionário de uma das empresas do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Doreni Caramori Junior. As informações foram suficientes para que 11 parlamentares assinassem no mesmo dia (segunda-feira), o pedido para abertura de uma CPI para investigar a tramitação do projeto de lei que autoriza a prefeitura a realizar Parcerias Público Privadas, aprovado em janeiro durante a reforma administrativa.
O vereador Miltinho (DEM), relator da matéria, teria sido orientado na redação do projeto, além de supostamente ter recebido R$ 25 mil para incluir os artigos exigidos pelo governo. O vereador nega com veemência tal acusação.
A série de documentos apresenta uma espécie de linha do tempo sobre as articulações entre Doreni, sócio do grupo GBC Eventos (razão social do complexo Stage Music Park), e a gerência regional da Ambev para organizar a programação de aniversário de Florianópolis, no dia 23 de março.
O evento teve shows da Camerata Florianópolis, Dazaranha e do cantor Buchecha. Conforme informações da própria prefeitura, custou R$ 500 mil e foi todo bancado pela Ambev, por meio da marca Skol.
Doreni utilizou a própria empresa (GBC), também patrocinada pela Ambev, para viabilizar o pagamento dos músicos e toda a infraestrutura contratada, intermediando a transferência do dinheiro liberado pela gigante de bebidas.
O dossiê destaca uma nota fiscal da GBC no valor de R$ 63 mil pago à Camerata. Tanto a produção da Camerata quanto o secretário municipal confirmam a autenticidade do valor acordado.
O dossiê fala em superfaturamento dos preços até chegar nos R$ 500 mil. A GBC teria embolsado cerca de R$ 150 mil por conta da organização do evento.
É bom ressaltar que por tratar-se da relação comercial entre duas empresas privadas (GBC e Ambev), sem envolvimento de dinheiro público, não cabe aplicar a expressão superfaturamento. Em tese não há nenhuma ilicitude na negociação.
Nesta terça-feira pela manhã, Doreni conversou com a coluna. Mostrando-se bastante tranquilo em relação ao episódio, disse desconhecer os detalhes da denúncia, mas confirmou que atuou para buscar apoio para a festa de aniversário da cidade. ¿A Ambev é uma empresa gigante e trabalha com projetos de várias agências. Nós apenas procuramos alguém com quem já temos uma parceria consolidada. E isto é absolutamente normal¿
O empresário sempre foi defensor do engajamento da iniciativa privada em parcerias com o poder público como forma de alavancar o desenvolvimento econômico e social.
"É importante ficar claro que a festa foi um presente à cidade e não envolveu um único centavo de dinheiro público", afirma Doreni.
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