Faltou critério para o jornal O Globo ao publicar a reportagem "Os 'sem-lancha' da cidade classe A". Sem dúvida, Florianópolis tem um padrão de vida elevado em comparação às outras capitais, como os números da matéria atestam. Mas, ao torturar esses mesmos números para apresentar uma cidade irreal, o repórter apenas caiu na armadilha dos estereótipos ao nos retratar como um bando de suecos debilóides e superficiais.
Os entrevistados e seu clã "vivo-em-marte" existem, mas numa cidade com 420 mil pessoas eles são mínima minoria. A imensa maioria das pessoas usa, diariamente, um dos transportes públicos mais caro do país e se apinha em congestionamentos monstruosos. Enfrentamos muitos e graves problemas de uma cidade em franco crescimento: falta de planejamento do poder público, fragilidade da segurança pública, construções em zonas de preservação permanente (como o Shopping Iguatemi, construído em cima de um mangue), lobby incansável das construtoras, sérios problemas de saneamento básico (19 das 43 praias da ilha são impróprias para banho; Jurerê perdeu o certificado Blue Flagship, que atesta a qualidade da água, no ano passado), um dos custos de vida mais altos do país. Já há mais de oitenta favelas em Florianópolis, mas a mídia parece enxergar apenas as mansões brancas e douradas.
Mané Ferrari e o pessoal Beverly Hills representam uma pequena e exótica parte da ilha, mas não a grande maioria de seus moradores. Dar voz apenas a essas pessoas e suas reivindicações lunáticas é retratar uma realidade incompleta, distante. Por isso, a matéria virou chacota nas redes sociais e há até uma página no Facebook dedicada ao episódio, a Beverly Hills Catarinense.
Os entrevistados e seu clã "vivo-em-marte" existem, mas numa cidade com 420 mil pessoas eles são mínima minoria. A imensa maioria das pessoas usa, diariamente, um dos transportes públicos mais caro do país e se apinha em congestionamentos monstruosos. Enfrentamos muitos e graves problemas de uma cidade em franco crescimento: falta de planejamento do poder público, fragilidade da segurança pública, construções em zonas de preservação permanente (como o Shopping Iguatemi, construído em cima de um mangue), lobby incansável das construtoras, sérios problemas de saneamento básico (19 das 43 praias da ilha são impróprias para banho; Jurerê perdeu o certificado Blue Flagship, que atesta a qualidade da água, no ano passado), um dos custos de vida mais altos do país. Já há mais de oitenta favelas em Florianópolis, mas a mídia parece enxergar apenas as mansões brancas e douradas.
Mané Ferrari e o pessoal Beverly Hills representam uma pequena e exótica parte da ilha, mas não a grande maioria de seus moradores. Dar voz apenas a essas pessoas e suas reivindicações lunáticas é retratar uma realidade incompleta, distante. Por isso, a matéria virou chacota nas redes sociais e há até uma página no Facebook dedicada ao episódio, a Beverly Hills Catarinense.
Depois da reportagem do Globo a cidade virou um inferno. Agora, até pobre quer ter lancha |
Eu não diria Beverly Hills..........talvez Mônaco esteja mais adequada!!! Cara eu tenho uma proposta que vai diminuir o trânsito na ponte. Coloquei até no meu facebook (creio que seja inedita). Seria construir no alto do Morro da Cruz uma tirolesa que levasse até a beiramar do Estreito. No pé do Morro da Cruz teria vans que levassem até o topo do morro. Estudante teria passe livre na van e na tirolesa!!!
ResponderExcluiratt
Fabrício
Já tive barco e é a maior "roubada"! Como comprar um sítio,são duas alegrias: uma qdo. compra, outra qdo. vende. No mundo náutico, o cara é explorado de tudo qto é lado. Não tem choro. Coisa pra otário! E ainda se acham!!!
ResponderExcluirBV
Amigo lancha não é para "duro", ter barco (como você diz) é gastar dinheiro
ExcluirTem gente que, em Florianópolis, ter lancha pode fazer com que a cidade pode deslanchar. Ao pé da letra, "des" é um prefixo de negação e "lanchar" é fazer uma refeição no meio da tarde, e não uma adaptação do termo francês "déclencher" significando "dar ou ganhar impulso". Logo, alguém deve querer ficar sem o lanchinho da tarde: vai querer comer uma lancha, para ter glamour. Risível, mas o povo ainda continua com as refeições vespertinas, apesar de meia dúzia de gente pensar que vive em Beverly Hills.
ResponderExcluirParabéns!
ResponderExcluirË incrível como um jornalista como você pode conseguir interpretar tão mal o que se foi publicado. O jornal o globo entrevistou a Andreia Druck diretora da Habitasul de Jurerê Internacional, e foi ela quem se referiu a Beverly Hills Catarinense. Vamos combinar que Jurerê Internacional não é qualquer lugar, nao é para qualquer um, o poder aquisitivo é muito diferente da nossa realidade o que torna uma verdade ser uma "Beverly Hills". Agora quanto a entrevista do presidente da Acatmar Mané Ferrari o mesmo disse que há falta de marinas adequadas e com infraestruturas apropriadas para receber embarcações, principalmente de grande porte. O título "os sem lanchas suou desapropriado para a matéria", mas não podemos deixar de reconhecer que a náutica em Florianópolis vem crescendo a cada dia e isso nem voce, nem eu e ninguém podemos impedir, muito menos que pessoas fiquem ricas ou pobres. Lancha hoje não é sinônimo de riqueza, isso atualmente é preconceito. Pois qualquer um pode ter uma lancha, igual a carro você financia, investe etc... Convido a você jornalista Sergio a visitar algumas marinas em Florianópolis e ir a Jurerê Internacional para com seus próprios olhos verificar qual a real situação do que se foi falado. Entretanto, não vejo o porque tanta gozação na matéria já que cada um deles conhece e discute sobre a sua area e seu trabalho.Alias, vamos deixar uma coisa coisa bem clara, Florianópolis antigamente era de frente para o mar, tínhamos navios que atracavam no miramar e depois com tanta politica nos simplesmente viramos de costas e tudo que temos ao redor da ilha é mar, parece piada não. Vamos pensar, analisar para depois criticar. Fica a dica!
ResponderExcluirO jornal O Globo escolheu o que publicar e quais depoimentos colher, bem como o enfoque desejado para a matéria. A partir dessas escolhas publicou uma matéria absolutamente tendenciosa que passou essa imagem mentirosa, ou, pra dizer o mínimo, em grande parte mentirosa, já que Jurerê Internacional não representa de maneira nenhuma a cidade de Florianópolis. Não é esse jornalista que está "interpretando mal", como vc falou, essa foi a imagem que a reportagem do O Globo passou para o resto do país e até do mundo. A imagem de que Florianópolis é uma cidade tão rica, de pessoas fúteis, que desprezam "muita coisa que parece de interior", cujo maior problema é a falta de marinas. Quando na verdade, muito antes das festas regadas a espumante e do branco e dourado, o aspecto bucólico e as pequenas vilas de pescadores já atraiam turistas de todo o mundo!
ExcluirAcho sim que Floripa tem muito a melhorar no setor de turismo e prestação de serviços, além de educação, saúde, etc, mas certamente reportagens como essa do jornal O Globo não retratam Florianópolis de modo adequado!
Vamos pensar, para depois criticar! ;)
Conheça um pouco mais da Acatmar, matérias as vezes sao colocadas de forma erronea distorcendo um trabalho arduo voltado a geraçao de empreo e renda.
ResponderExcluirMais marinas, mais empregos, mais turistas qualificados,mais renda para os municipios investirem em saude , educaçao, saneamento basico, infra estrutura.
Nossa luta constante para transformar SC em um estado de frente para o mar, um barco parado em uma Marina gera de 4 a 8 empregos diretos e indiretos alem do turismo qualificado que traz para o estado, se tivermos realmente isto no nosso litoral estaremos gerando milhares de empregos e renda para nossos municípios. Este é o verdadeiro objetivo, trabalhar para geração de emprego, ter um transporte marítimo dando mais qualidade de vida ao trabalhador.
A Associação Catarinense de Marinas (Acatmar) é uma entidade que representa Marinas e Garagens náuticas em Santa Catarina, estado brasileiro que tem o maior polo de indústria náutica no Brasil. Nossa luta é principalmente pela legalização dos espaços destinados ao lazer náutico e a consequente exploração sustentável da atividade. A ideia é tornar o mar mais atrativo, trazendo investimentos externos e internos que devem contribuir muito para o desenvolvimento do país.
Hoje Santa Catarina tem em torno de 60 marinas, mais de 80% delas associada à Acatmar. Elas somam em torno de 10 mil vagas, entre secas, molhadas e outras. Porém, durante o período de verão, entre dezembro e fevereiro, deixamos de receber cerca de 3 mil embarcações de médio e grande porte por falta de infraestrutura adequada.
Os entraves burocráticos são os principais gargalos para que as marinas sejam legalizadas, por isso nossa principal meta é unir toda a cadeia produtiva para, organizadamente, termos uma força que possa transpor essas barreiras. Os frutos já estão aparecendo, com parcerias importantes que devem trazer resultados brevemente, alguns em curto prazo.
Sebrae - A Acatmar é será parceira do Sebrae/SC, uma entidade que busca apoiar micro e pequenas empresas no projeto do Polo Setorial Náutico do Litoral Catarinense. A meta é prestar atendimento e consultoria a cerca de 50 empresas para melhoria de processos e produtos. Para isso vamos contar com a participação de profissionais e entidades tecnológicas. Como resultado vamos incrementar diversos setores, como estaleiros, marinas e fornecedores. Inicialmente serão feitos diagnósticos das empresas, para depois todas entrarem num Plano de Trabalho Coletivo. Após este processo, também teremos capacitação em gestão, abrangendo áreas de finanças, marketing e estratégia. Também estão previstas participações em feiras, rodadas de negócios e missões empresariais.
Legalização de motonautas e arrais amador – Outra iniciativa da Acatmar são os cursos oferecidos em parceria com a Capitania dos Portos e o Serviço Social do Transporte. Com isso buscamos reduzir acidentes e conscientizar pilotos de lanchas e motos aquáticas sobre segurança na água com aulas teóricas e práticas.
Projeto Horizonte Velas – Um dos maiores obstáculos da indústria náutica catarinesne, apesar de ser o maior polo náutico do país, é a escassez de mão-de-obra. Desde julho último iniciamos o Projeto Horizonte Velas, em parceira com a organização não governamental Associação Horizontes. Trata-se de um curso de qualificação profissional para o setor destinado a jovens entre 18 a 24 anos, com ensino fundamental completo e que não estejam trabalhando. São cursos com duração de três meses, totalizando 250 horas de formação e divididos em duas partes - Qualificação Profissional e Formação para a Cidadania.
Para viabilizar o aprendizado prático, o projeto conta com a participação dos estaleiros locais, que oferecem seus espaços para as aulas. Os alunos recebem vale transporte, alimentação, material didático e ainda uma bolsa-auxílio no período correspondente ao treinamento nos estaleiros.
https://www.facebook.com/acatmar
Eis o que pensamos sobre a dita reportagem d'O Globo, citando Lanchas, Marinas, Fasanos, Emilianos e outras necessidades da nossa Berverly Hills catarinense:
ResponderExcluirhttp://preservemosfloripa.wordpress.com/mensagem/
http://preservemosfloripa.wordpress.com/att/
Atenciosamente