segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Eleição na capital

Uma possível visão do resultado desta Eleição em Florianópolis
   

   Por Armando José d’Acampora*

   Penso cá com meus botões, o que poderia significar essa expressão de votos na 
Eleição em Florianópolis, respeitando :
   - 20 % de abstenção
   - 8% de votos nulos
   - 2 % de votos em branco
   
   A abstenção, num alto percentual de 20 %, do meu ponto de vista, significa o total desinteresse pelos rumos da cidade, pois seriam suficientes para mudar o placar eleitoral, seja para um lado, seja para o outro.

   Provavelmente, são as mesmas pessoas que não vão às reuniões de condomínio, deixando que outros decidam por elas. Certamente o que for decidido não irá me alterar em nada meu modo de vida, pensam. É decisão estritamente pessoal.

   Creio que isso, no fundo, seja a reflexão da falta do hábito de exercer seu direito do voto, mostrando quem e o que quer ou quem não quer como seu mandatário durante os próximos quatro anos.

   Portanto, não vão poder botar a boca no trombone se as coisas não andarem na cidade, como esperariam ou queriam ou ainda como gostariam.

   Quem se abstém, aceita o resultado da votação e não tem mais o direito de se manifestar contra ou a favor, pois poderia ter contribuído para que aquilo fosse diferente, para aquilo que se chama democracia.

   Os nulos, que não podem ser desprezados nos seus 8 %, são pessoas cuja personalidade não conseguiu encontrar em nenhum dos candidatos nada que pudesse tornar a candidatura identificável consigo mesmo, portanto, é um voto consciente. Como quem diz: nenhum dos candidatos me atrai, de maneira que prefiro anular meu voto.

   Os votos em branco, são daqueles que realmente não conseguiram optar entre um e outro, ou ainda um fato pode ser consignado: o candidato escolhido não passou para o segundo turno, e ele resolve não votar em nenhum dos outros. Este mesmo argumento, serve para os votos nulos.

   A chamada renovação, é da esperança, de que esse povo se sinta menos cansado do que já está ai. Não há situação melhor do que a alternância de poder.

   Portanto, parabéns aos eleitos e o meu desejo é que a nova Administração do Município tenha sucesso nessa empreitada, para o bem da cidade.

   Naturalmente, este é o meu ponto de vista.

* Médico, Cirurgião, Professor Universitário

5 comentários:

  1. Negados, em abstenção, nulos ou brancos, independentemente da escolha, não é exatamente omissão, mas uma opção democrática, dentro dos preceitos legais. Ninguém é obrigado a concordar com os candidatos, ainda mais que se sabe que, no caso de Florianópolis, a busca é do poder pelo poder, e não de um projeto para a cidade. Ambos os candidatos do segundo turno são guiados pelo marketing eleitoral, não por um planejamento de mandato, o que condiz aos narcisos da política. Não há renovação, mas continuidade, apenas trocando-se os nomes. As tetas da prefeitura ainda é capaz de render leite somente para os alguns de sempre. Esta é a razão dos votos negados.

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  2. PELO MENOS VARRERAM COM OS BERGER$.
    O MOSQUITO DEVE ESTAR PULANDO LÁ EM CIMA!!!

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  3. Não se iluda: grande parte da turma que os Bergers empregaram nos últimos - em Florianópolis e São José - deve "virar a casaca" e continuar em algum carguinho em ambas as prefeituras. É apenas uma troca de comando dentro do mesmo grupo político.

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  4. A minha leitura é a seguinte.
    O novo prefeito se elegeu com 34% dos votos dos eleitores da capital. Não representa a vontade da maioria da população, bem ao contrário. Poucos referendaram o consórcio LHS, Bornhausen, Colombo, Amin e Cesar pai.
    Reforça a necessidade de existir a oposição e fiscalização, ratificada pela limpa dos vereadores amigos do chefe e mostra que a maioria dos eleitores espera atitude destes senhores, senão vão para o baú de lixo da história política de Fpolis.

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  5. Se é para se eleito com menos de 50% dos votos totais, nem precisa de 2º turno, oras...
    O que deveria causar um 2º turno é justamente o fato de ter mais votos brancos+nulos+abstenções do que o candidato mais votado!
    Ou como em Criciúma, que um ficha suja teve 80% dos votos. Este não poderia nem ter se candidatado, mas o povo também não quis os outros 4 candidatos...

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