Tarde preguiçosa. Estávamos, Gisa e eu, sentados na grama do páteo esperando a Isadora para votar quando presenciamos uma revoada de cupins perseguidos e devorados por inúmeros passarinhos. Interessante!
Praticamos nosso dever cívico bem aqui ao lado de casa, no Grupo Escolar Januária Teixeira da Rocha. Família unida vota unida!
Luisa votando pela primeira vez |
Momentos antes de irmos votar recebi um telefonema muito legal. A pessoa que ligava, prefixo 55, quase não conseguia falar de tanto que chorava.
- Canguita querido...estou na frente do teu apartamento...aqui na Jacinto Gomes, em Porto Alegre...fiquei abalado com a notícia da hepatite C...
Era o Clóvis, grande amigo, irmão, de Santa Maria (RS) que ao passar em frente ao apartamento que morei, quando de passagem por Portinho, se emocionou e me ligou. Acalmei o amigo e falei que era penas um tratamento e que na verdade não iria morrer por agora, pelo menos isso não estava nos meus planos. Rimos bastante e desliguei com uma sensação de leveza e alegria de saber que tenho amigos de verdade que me tratam com afeto e carinho. Muito bom!
Dario lendo crônica do Ige no blog |
Conversar com o Dario sempre é uma alegria. Jornalista experiente, homem mundano, sempre tem boas histórias para nos divertir. E foi nesta toada que engatou uma história acontecida em Salvador, Bahia, num período da sua vida em que andou morando por lá.
Conta Dario, que morava na casa de Mariozinho Cravo - desenhista, pintor, poeta e escultor pertencente a primeira geração de artistas plásticos modernistas da Bahia - quando seu amigo recebeu um fotógrafo francês que vinha ao Brasil fazer um trabalho sobre Salvador. Segundo Dario, o equipamento do fotógrafo era o que existia de melhor e mais moderno na época.
O equipamento acabou sendo roubado da casa de Mariozinho Cravo. Levaram de tripés à câmeras Laika. O valor do roubo era incalculável!
Nesse dia, Mariozinho Cravo conseguiu juma coisa incrível, graças a influências de sua tradicional família nas terras do então coronel Antonio Carlos Magalhães: que fosse publicado nos jornais, transmitidos nas rádio e TVs de Salvador, uma nota pedindo aos ladrões que devolvessem o material roubado e que ainda receberiam uma "indenização".
Sentindo-se acuados pela dimensão da divulgação do roubo os ladrões colocaram fogo em todo o equipamento do francês.
Uma verdadeira tragédia. O fato foi noticiado pela imprensa com fotos de Laikas e materiais fotográficos transformados em carvão. Genial, Mariozinho Cravo fotografou e fez esculturas com o material incinerado. Uma das fotos foi o flagrante, em B, do temporizador em movimento de uma das máquinas fotográficas incineradas, que ainda funcionava.
As fotos e as esculturas viraram uma exposição em São Paulo que rendeu o dinheiro suficiente para o amigo francês comprar todo o equipamento fotográfico novamente.
Finalmente fui votar. Quando estou voltando recebo um e-mail no celular. Meu amigo Les Paul e seu querido pai, Dr. Paulo Medeiros Vieira avisam: ...guardando 6 garrafas de um portugues bom pra caraglio com quase 15° pra secar a boca de costela. No final da jornada vamos abri-los em grande estilo. Abraço com a fé que me move do Paulao et Famiglia
Por falta de amigo não morro tão cedo!
CANGA, NÃO LHE CONHEÇO, MAS QUANDO LEIO SEU BLOG ME SINTO SEU AMIGO.
ResponderExcluirSENTIA A MESMA COISA COM O SAUDOSO MOSQUITO.
AGORA VOU ME JUNTAR COM O PATO ROUCO DEPOIS QUE PERDI...
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