segunda-feira, 15 de junho de 2015

AMAZÔNIA


   O Território Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins, é um respiro de verde no Pará, estado que lidera o ranking de desmatamento da Amazônia Legal, conforme os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nele vivem três povos indígenas – Gavião Akrãtikatêjê, Gavião Kykatejê e Gavião Parkatêjê – que somam pouco mais de 700 habitantes (Siasi/Sesai 2013). Eles se dividem atualmente em nove aldeias, em uma área de 62 mil hectares de floresta preservada na região sudeste do estado, pressionada há mais de 30 anos pela mineração e por obras de infraestrutura.

   Os Parkatêjê são os mais numerosos entre os povos de Mãe Maria, embora tenham perdido mais de 70% da população após o traumático contato com não indígenas, ocorrido durante a década de 1950. O território que habitam foi alvo dos projetos de integração do governo militar. Hoje é cortado pela rodovia BR-222, pela linha de transmissão de energia de Tucuruí, da Eletronorte, e pela estrada de ferro Carajás, alvo da batalha mais recente travada pelos Gavião – incluindo os Parkatêjê – com a mineradora Vale S.A.

   A ferrovia foi construída no início dos anos 1980, durante o governo de João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, e começou a operar em 1986, na transição democrática do país. Pertencia à então estatal Companhia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997. O trilho de 892 quilômetros liga as minas da Floresta Nacional de Carajás (PA) ao terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, cortando terras indígenas, quilombos e 22 unidades de conservação.


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