Bogotá vista do Cerro Monserrate |
Greve e Hormigas Culonas
No segundo dia (17), saímos cedo a bogotear. Pegamos um táxi até o Museu do Ouro, bem no centro da cidade. Na praça em frente havia uma grande manifestação de funcionários públicos em greve.
O protesto com discursos inflamados e música ao vivo chamou todo o tipo de personagens que se pode imaginar. Desde vendedores de esmeraldas e ouro, a trocadores de dólares e vendedoras de formigas gigantes comestíveis, las Hormigas Culonas. Um circo fantástico e, um pouco surreal, para nós.
A iguaria exótica das Hormigas Culonas, a quem atribuem poderes afrodisíacos e analgésicos, vem dos índios Guanes que viveram entre os séulos VII e XVI. É uma tradição de mais de 500 na região de Santander.
Museo del Oro
Poporo |
As peças que ali se encontram só não foram levadas por que os espanhóis não viram. Estam enterradas com caciques indígenas. O fabuloso acervo do Museo del Oro retrata as diferentes épocas e hábitos das civiliações pré colombianas.
Ali estão adornos para cabeça, braceletes, brincos e peças para rituais sagrados dos ativos. São peças com mais de dois mil anos.
O Poporo, por exemplo, é um jarro usado em rituais com folhas de coca. Os indígenas acreditavam nos poderes da planta para a melhor compreensão da realidade. O poporo foi a primeira aquisição do museu, em 1939.
Ruelas, museus e restaurantes
Saindo do museu nos encaminhamos para a Praça de Bolívar, marco zero da cidade. Enorme, a praça é cercada de prédios do governo e religiosos, a maioria, estilo colonial espanhol bem preservados.
A imponente Catedral Primada de Colômbia, construida entre 1807 e 1923 é um edifício grandioso de estilo neoclássico que reina sobre o grande espaço público que reúne o povão e todo o tipo de gente. Extrangeiros turistiando, vendedores de frutas fatiadas e, principalmente funcionários públicos, todos de terno escuro e gravata. Mulheres que trabalham en las oficinas do centro transitam por ali bem vestidas, maquiadas e montadas em sapatos de salto altíssimo. Um show!
Depois de passear pela grande praça provocando revoadas de pombos, nos enfiamos pelas pelas estreitas vielas do Centro Histórico, no belíssimo bairro da Candelária, com sua arquitetura colonial espanhola totalmente preservada.
Botero, em praça de Cartagena |
Moto com peças de ouro de Escobar |
Mas isso é passado. Depois de ser derrotado e morto pela elite colombiana - da qual tentou fazer parte, chegou a ser suplente de senador - Escobar e seus sicários ficaram na história e daí emergiu uma Colômbia moderna, e desenvolvida.
Estava em busca de um restaurante dos mais populares de Bogotá: LaPuerta de la Catedral. Encontrei. Fica na rua ao lado esquerdo da grande igreja e serve comida típica a um preço amigável.
Após um excelente almoço com atendimento lento mas extremamente amigável, nos dirigimos ao ponto de táxi em frente ao Museo del Oro para uma corrida até a estação do teleférico que leva às alturas (3.100m) do Cerro de Monserrate, ponto mais alto da capital colombiana.
Após entrar no táxi de um - depois fiquei sabendo - tal de "Chino", tive a minha primeira encrenca na cidade. Foi a parte desagradável do passeio. Após andarmos 10 minutos até a estação, deixei meu celular (minha vida) no banco dianteiro do carro.
Assim que El Chino arrancou percebi a rateada e imediatamente voltei ao ponto de partida. A partir daí se desenvolveu uma novela que conto no próximo relato.
Panorâmica do Cerro Monserrate a 3100 metros de Bogotá. |
A fantástica Bogotá ! (I)
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