por Eduardo Guerini
O
processo eleitoral de 2018 deixará marcas distintas para a velha e boa aliança
de interesses que navegou em águas tranquilas nos últimos 15 anos. A costura
política de Luiz XV, uniu lideranças que eram tratadas como água e óleo, na
famosa tríplice aliança com seu projeto de descentralização do poder,
perpetuando uma máquina reeleitoral que garantia a passagem de bastão de um governo
à outro, sem nenhum sobressalto nos arranjos elementares das lideranças
subalternas.
Porém,
a morte chega para lideranças, as alianças e seus herdeiros entraram em disputa
pelo espólio político, e, na esquina do Palais D`Agronomique, sorrateiramente,
os oportunistas de ocasião trataram de conspirar contra a ordem. Um espinho no
mundo colombino feriu a roca eleitoral da bela e santa província. O poder
político provinciano é um néctar que atrai abelhas e zangões, o que era belo,
perto do espelho se mostrou pavoroso, as velhas siglas PSD/PP/MDB/PSDB/DEM/PR
tratavam o espólio como algo naturalmente garantido. Nada é eterno.
A
maré cheia trouxe ondas e vento sul, tudo foi destruído pelos interesses mesquinhos,
a murada do Palais foi levada pelas turbulência, faltava recur$o$ para o
reforço das pilastras, as velhas alianças varridas pelo desejo de vingança pelo
sorrateiro vento da desilusão eleitoral. O mundo colombino ruiu, a aliança
social liberal do bom mocismo serrano soterrada, a união dos contrários (MDB/PSDB)
destelhou as casas de velhas lideranças, e, a defesa civil foi chamada com
ascensão do filho bastardo da política catarinense – o Comandante Moisés (PSL).
Apavorados,
os colunistas sociais e políticos não saberão o que fazer no café da tarde,
suas fontes secarão, tratando de arranjar algum subterfúgio para garantir sua
aposentadoria na província. A melhor forma é garantir a tenacidade política,
permitindo sua perenidade nos folhetins tradicionais. Como ficará um governo
inexperiente e de novatos? Saberão preservar o Palais D´Agronomique e suas
eternas alianças familiares? O mordomo será o mesmo, aquele que serve todos os
governantes em seu consumo conspícuo e ambição ostentatório. A alternativa para
dar estabilidade na caserna legislativa, é usar do santo remédio para traidores
e oportunistas, dirá o mandatário do MDB e adesistas de última hora do PSD,
PSDB e PP: Vingança, Vingança!!!
O
povo grita à beira mar: Cortem as cabeças, Cortem as cabeças!!
Os
vingadores da velha ordem dirão: que não seja a minha!! Apoiamos o novo afilhado!! Afinal, quem não
tem padrinho, morre pagão!!
Assim,
a província Catarina virginal, reunida em torno dos comensais habituais na
Praia Brava, entoa a velha conclusão: tudo é um eterno vir a ser!!
Todos
continuarão prestando continência às velhas lideranças, com o estimado préstimo
do Comandante de Plantão e empréstimo da tropa de novatos na política da
pacificada província catarinense.
O
mosqueteiro Garcia nunca abandona o seu Kaiser!!!
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