quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Será que as mudanças necessárias ocorrerão?­

por Armando José d’Acampora*

 Meus caros.
Finalmente está acabando mais uma descampanha política, ou seria de desconstrução do oponente?
Tivemos uma campanha que não condiz com a minha condição de brasileiro, aonde eu vejo unicamente a falta da civilidade e do bom senso.
O que estamos ouvindo e vendo, são ataques pessoais e ausência das propostas concretas para um governo, sérias e bem estudadas. Seria interessante observar o programa de governo e deixar de lado os ataques pessoais tentando mostrar os defeitos e as possíveis falhas do outro. Mas e principalmente, deixar de lado as considerações tendenciosas e as falácias que são comentadas nos programas partidários.
Os que já estão lá, continuam com as mesmas promessas de campanhas dos anos anteriores. Bem se as promessas são as mesmas, tão antigas quanto o rascunho da Bíblia, por que não realizaram estes mesmos feitos que de novo prometem, no exercício de seu próprio mandato anterior?  O que tem do mesmo antigo, e repentinamente agora é o novo que estão a reofertar quando o antigo não foi cumprido?
A maioria das pessoas que defendem seu candidato, repetem exaustivamente o que ouvem, sem saber qual o real significado das palavras que são proferidas e das desqualificações imputadas ao adversário.
Nos últimos anos, tivemos governos do Collor, do Fernando Henrique, do Lula, da Dilma e do Temer. O governo tem mudado bastante, mas para o povo, não houve melhora significativa, daquelas que veem e ficam, daquilo que se chama ganho social e é só perguntar: o que melhorou no Ensino? O que melhorou na Saúde? O que melhorou na Segurança?, que são as três grandes obrigações do Estado.
Se meu avô estivesse vivo para ver isso repetiria: “ meu filho, só mudam as moscas, a...”
O MDB, foi totalmente conivente, coladinho ao poder em todos os poderes, nos últimos governos pós governo militar e agora teve, como resposta de suas ações, o resultado das urnas.
É muito difícil não reconhecer que foram governos que tendiam para a esquerda, e não para o centro. Esta constatação foi exaltada pelos próprios governantes, cansando-nos com a cantilena de que estávamos numa social democracia.
De algum modo, o povo está alerta e não concordando com esta realidade dos políticos.
Não mais aceitamos a diferença entre nós e outras sociais democracias, pois estas diferenças estão cada vez mais gritantes. A França, Portugal e a Espanha aderiram a social democracia e estão em nível de vida muito superior ao nosso Brasil, país muito mais rico que os citados, mas os contribuintes de lá, aparentemente satisfeitos com as suas condições de vida, o que não acontece por aqui neste país rico e alegre, e sim nos países citados, conscientes e muito satisfeitos com os avanços que conseguiram.
E entre nós. Quais os avanços reais que conseguimos nos últimos vinte e quatro anos?
Um batalhão de desempregados, um outro batalhão de analfabetos funcionais que ascendem à Universidade, insegurança que nos impede de sair às ruas durante a noite e em alguns lugares mesmo durante o dia, impostos escorchantes, falta de investimento público pois não há dinheiro para tal, e ainda o aumento significativo da máquina estatal, cujo número de funcionários públicos é muito maior do que se necessita, havendo vários contratados no mesmo local para realizar as mesmas funções, num total desperdício do dinheiro público.
Será fácil a tarefa do próximo mandatário, seja federal ou estadual?
Não. Até colocar o trem novamente nos trilhos, muita água há de passar embaixo desta ponte.
Sucesso a eles, é o meu desejo, e posso garantir que continuarei a realizar a minha parte.
 
* Médico. Cirurgião Geral e Professor Universitário

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