Meus caros.
Finalmente está acabando mais uma descampanha política,
ou seria de desconstrução do oponente?
Tivemos uma campanha que não condiz com a minha condição
de brasileiro, aonde eu vejo unicamente a falta da civilidade e do bom senso.
O que estamos ouvindo e vendo, são ataques pessoais e
ausência das propostas concretas para um governo, sérias e bem
estudadas. Seria interessante observar o programa de governo e deixar de lado
os ataques pessoais tentando mostrar os defeitos e as possíveis falhas do outro.
Mas e principalmente, deixar de lado as considerações tendenciosas e as
falácias que são comentadas nos programas partidários.
Os que já estão lá, continuam com as mesmas promessas de
campanhas dos anos anteriores. Bem se as promessas são as mesmas, tão antigas
quanto o rascunho da Bíblia, por que não realizaram estes mesmos feitos que de
novo prometem, no exercício de seu próprio mandato anterior? O que tem do mesmo antigo, e repentinamente
agora é o novo que estão a reofertar quando o antigo não foi cumprido?
A maioria das pessoas que defendem seu candidato,
repetem exaustivamente o que ouvem, sem saber qual o real significado das
palavras que são proferidas e das desqualificações imputadas ao adversário.
Nos últimos anos, tivemos governos do Collor, do Fernando
Henrique, do Lula, da Dilma e do Temer. O governo tem mudado bastante, mas para
o povo, não houve melhora significativa, daquelas que veem e ficam, daquilo que
se chama ganho social e é só perguntar: o que melhorou no Ensino? O que
melhorou na Saúde? O que melhorou na Segurança?, que são as três grandes
obrigações do Estado.
Se meu avô estivesse vivo para ver isso repetiria: “ meu
filho, só mudam as moscas, a...”
O MDB, foi totalmente conivente, coladinho ao poder em
todos os poderes, nos últimos governos pós governo militar e agora teve, como
resposta de suas ações, o resultado das urnas.
É muito difícil não reconhecer que foram governos que
tendiam para a esquerda, e não para o centro. Esta constatação foi exaltada
pelos próprios governantes, cansando-nos com a cantilena de que estávamos numa
social democracia.
De algum modo, o povo está alerta e não concordando com
esta realidade dos políticos.
Não mais aceitamos a diferença entre nós e outras
sociais democracias, pois estas diferenças estão cada vez mais gritantes. A França,
Portugal e a Espanha aderiram a social democracia e estão em nível de vida
muito superior ao nosso Brasil, país muito mais rico que os citados, mas os
contribuintes de lá, aparentemente satisfeitos com as suas condições de vida, o
que não acontece por aqui neste país rico e alegre, e sim nos países citados,
conscientes e muito satisfeitos com os avanços que conseguiram.
E entre nós. Quais os avanços reais que conseguimos nos
últimos vinte e quatro anos?
Um batalhão de desempregados, um outro batalhão de
analfabetos funcionais que ascendem à Universidade, insegurança que nos impede
de sair às ruas durante a noite e em alguns lugares mesmo durante o dia,
impostos escorchantes, falta de investimento público pois não há dinheiro para
tal, e ainda o aumento significativo da
máquina estatal, cujo número de funcionários públicos é muito maior do que se
necessita, havendo vários contratados no mesmo local para realizar as mesmas
funções, num total desperdício do dinheiro público.
Será fácil a tarefa do próximo mandatário, seja federal
ou estadual?
Não. Até colocar o trem novamente nos trilhos, muita
água há de passar embaixo desta ponte.
Sucesso a eles, é o meu desejo, e posso garantir que
continuarei a realizar a minha parte.
* Médico. Cirurgião Geral e Professor Universitário
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