segunda-feira, 15 de outubro de 2018

PALAVRAS NO CALOR DA HORA

por Emanuel Medeiros Vieira

Em homenagem a Celso Martins 
 
MIL MEMÓRIAS VIERAM À MINHA CABEÇA.
CONHECI-O QUANDO VOLTEI À ILHA, JANEIRO DE 1972, E LOGO NOS TORNAMOS GRANDES AMIGOS.
Criamos jornais alternativos, boletins, cooperativas, o diabo, na luta contra a ditadura.

FIZ A APRESENTAÇÃO DO SEU PRIMEIRO LIVRO DE POEMAS, EM 1981 INTITULADO  "VIDA DURA"- tocante obra (inventário de uma geração).
E depois, a amizade ficou granítica. ETERNA.
Nem a morte nos separa.
Vai comigo à eternidade.
 
Celso Martins:
Foi um combatente, um lutador, de associações, DEU VOZ AOS ANÔNIMOS DE SAMBAQUI, DE SANTO ANTÔNIO, DE TODA A REGIÃO, com um carinho imenso pelas figuras "sem nome", pelas festas de raiz açoriana, o Divino, as farinhadas, fotografando, escrevendo etc.
SEGUIU AS LIÇÕES DE TOLSTÓI: PARA CONHECERES O MUNDO, CONHECE A TUA ALDEIA.

SUA OBRA SOBRE A REPRESSÃO BRUTAL DA OPERAÇÃO  "BARRIGA-VERDE" É FUNDAMENTAL. SEM EXAGERO: JÁ É UM LIVRO CLÁSSICO DO PERÍODO.

Lembro DEMAIS dos combatentes (esqueço nomes- me perdoa)  já "encantados" e lutaram junto com o Celso, contigo, conosco: queridos amigos, como Vera, Rosana, Aristeu, Adolfo, Motta, Jarbas, Galotti, Cirineu, Marcos,  Verzolla e tantos outros, que a memória resiste em lembrar. MAS ESTÃO TODOS NO MEU CORAÇÃO!*
*RELEVA OS MUITOS ERROS DE DIGITAÇÃO E OS OUTROS.
 PELO CÂNCER  (sem vitimismo) estou com dificuldade de escrever.
 
CELSO MARTINS, MARGARETH, ANITA: presentes!!!!!

E FAÇO A PERGUNTA FINAL:
amigo Celso - O QUE ESTA MORTE FARÁ COM TANTA VIDA?
(BRASÍLIA, 11 DE OUTUBRO DE 2018)

Nenhum comentário:

Postar um comentário