Fraude
Antes da votação, na Câmara de Florianópolis, do polêmico projeto do prefeito Dário Berger (PMDB) que propunha a suspensão, por dois anos, da concessão de novas licenças para construções residenciais e comerciais na bacia do Itacorubi, o vereador Jaime Tonello (DEM) foi à tribuna e leu um documento entregue a ele pelo presidente do Conselho Comunitário da Agronômica, João Batista da Silva, subscrito por 10 entidades comunitárias, se posicionando contrários ao chamado defeso. Esse posicionamento teve influência na votação, e o Executivo perdeu por 10 votos contra e só quatro a seu favor.
Descobriu-se hoje, dia 23 de dezembro, que pelo menos sete das 10 assinaturas são falsas. Os que tiveram seu nome usado indevidamente, indignadíssimos, estiveram com o vice-prefeito da Capital, João Batista Nunes, a quem pediram ajuda.
A Procuradoria Jurídica da Câmara está protocolando neste momento, na Delegacia de Polícia Civil, um pedido de abertura de investigação por fraude de documento, o que pode dar até cinco anos de prisão. Já se fala, no meio político e policial, assim que o processo for aberto, na possibilidade de quebra de sigilo bancário e fiscal de várias pessoas.
Quem viu a votação, em que só os vereadores Gean Loureiro, Norberto Stroisch, Dinho e Márcio de Souza foram a favorde que em dois anos não se construa nada na Bacia do Itacorubi, teve a impressão de que Papai Noel estava ali, distribuindo presentes. E que presentes!
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