sábado, 12 de dezembro de 2009

Olá, camaradas, salve!

Dizem que "desgraça" pouca é bobagem... Well, não está sendo fácil, mas vamos lá...
Recebi do AN um comunicado agora no final de tarde de que a crônica não iria sair na edição de hoje (sexta-feira) porque alguém se enganou (deve ser culpa do "sistema") e incluiram na edição de hoje a crônica de sábado...
Sugeri então, que no sábado, publicassem a minha... Assim, com o tal erro (do sistema) as coisas se compensavam...
Mas não... Argumentaram que assim, repetiriam o "erro"...
Yes, o tal "sistema" faz coisas... Ignoram que o tal "sistema" é programado por "pessoas" e que o "sistema" só faz o que for comandado... Mas o caso é que estou farto do sistema e de editores cretinos... Principalmente, quando "eles" são o "sistema"...
Já estou no chamado "aviso prévio", portanto, segue em primeira mão o texto...
A música é do começo de 1960... Foi sucesso com o grupo Manfred Man (que é a melhor versão)...
Depois, por injunções outras, acabou sendo "adotado" pelo exército... Fazer o quê?
Talvez pela sátira... Pela repetição... Pela cadência... Pelo deboche... Resumindo, pela ausência de ideias... Mas o "embalo" é interessante...
Afinal, não é todos os dias que se encontra no final da rua, algumas meninas cantando Cantando "do wah diddy diddy dan diddy do"...
Um abração do viking!

NOTÍCIAS SOBRE O “MEIA-BOMBA”

Por Olsen Jr.

A primeira vez que vi a expressão “meia-bomba” foi em uma entrevista com o Vinícius de Moraes. Ele se referia naturalmente ao sexo e fazia uma comparação entre a mulher europeia e a brasileira. Afirmava que as primeiras poderiam se contentar com uma meia-bomba, já as últimas, exigiam uma ereção completa.

A última vez foi um texto do Paulo Francis no “Estado de São Paulo” aludindo ao Lee Harvey Oswald, o indivíduo que o FBI inventou para ser o “bode expiatório” no assassinato de John F. Kennedy. Sim, porque havia pelo menos dois atiradores. A bala que matou o presidente veio de um tiro frontal. Lee Oswald estava num depósito de livros no sexto andar de um edifício lateral, assunto para outro dia.

Mas o Francis dizia que o Kennedy era bonito, rico, inteligente com uma visão do mundo que incluía a excelência de realizações e a liberdade para executá-las. Já o Oswald era o fracasso, o anêmico, meia-bomba sexual e o ressentido por excelência e que nos anos 30 seria um nazista ou um comunista fanático e justificava, nos anos 60, no auge da sociedade de consumo (em que se comprava um rifle pelo reembolso postal) o ato significativo era matar o príncipe, matar todos os príncipes. E concluía, era uma catarse.

Os alemães têm um provérbio “o dinheiro governa o mundo”, mas as pessoas – ditas normais – ficariam impressionadas se soubessem como o sexo interfere nas relações cotidianas.

Alguém já mensurou que 90% das publicações em bancas são dirigidas para mulheres, tratam de tudo, até da higiene íntima. Mulheres belíssimas, difíceis de imaginar na vida real ornamentam e recheiam quase todas as revistas, isso gera um sentimento de frustração que tem raízes em todas as impossibilidades, do fracasso profissional a impotência sexual, são apenas algumas de suas manifestações.

Os esportes de apelo coletivo, como o futebol, por exemplo, carreiam um cem número de frustrações entre os seus cultuadores, refiro-me ao torcedor, aquele que sai de casa para ir ao estádio. Pense no sujeito que pega dois ou três ônibus para assistir a um jogo, para xingar o juiz e para invadir o campo, se possível e agredir alguém como aconteceu neste último final de semana. Haverá certamente entre eles, muitos que se poderiam classificar de “meias-bombas”. A catarse do meia-bomba é sempre violenta. Deve haver uma manifestação física para sua “realização”. Ocorre que todo o “meia-bomba” é um covarde. Ele nadifica (expressão muita usada em revistas de palavras cruzadas) em grupos. O grupo significa a certeza de uma couraça, de uma proteção externa que o dito não é capaz de suprir sozinho.

O meia-bomba é aquele sujeito que foge do leão quando este está solto nas ruas, no entanto, é o primeiro a chegar no zoológico para achincalhar o animal, cuspir nele e tripudiar em cima da fera já presa em sua jaula e não oferecendo mais perigo nenhum.

O meia-bomba é o indivíduo que te ultrapassa na rampa de um shopping para ser o primeiro a chegar ao semáforo e ficar esperando que ele abra para todos passarem no mesmo momento; é aquele que buzina atrás do teu carro enquanto você espera antes da faixa de pedestres para alguém idoso cruzar a rua; é o cara que tripudia a caixa do supermercado porque ela está atrapalhada para trocar o papel da impressora; é o que humilha o garçom no restaurante porque não entendeu o nome do vinho que foi pedido para servir à mesa...

O meia-bomba nunca irá comandar uma revolução, mas certamente será o primeiro a se alinhar entre os vencedores e a tentar interferir na lista dos nomes que deverão ser expurgados, incluindo aí, todos os seus desafetos.

Finalmente, ainda sobre os meias-bombas, lembrei do comediante/cineasta Mel Brooks “O que os presidentes não conseguem fazer com suas esposas, acabam fazendo com o país”.

Até!

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