Estou neste momento sobre o Mediterrâneo rumo a Madrid. São 9:50h da manhã. Foi um noite difícil. Sono agitado. Deixar a Luisa, minha neta de oito dias e minha filha não foi fácil. Fiquei impressionado como, em tão pouco tempo, uma criança pode tomar conta da vida de uma casa e das pessoas. Presença constante e demanda total. Cosa max amada!!!
Deixar Nice, depois de 27 dias, também dá uma certa tristeza. Já me sentia um niçoise. Conhecia os funcionários do Cassino e do Inter machet os dois minimercados “perto de casa”. Sem falar nos donos da revistaria onde jogava na Loto e na Euro Milliones. A moça do locutório que, com o nosso contato diário, passou a falar português. De tarde, às vezes, sapecava um sonoro Bom noite!
Afora amizades que fiz na noite e em um snak bar ao lado do hospital onde nasceu Luisa. Aí, aprendi um jogo de dados diferente, o 421. Interessante!
Ainda ontem à noite saímos com chuva, eu e a Gisa, para jantar. Segunda-feira à noite, fora da temporada não se encontra muita coisa aberta. Caminhamos pela chuva até a Promenade des Anglais e não encontramos nada aberto. Entramos em direção à Rue de France e logo entramos em um restaurante italiano. Os italianos são presença constante em Nice. A fronteira com a Itália está apenas à 30 quilômetros, em Menton, cidade do citron (limão).
Pedimos dois pratos de massa com frutos do mar, um bom vinho e ficamos observando, pela janela, o calçadão molhado pela chuva que não dava sinal de querer parar.
Jantamos tranquilamente. Na conversa revivemos os bons dias que passamos pela Cote D’Azur. Os lugares maravilhosos que visitamos com nossas filhas e genro, e o nascimento da nossa primeira neta. Tudo de bom!
Na saída do restaurante me sentia em estado de graça. Caminhamos tranquilamente nos despedindo de Nice sem nos importarmos com a chuva. No caminho de casa ouvimos de longe o ritmo de salsa do La Havane. A casa noturna que mais freqüentei aqui em Nice.
Entrei rapidamente para me despedir dos amigos. Klaus, o peruano, não estava. Me despedi do Guilherme, o barman. Uruguaio de Montevidéo, saiu de trás do balcão para me abraçar.
Bem, hoje acordamos às 5:30h e entre o abrir e fechar de malas fomos nos depedindo “secamente” da filha, da neta e do genro, como se fossemos até a esquina e já voltássemos. Artimanha necessária para não cair na choradeira.
Deixar Nice dá uma certa tristeza. Uma cidade civilizada, moderna, pessoas afáveis enfim, um belo lugar para se morar.
Mas, mesmo triste , sempre que volto para Florianópolis tenho a sensação de que estou retornando ao paraíso!
Au revoir!
Boa Viagem, e prepara umas materias aí amigo.!!!
ResponderExcluirQue lindo meus amigos, cumpadres.
ResponderExcluirBelo texto, e digo que se conseguiram conter as lágrimas da despedida, eu aqui me derramei lendo isto.
Sejam bem vindos !!!
Beijos
Lili
Que façam uma feliz viagem e sejam bem vindos de volta a Floripa.
ResponderExcluirViver bem ainda é a melhor vingança!
ResponderExcluirCanga,
ResponderExcluirSeja bem-vindo à terra nossa. Pena deixar a pequeninha. MAs o genro já deve estar de saco cheio. heheheh
Pra matar a saudade, olha só esta informação
Sobre a biometria (tecnologia que permite o reconhecimento do eleitor pela digital e pela foto), a senhora acredita que isso pode melhorar a condição de segurança?
O processo de biometria começou em 2004. Não existia verba no orçamento para fazer esse processo de biometria. Indeferiram meu pedido de comprovação de verba, dizendo que ela viria depois. No TCU, o processo ficou lá e está até hoje sem solução. Descobrimos, então, que a verba viria toda do FBI. Mas isso não tem por escrito porque foi um acordo feito entre o TSE e o FBI. Seria um compartilhamento de dados em troca da tecnologia do processo. O processo foi suspenso.
E agora?
Voltaram a falar nele agora, mas com a nossa verba. Contudo, o compartilhamento de informações será feito da mesma forma e de todos os brasileiros. Por que não dizer aos brasileiros que isso será, também, para um banco de dados? Essa é a minha crítica. A biometria no modelo Sagem - Afis não é um método de reconhecimento de eleitor, mas de criminoso. Para que tudo isso? Pinta o dedo, oras. Mas o TSE quer o espetacular, o fantástico. Mas usa esse mantra para esconder esse reconhecimento de digitais e faces. Custava devolver a foto para o título de eleitor? Para o voto, sabe qual é a consequência jurídica disso? Nenhuma. Se o eleitor não for identificado, ele pode votar do mesmo jeito. Quem vai verificar as identificações depois? Ninguém.
Veio de uma entrevista da advogada Maria Cortiz, falta de transparência e o custo da urnas eletrônicas brasileiras.
ganga seu tolo fique ai mais um pouco. pois aqui estamos na lama. na m.....paulo dutra
ResponderExcluirWellcome to the jungle. Les
ResponderExcluirFloripa te aguarda vô Canga.
ResponderExcluirAbraço e seja bem vindo.
Neni
Que bela crônica! Um texto clássico, digno de antologia. Parabéns por tudo: pela neta, pela família, pela viagem, pelos passeios, pelos textos. Viajamos contigo, de carona. Abs.
ResponderExcluirDizer a verdade ou não?
ResponderExcluirNoticiário | 24/02/2010 | 20h27min
Resumo RBS Notícias — RBS TV
— Afastado do cargo policial que disse à vítima que boletim de ocorrência iria direto para a gaveta em delegacia de Paulo Lopes
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Meu comentário:
O policial ousou falar a verdade e contrariar as mentiradas ditas pelo Governador LHS e pelo secretário de (in)segurança. Ousou dizer à vítima que a polícia está uma desgraça, que falta gente, há carência de equipamentos e viaturas. Teve a petulância de dizer a verdade. Se tivesse mentido e dito à vítima que tudo seria investigado, ou se tivesse ficado calado, estaria tudo tranquilo. Continuaria com seu emprego, com a sua comissão, e tudo seguiria seu curso normal, dentro da gaveta.
Claro que ele não precisava ter dito que o B.O. seria engavetado neh. Podemos dizer a verdade de uma forma mais sutil. Mas dizer sempre a verdade. O agente público tem compromisso com a verdade. No fundo, a vítima já sabia que nada seria feito. Todos sabem. Ou alguém acredita que a polícia tem efetivo suficiente para sair por aí atrás de ladrãozinho? Não pescam nem os peixes grandes, que estão na vitrine todos os dias, vão conseguir pegar os malandros de pouco peso?
Enfim, o tal comissário, Odair, que respondia pela Delegacia, já que não havia delegado titular na unidade (só pra ter noção do descaso do governo com a segurança pública), foi afastado. Será aberta uma sindicância para apurar os fatos. Não vai dar em nada. Primeiro pq se eles quisessem mesmo investigar alguma coisa, abririam um processo administrativo disciplinar, já que o autor é conhecido e o ato cometido configura infração disciplinar (dito pelo Diretor de Polícia da Grande Florianópolis). Segundo: o policial falou a mais pura verdade.
O comissário foi afastado, outro será empossado como seu substituto. E os Boletins continuarão sendo engavetados. Não vi ninguém dizer que o efetivo será ampliado, ou que as condições da delegacia de Paulo Lopes (ou qualquer outra) serão melhoradas. Só ouvi gente dizendo que o policial será punido. E é assim que este governo resolve as situações: cala a boca do denunciante e mantém o problema ali, latente, da mesma forma que estava antes da denúncia.
E assim seguimos, sem policiais, sem delegados, e envolvidos até o nariz com as mentiras do governo sobre a segurança pública. Bem disse o Sargento Soares que o governo mente. Disse na tribuna, com todas as letras, sem dó ou piedade. Santa Catarina não tem o efetivo que eles (LHS, Secretário e outros) anunciaram, nem para cobrir o carnaval, nem para cobrir qualquer coisa. A carência é grande.
Mas agora os policiais já sabem: falar a verdade, jamais. É proibido. Contrariar o rei e seus príncipes é proibido. Custa o cargo, o emprego. Melhor viver no "faz de conta". A polícia "faz de conta que tem condições de trabalhar e oferecer segurança para a população" e nós "fazemos de conta que acreditamos nas balelas de LHS e sua turma, e que estamos muito seguros, já que SC é a Europa brasileira".
O mais impressionante é que a delegacia fechava no horário de almoço. Eis uma instituição soberana por aqui: o horário do almoço. Restaurante fecha para o almoço, por que não uma delegacia? "Não me apareça mais aqui no horário do almoço" disse a dona da portinha que fazia xerox para a fila de clientes. Horário de almoço: na contra-mão das atuais tendências dos serviços, é o sagrado momento em que todos mastigam ao mesmo tempo. Roubou? Só depois das 14 horas. Quando a sesta não for mais comprida.
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