Por Marcos Bayer
O exercício da vida é a busca constante da expressão. Cada um de nós procura sua melhor forma de interpretar, fazer e construir ao longo da caminhada. Impossível ignorar o impulso interno que se transforma em canto e faz jorrar mais vida. A vocação, a convocação a que somos submetidos diariamente, é a manifestação mais contundente da mente humana.
"Se as portas da percepção se purificassem, cada coisa apareceria ao homem tal como é: Infinita" disse William Blake, na Inglaterra do século XVIII.
A escola deveria ser a primeira instituição a ajudar na descoberta e no estímulo dos talentos de cada um. A empresa, a segunda.
A potencialidade individual, quando não revelada e desenvolvida, aniquila e subverte o ser. A expressão de cada um é tarefa sagrada, indispensável à conquista pessoal exigida pelo espírito. Em cada palco, seja ele qual for, do teatro ao canteiro de obras, da tribuna à mesa de audiência, do cavalete com a tela branca à cabine do avião, somos todos compelidos ao encontro com nossa expressão.
A vida, na agonia e no êxtase, é mais suportável quando se promove o feliz encontro entre a vocação e o seu pleno exercício.
E, assim, meio sem jeito, sem um querer absoluto, só na contemplação é que se percebe que na arte o homem encontra sua total expressão.
Pode ser num acorde, numa palavra, num gesto, num canto ou movimento, numa foto ou impressão, num passo ou num salto, na dança dos corpos ou num refrão.
A sociedade contemporânea, com todas as suas contradições, oferece através da WWW a maior oportunidade de todos os tempos para os que querem viajar na História da Humanidade e encontrar o que de melhor o Homem produziu: Vida e Expressão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário