A alma ensaia as pazes com o corpo, agora menos envergonhado pelas extravagâncias dos novos centímetros
Por Maíla Diamante
Ela chegou às bodas de prata da vida. Passa infância, passa adolescência, passam os anos universitários dourados e a dupla nostalgia/esperança corre buscar ninho no seu colo. Se aos vinte anos valia o peso da interrogação, aos vinte e cinco assumem as reticências, que insistem em apontar para os pontos finais. Com o fôlego dos vinte e perto da segurança dos trinta, ela segue seu passo-a-passo rumo à própria definição.
Ela chegou às bodas de prata da vida. Passa infância, passa adolescência, passam os anos universitários dourados e a dupla nostalgia/esperança corre buscar ninho no seu colo. Se aos vinte anos valia o peso da interrogação, aos vinte e cinco assumem as reticências, que insistem em apontar para os pontos finais. Com o fôlego dos vinte e perto da segurança dos trinta, ela segue seu passo-a-passo rumo à própria definição.
A
velocidade inconsequente do ego se apruma nas raias da corrida
trabalhista. Chegam os noivos, maridos, quem sabe amantes, quem sabe nem
cheguem. Essas ganham sobrinhos, aquelas filhos. Outras preferem
manter-se para sempre um galho sem ramos na árvore genealógica, e são
felizes assim. O que interessa é aquela vozinha-mosquito que começa a
zumbir no ouvido, exigindo escolhas que na maioria das vezes fingimos
não ouvir. É que aos vinte e cinco temos o que resta do privilégio que é
a posteridade.
A alma ensaia as pazes com o
corpo, agora menos envergonhado pelas extravagâncias dos novos
centímetros. Mas pra não dizer que não falei de espinhos, vale lembrar
que não mais as curvas, mas agora os traços deixam suas primeiras marcas
de preocupação. Não à toa os cremes anti-idade escolhem as mulheres de
vinte e cinco como seu primeiro público-alvo. Afinal, as rugas já estão
celebrando seu primeiro quarto de século. Leia mais. Beba na fonte.
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