Comemorar aniversário é uma coisa que sempre gostei. Este é o primeiro ano, acho, que não iniciei as comemorações do 17 de junho com um mês de antecedência e que se estende até um mês depois. Sempre fiz isso e bem comemorado.
O fato de ter parado de beber, por um tempo, talvez seja o culpado dessa diminuição nos dias da festa. Sem dúvida que sem a ondinha da bebida ficamos mais sérios, mais calmos até.
Esse ano - embora tenha diminuido a intensidade das comemorações, já vinha brindando com Liber (cerveja sem álcool) há alguns dias na Kibelândia - tive uma comemoração bem diferente e maravilhosa.
O chef
Chef Nelson em ação |
Aguardávamos a chegada do uruguaio Nelson Valbuena, chef de cuisini na França há muitos anos, que acabou chegando na sexta-feira. No sábado, véspera do meu aniversário, nos reunimos em casa, onde Nelson faria uma demontração das suas habilidades culinárias. O chef confessou que sentia saudades de um bom churrasco e acabei indo para la parrilla onde fiz um típico assado de fronteira. Foi um sábado maravilhoso. O encontro acabou reunindo toda a família, inclusive o tio Éio, meu irmão.
Fato estranho
Em um determinado momento, já no fim da tarde, o dia começou a ficar nublado e, através da Igrejinha de São Sebastião que fica bem nos fundos de casa, entrou um vento sul friozinho prenunciando as ameaças meteorológicas que a TV anunciava para o dia do meu aniversário: vento e chuva forte.
Irmão e filhos |
Com a mudança de tempo as mulheres se recolheram para dentro de casa, a Luisa (neta) estava meio resfriadinha, o tio Éio, que estava de moto, resolveu "capar o gato" e ficamos eu, meu genro Lucho, o amigo Gustavo e Nelson. O Jerônimo e o Ramiro haviam se esfumaçado.
Como a festa esteve perfeita, respondia às perguntas de "o que vais fazer amanhã, no aniversário?", com um acho que nada. Vou sair para almoçar somente eu e a Gisa. Resolvi dar por comemorado o aniversário que seria no domingo 17. Em um determinado momento percebi que o Gustavo saiu, o Nelson arremanchou pela volta e também dasapareceu. Finalmente o Lucho, saiu com um vou até o banheiro. Humm...
Escutei o barulho de um carro saindo, lá na frente, e resolvi entrar para perguntar quem havia saido. Me disseram que os três remanescentes da festa haviam ido olhar uns equipamentos de cozinha que uma pessoa tinha para vender aqui no Campeche.
Gisa e Luisa |
Voltei para a churrasqueira, um pouco tontinho de tanta Liber (haaaarg!), comecei a blogar e a ouvir música bem alto. Afinal, estava só e podia fazer o que me desse na telha. De repente tive um sentimento de solidão, de abandono. Afinal fazemos tudo juntos, eu e aqueles três, e agora me deixaram sozinho sem ao menos me dizer onde iam. Cheguei a me sentir velho. Jogado num canto...pode parecer piegas, mas no remolino das emoções da mudança de idade e outras coisas que estão acontecendo na minha vida, cheguei a sentir isso.
Também não sou de ficar lambendo ferida, troquei a música, entrei de Sabath Blood Sabath, aumentei mais ainda o som, cantei, dancei, toquei guitarra virtual e parti para outra.
A meia-noite e 2 minutos recebo uma mensagem de parabéns, via WhatsApp, da Ana Laura, minha filha, que estava em uma gincana da universidade lá pela foz do rio Maciambú. Adorei, não estava só! Alguém se salvava.
Com Isadora |
Domingo 17
Domingo acordei com um dia que confirmava mais ou menos a meteorologia: nublado. Fiquei dentro de casa, tomei café e fui dar uma olhada na internet. Bem, a quantidade de parabéns que estava represada no Face Book, e-mail, twitter e outras redes sociais era descomunal.
Agora, amigo que não parabeniza amigo no dia do aniversário não é amigo, afinal o FaceBook avisa com um dia de antecedência! É claro que isso não tira o mérito das felicitações. Adorei!
Comecei a responder a todos que lembraram do meu aniversário. De repente me veio à cabeça aquela história de "velho abandonado" no sábado. Tive que rir e comentei o assunto com a Gisa, o que fez com que ela desse gargalhadas, me abraçasse, me desse os parabéns, mais uma vez, e me dissesse para esquecer.
Eram 13:30h quando resolvi convidá-la para almoçar. Já havia escolhido um restaurante, todo de vidro, de frente para a Lagoa da Conceição. A Gisa me falou que a Isadora (filha) havia telefonado pedindo que passássemos no salão de festas do condomínio dela para tirar uma foto com a Luisa (neta), que estava em uma festinha junina vestida de caipira. Me arrumei nos trinques para almoçar e, antes, demos a passadinha no condomínio.
SURPRESA!
Estavam lá todos os meus filhos, neta, genro, nora e os amigos, Lu e Padilha, me esperando com uma big festa! Coisa da minha filha Isadora em parceria com a Pricila, amiga da Espanha. Me emocionei!
O chef Nelson teve, então, a oportunidade de mostrar todas as suas habilidades culinárias. De entrada: Melão com jamón ibérico e um molho que levava manga e azeite balsâmico. Logo, camarão ao alho com salsa de hierbas. Nhoqui ao molho de champignon, salada de folhas verdes com nozes e frutas e finalmente salmão com musseline de batata ao molho de laranja e tomate sarci. Um arraso!
A vinda da Isadora para o Brasil, depois de tantos anos fora, deu um plus nas nossas vidas. Com ela veio o Lucho e a Luisa, que faz a nossa alegria todos os dias. Tantas coisas boas acontecendo acabam fazendo da gente pessoas melhores para a vida e para os outros.
Este aniversário não foi comemorados em 60 dias como os anteriores mas foram os 59 anos mais felizes da minha vida!
*A saida, a francesa, do pessoal no sábado foi para comprar os ingridientes da festa.
Acho que também estou ficando só um pouquinho mais velha querido amigo. Chorei, me emocionei e morriiiii. Beijos Canga.
ResponderExcluirLili
Oh Serjão,
ResponderExcluirFeliz aniverssário (atrasado), e muitas emoções a frente na vida...
artur nogueira, de ourinhos sp
ResponderExcluirAdmiro e respeito muito seu trabalho. Vá em frente.
A tua luta tb é nossa.
Parabéns, saúde e paz a vc e aos seus.