sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Pesquisas de opinião estão entre as maiores falácias da matemática

     
    Da Folha de São Paulo

   Em uma eleição, a pesquisa de opinião é uma arma capaz de mudar o panorama eleitoral, usada para promover ou derrubar candidatos. Segundo Charles Seife, mestre em matemática pela Universidade de Yale e professor de jornalismo na Universidade de Nova York, "é uma fábrica nonsense de tom autoritário, uma máquina de produzir falácias matemáticas".
   Do resultado dessas pesquisas, criou-se o termo "voto útil" --ou seja, votar em quem tem chance de se eleger. A ideia faz com que um candidato, mesmo que apresente competência, não assuma cargo público por estar "previamente" derrotado.
   "A pesquisa de opinião é uma invenção jornalística", escreve Seife em "Os Números (Não) Mentem". "Elas são um instrumento indispensável para os jornalistas; é difícil ler um jornal, ouvir um noticiário no rádio ou navegar pela internet sem topar com uma pesquisa de opinião --em geral, uma pesquisa ridícula".
Divulgação
   O número pequeno de pessoas, escolhidas para opinar sobre algum assunto, não garante uma verdade incondicional. Quando o percentual apresentado não condiz com o resultado final, a margem de erro é a culpada.
   "[A margem de erro] Trata-se, possivelmente, do conceito matemático mais incompreendido e abusado em que a imprensa já colocou as mãos", afirma.
   De acordo com o autor, se você quer enganar alguém, use um número. Algarismos possuem uma força mágica no imaginário popular, uma ferramenta eficaz de manipulação.
   Para escrever o livro, Seife analisou diversas informações divulgadas pela imprensa mundial. A proposta é desenvolver o ceticismo no leitor. Leia um trecho.

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