sábado, 2 de abril de 2011

Época: Dinheiro do Mensalão era público

A anatomia do valerioduto 
ÉPOCA obteve o relatório final da Polícia Federal sobre o caso do mensalão. Ele revela que o dinheiro usado por Marcos Valério veio dos cofres públicos e traz novas provas e acusações contra dezenas de políticos
Diego Escosteguy. Com Mariana Sanches, Murilo Ramos, Humberto Maia Junior, Danilo Thomaz, Marcelo Rocha, Andrei Meireles e Leonel Rocha
 
O OPERADOR
Marcos Valério, o artífice do mensalão, em 2007. Mais de cinco anos depois, a polícia concluiu a investigação sobre o maior escândalo de corrupção do governo Lula
reprodução/Revista Época

Era uma vez, numa terra não tão distante, um governo que resolveu botar o Congresso no bolso. Para levar a cabo a operação, recorreu à varinha de condão de um lobista muito especial, que detinha os contatos, os meios e o capital inicial para fazer o serviço. Em contrapartida, o lobista ganharia contratos nesse mesmo governo, de modo a cobrir as despesas necessárias à compra. Ganharia também acesso irrestrito aos poderosos gabinetes de seu cliente, de maneira a abrir novas perspectivas de negócios. Fechou-se o acordo – e assim se fez: o lobista distribuiu ao menos R$ 55 milhões a dezenas de parlamentares da base aliada do governo. O governo reinou feliz para sempre.
Mas somente por dois anos. Há seis anos, em junho de 2005, pela voz do vilão e ex-deputado Roberto Jefferson, a fantástica história do maior escândalo de corrupção já descoberto no país, conhecido como mensalão, veio a público. O governo quase ruiu. Seu líder, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que “devia desculpas” ao país. Os dirigentes do PT, o partido responsável pelo negócio com o lobista, caíram um após o outro, abalroados pelas evidências de que, não, aquela não era uma história de ficção: era tudo verdade.
Sobrevieram as investigações de uma CPI (a última que chegou a funcionar efetivamente no país) e a enfática denúncia do procurador-geral da República, que qualificou o grupo como uma “organização criminosa”, liderada pelo primeiro-ministro informal desse governo, o petista José Dirceu. A realidade dos fatos abateu-se sobre as lideranças do partido. Tarso Genro, um deles, falou em refundar o partido. Lula pediu desculpas mais uma vez. O então deputado José Eduardo Cardozo reconheceu que houve mensalão, e que era preciso admitir os fatos.
Parecia que haveria um saudável processo de depuração ética em Brasília. Parecia. Os anos passaram, e a memória dos fatos esvaiu-se lentamente, carregada pelo esforço dos mesmos líderes petistas de reconfigurar o que acontecera através das lentes da má ficção. Dirceu começou a declarar que não houve compra de votos. Petistas disseram que o esquema não fazia sentido, uma vez que, como eram governistas, não precisariam receber dinheiro para votar com o governo – esquecendo que o valerioduto também contemplava o pagamento de campanhas políticas com dinheiro sujo. Delúbio Soares, o tesoureiro que coordenou os pagamentos, disse que tudo se tornaria piada de salão. Agora, obteve apoio para voltar ao partido, de onde fora expulso quando era conveniente a seus colegas. Por fim, quando estava prestes a terminar seu mandato, Lula avisou aos petistas: “O mensalão foi uma farsa. Vamos provar isso”.

Leia matéria completa. Beba na fonte.

Les Paul deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Época: Dinheiro do Mensalão era público": Não dá é pra jogar pra baixo do tapete. Fingir que não existiu. Nem tampouco pautar blog e blogueiro. Posta o que quiser e quando quiser.Fria, quentinha, justa ou alargadinha, a questão é: o silêncio obsequioso ajuda mais os safados. Les 

Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Época: Dinheiro do Mensalão era público": Se a simples lembrança do delito impedisse sua perpetração por outros, estaria tudo resolvido. Infelizmente, apenas torna a maracutaia cotidiana. E, ao que se vê, Colombo o nosso ínclito reformador da administração barriga-verde, proclamava cabide de emprego para as SDRs. Passados noventa dias de governo, continua o problema,agora, ligeiramente diferente: um dilema, com tantos cabos eleitorais. Só tem 36 vagas.
Assim, falando em mensalão e BBB, pode-se dobrar as secretarias, acomodando essa gente obreira e digna de atenção. E o povo, não vai reclamar.
Como escreveu o Olsen Jr, aí em cima: “estamos diante do inimigo e o inimigo somos nós.” 


LesPaul deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Época: Dinheiro do Mensalão era público": Caro Canga, temos o dever de SEMPRE REQUENTAR essa merda toda, para que não caia no esquecimento. Basta a banalização da safardagem praticada e pregada aos quatro ventos pelo Lulla. 

Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Época: Dinheiro do Mensalão era público": Prato requentado. Desde a denúncia tornou-se público que eram recursos de empresas públicas, via publicidade superfaturada. Até o diretor da gravata borboleta, o Henrique Pizzolato, colocoram prá cuidar do cofre do marketing do BB. Deitou e rolou. Depois, no Rio, comprou um apê em cash, aquele embrulhado em "papel de pão" e que o carregador não soube explicar. 
O MDB quando galgou o trono, 2 décadas depois de 64, político do Alto Vale do Itajaí declarou: chegou a nossa vez. E o PT, mais recente, com algumas exceções, fez o mesmo. Como o PSDB e os 40 amigos do FHC. A corrupção, no Brasil, é epidêmica. Quem sabe essas novas gerações que preferem livros à ecstasy, consigam drenar esse lodo, construindo algo de bom, digno de orgulho. 

Cangablog: Tens razão Augusto. É matéria requentada. O Hugo Marques da Isto É  já havia feito uma grande matéria sobre o assunto em fevereiro de 2010 com a chamada O roteiro final do mensalão

4 comentários:

  1. Prato requentado. Desde a denúncia tornou-se público que eram recursos de empresas públicas, via publicidade superfaturada. Até o diretor da gravata borboleta, o Henrique Pizzolato, colocoram prá cuidar do cofre do marketing do BB. Deitou e rolou. Depois, no Rio, comprou um apê em cash, aquele embrulhado em "papel de pão" e que o carregador não soube explicar.

    O MDB quando galgou o trono, 2 décadas depois de 64, político do Alto Vale do Itajaí declarou: chegou a nossa vez...

    E o PT, mais recente, com algumas exceções, fez o mesmo. Como o PSDB e os 40 amigos do FHC.

    A corrupção, no Brasil, é epidêmica. Quem sabe essas novas gerações que preferem livros à ecstasy, consigam drenar esse lodo, construindo algo de bom, digno de orgulho.

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  2. Caro Canga, temos o dever de SEMPRE REQUENTAR essa merda toda, para que não caia no esquecimento. Basta a banalização da safardagem praticada e pregada aos quatro ventos pelo Lulla.

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  3. Se a simples lembrança do delito impedisse sua perpetração por outros, estaria tudo resolvido. Infelizmente, apenas torna a maracutaia cotidiana. E, ao que se vê, Colombo o nosso ínclito reformador da administração barriga-verde, proclamava cabide de emprego para as SDRs. Passados noventa dias de governo, continua o problema,agora, ligeiramente diferente: um dilema, com tantos cabos eleitorais. Só tem 36 vagas.
    Assim, falando em mensalão e BBB, pode-se dobrar as secretarias, acomodando essa gente obreira e digna de atenção. E o povo, não vai reclamar.
    Como escreveu o Olsen Jr, aí em cima: “estamos diante do inimigo e o inimigo somos nós.”

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  4. Não dá é pra jogar pra baixo do tapete. Fingir que não existiu. Nem tampouco pautar blog e blogueiro. Posta o que quiser e quando quiser.Fria, quentinha, justa ou alargadinha, a questão é: o silêncio obsequioso ajuda mais os safados. Les

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