Publicado originalmente no jornal Notícias do Dia
Por Moacir Loth
Jornalista
Não é preciso ser engenheiro rodoviário para saber que a duplicação dos 900 metros da rua Deputado Antônio Edu Vieira não vai resolver o caos do trânsito fabricado pela Prefeitura da Capital. Ela está enganando a população e parte da mídia embarcou nos delírios do secretário de “(i)Mobilidade”, cujo projeto tem apenas um “mérito”: represar, em fila dupla, o trânsito que vem da Beira-mar até o trevo da Eletrosul. É como um rio que encontra logo adiante uma barragem!
A candidatura agasalhada pelo PSDB, na tentativa de despistar a sua histórica e visível incompetência, engendra o maior patrimônio público de Santa Catarina, a UFSC, em bode expiatório. A Universidade jamais afiançou que não iria doar o terreno. No seu direito, e cumprindo rigorosamente a sua responsabilidade social, defendeu o aperfeiçoamento de uma proposta caducada e jubilada, que, além de inócua, não leva em conta as necessidades e a vida da comunidade diretamente afetada pela manobra. O bom senso aproxima o reitor que está saindo e a reitora que assume em 10 de maio.
A Prefeitura de Florianópolis é conhecida nacionalmente pelas suas “realizações” apressadas e mal-assombradas. Elitista e autoritária, costuma patrolar a opinião e a vontade das comunidades locais e indefesas. No caso da rua Antônio Edu Vieira, oferece à população e à Universidade um Cavalo de Troia. O projeto prende, em cárcere privado, os moradores e a comunidade universitária.
Seguro morreu de velho. Está certo o Conselho Universitário da UFSC ao negar um cheque em branco ao candidato a candidato a prefeito. O projeto não garante coisa alguma. A Prefeitura, pobre de espírito público e escassa de recursos, desconsidera os impactos sociais e ambientais no entorno da Universidade.
A ganância imobiliária é tanta na Ilha que um tucano inescrupuloso quer roubar da Universidade a terra que ocupa. Ignorando o trabalho e a importância de uma universidade de excelência, reconhecida internacionalmente, gostaria certamente que a Universidade Federal de Santa Catarina fosse despejada para o Paraná ou para o Rio Grande do Sul.
Oportunistas, eleitoreiros e aventureiros transformam sofismas em verdade. O pior, nessa história sórdida, é constatar que contam com a colaboração, mansa e orquestrada, de setores acríticos da mídia e até de jornalistas desavisados.
Por uma eleição e pelo “poder”, maus políticos fazem qualquer negócio. Assim como estão afundando a Ilha e derrubando a ponte Hercílio Luz, não pensam duas vezes para jogar na lixeira uma instituição que há mais de 50 anos desenvolve o Estado e blinda o país com a sua cultura e os seus conhecimentos.
A UFSC, servidora incondicional da Nação e da sociedade, não pode se curvar nem se apequenar diante da política de balcão dos sucessores de Dario Berger!
Talvez fosse o caso de a União, através da Procuradoria Federal, acionar os detratores por danos inaceitáveis a uma instituição essencial à sociedade. Seria uma forma de fazer justiça contra tantas insanidades ora semeadas ao vento! Publicado em 29/03-07:00 por: Artigos do Notícias do Dia.
Jose Henrique Orofino da Luz Fontes deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O Cavalo de Troia da Prefeitura":
O Jornalista Moacir Loth no mínimo deveria fazer constar no texto seu vínculo com a UFSC.
Dizer
que um tucano que roubar terreno da UFSC é no mínimo falta de respeito
com o Deputado Marcos Vieira. Concordo com a incompetência e a
irresponsabilidade de um certo vice prefeito que acha que é Engenheiro.
Concordo
que a via deve ser bem planejada para evitar desacertos como os
praticados com a construção de todos os elevados neste Governo.Chega de
improvisação!
sexta-feira, 30 de março de 2012
Corrupção no Ministério da Pesca enreda Ideli Salvatti
Derrotada na eleição, Ideli preencheu a cota do PT de Santa Catarina no
ministério de Dilma Rousseff, justamente na pasta da Pesca. Em cinco
meses no cargo, antes de mudar de gabinete para o Planalto, a ministra
pagou o restante R$ 5,2 milhões que a empresa doadora à campanha petista
ainda tinha a receber dos cofres públicos.
Ideli no ato de assinatura da compra das lanchas |
Marta Salomon, de O Estado de S. Paulo
Arquivo Revista NáuticaEm 2010, Ideli participou do ato de assinatura da compra das lanchas-patrulhaEx-militante do PT, o dono da empresa, José Antônio Galízio Neto, afirmou em entrevista ao Estado nesta quinta-feira, 29, que a doação não foi feita por afinidade política, embora se defina como filiado da época de fundação do partido em São Bernardo do Campo (SP).
“O partido era o partido do governo. A solicitação de doação veio pelo Ministério da Pesca, é óbvio. E eu não achei nada demais. Eu estava faturando R$ 23 milhões, 24 milhões, não havia nenhum tipo de irregularidade. E acho até hoje que, se precisasse fazer novamente, eu faria”, disse o ex-publicitário paulista. Logo em seguida, na entrevista, ele passou a atribuir o pedido de doação a um político local. Leia tudo. Beba na fonte.
Isso é coisa de judeu!!!!!
"Isso é coisa de judeu!!!!" Gritava o homem ao entrar na Kibelândia.
A princípio ninguém entendeu sobre o que era o protesto. A revolta do rapaz, acompanhado de duas meninas, era com o absurdo preço dos ingressos para o show do Paul McCartney, produzido pela RBS.
Os "judeus", no caso, era a família Sirotsky, proprietária da empresa. Alertado sobre o perigo de ofender os judeus, o rapaz continuou falando sobre a "barbaridade" dos preços mais caros do mundo praticados pela empresa aqui em Florianópolis.
Realmente, em uma rápida pesquisa feita em sites que vendem ingressos para mega shows na Europa, não dá para entender porque em Florianópolis os preços são tão absurdamente caros.
Só pode ser usura, exploração!
Vejam os preços de alguns shows na Europa:
01 ago 2012 - Madona Lisboa - Bilhetes a partir de 44,70 €
18 jul 2012 - Paul Simon - Graceland Ladysmith Black Mambazo - € 55,00 - 69,00
20 jun 2012 - Madona - Palau Sant Jordi, Barcelona - a partir de 67,07 €
A princípio ninguém entendeu sobre o que era o protesto. A revolta do rapaz, acompanhado de duas meninas, era com o absurdo preço dos ingressos para o show do Paul McCartney, produzido pela RBS.
Os "judeus", no caso, era a família Sirotsky, proprietária da empresa. Alertado sobre o perigo de ofender os judeus, o rapaz continuou falando sobre a "barbaridade" dos preços mais caros do mundo praticados pela empresa aqui em Florianópolis.
Realmente, em uma rápida pesquisa feita em sites que vendem ingressos para mega shows na Europa, não dá para entender porque em Florianópolis os preços são tão absurdamente caros.
Só pode ser usura, exploração!
Vejam os preços de alguns shows na Europa:
01 ago 2012 - Madona Lisboa - Bilhetes a partir de 44,70 €
18 jul 2012 - Paul Simon - Graceland Ladysmith Black Mambazo - € 55,00 - 69,00
14
sep
2012 - George Michael Symphony - The Orchestral Tour - € 69,00 - 87,00
02 nov 2012 - Diana Krall - Amsterdam - € 50,00 - 95,00
Clic RBS: matérias de interesse transcedental
Capa do Clic de hoje mostra o jornalismo que a RBS faz: sério e de peso.
1-Competição de aviõenzinhos de papel...
2-Funkeira Valeska Popuzuda mostra o rabo...
3-Transporte para o show do Paul
2-Funkeira Valeska Popuzuda mostra o rabo...
3-Transporte para o show do Paul
4-Resultado do BBB
5-Temperatura
5-Temperatura
quinta-feira, 29 de março de 2012
Encontrando momentos ignorados em uma grande cidade...
Do Milton Ostetto
Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.
(Millôr Fernandes).
Psicopata beneficiado pela justiça esfaqueia professor
Perigo nas ruas
Caros leitores, vocês sabem
o cara que tentou matar o professor de cinema da UFSC, Henrique Finco,
58 anos, segunda-feira à noite, na Agronômica?? (leia aqui)
Olhem só a ficha do sujeito:
Olhem só a ficha do sujeito:
Sebastião Germano, tem 40 anos, é natural de Biguaçu, já foi preso em flagrante e respondeu a inquérito policial por
dois homicídios, teve inúmeras internações no Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico, ganhou benefício da saída temporária da Justiça
para passar o Natal em casa, e no início do ano tentou se matar
jogado-se do quarto andar do prédio do Fórum da Capital.
Sobreviveu e
agora atentou contra a vida do professor Finco que, por sorte,
mais muita sorte mesmo, não morreu. As facadas atingiram seu pescoço e,
segundo os médicos, de maneira superficial.
A pergunta é: o que fazer com um sujeito desse???
Tem que haver uma mudança urgente na lei penal!!!!
O gaudério Millor Fernandes
Em
1979 Millôr passou uns dias numa fazenda entre Santiago e São Borja (RS),
próximo à estação de Cândida Vargas, quando pousou pilchado de gaudério
da cabeça aos pés. O incrível é que na frente da estação, meu tio
Ovídio, tinha um bolicho de campanha, onde pelo trem, comprava "O
Cruzeiro" semanalmente, da qual recortava e colecionava as colunas do
Amigo Da Onça e o Pif Paf do Millôr e por pouco não se encontrou com um
dos seus ídolos da revista. Ele também comprava e mateava na sombra de
um cinamomo, lendo o Pato Donald. Eu passava todas as férias na casa do
meu tio e herdei dele a coleção do Amigo da Onça e alguns Pif Pafs.
Juiz obriga oficial de justiça citar Eurides Mescollotto em 24hs
O caso é de cabo de esquadro!
O juiz Luiz antonio Fornerolli acaba de determinar que a oficial de justiça Adriana Beatriz Fonseca Silveira cite o réu em ação popular, Eurides Mescollotto, dentro de 24 horas sob pena de incorrer em processo administrativo.
O causo é o seguinte: a dona Beatriz está com o mandado de citação na mão desde janeiro de 2010. Cobrada pelo dvogado pela demora Beatriz Fonseca saiu-se com a seguinte pérola:
"A oficial de justiça responsável pela citação de Eurides Mescollotto anotou , em certidão, que a diligência foi inexitosa por que o réu, Presidente da Eletrosul, é pessoa deveras ocupada, isso quando não está viajando a serviço. Além do mais, as recepcionistas daquela empresa estariam impedindo sua passagem para o interior do prédio".
Para o juiz Fornerolli a meirinha deve cumprir com afinco suas atribuições ao invés de defender o citando, considerando-o ocupado demais para receber a citação. Agora Beatriz tem 24hs para citar Mescollotto sobn pena de abertura de processo administrativo disciplinar.
Quando era o caso do mosquito, o blogueiro chegava a ser citado até no banheiro da Kibelândia. Outra vez foi em pleno Calçadão da Felipe Schimidt.
Na terceira vez, quando o finado tentava se divertir um pouco foi abordado no meio do desfile do Berbigão do Boca. Por coincidência a marchinha que tocava na hora da citação dizia: Ei você aí, me dá um dinheiro aí...
Dário contrata ilegalmente agência de publicidade por R$ 6.850 milhões
O prefeito Dário Berger não está de brincadeira. Na sua sanha de permanecer no poder e fazer o seu sucessor, coloca os pés pelas mãos e atropela a tudo e a todos.
Há poucos dias foi denunciado no Temperos & Apimentadas/Cangablog o uso escancarado do site da prefeitura (fotos e texto) para campanha política no blog do seu candidato Gean Loureiro.
Agora, através de uma ilegal dispensa de licitação, o prefeito simplesmente contratou a agencia de publicidade OneWG pela bagatela de R$ 6.850.000,00.
Os comentários na cidade é que esta contratação na boca da eleição servirá de caixa para turbinar a campanha de Gean Loureiro. Um escândalo!
A imprensa já divulgou que a empresa de publicidade ONEWG será a encarregada da campanha de Gean Loureiro.
Com esta contratação Dário patrolou a Art. 73, da lei 9504/97 que disciplina gastos de publicidade com dinheiro público em ano aleitoral.
A publicação da tramóia no Diário Oficial contém algumas malandragens: não consta a assinatura de ninguém (o que é obrigado por lei), começa como contrato e termina como convênio. Para auxiliar o MP e o TCE vide Art. 61 da lei 8666/93.
Um esculhambação!
...andou para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas.
CONTRATO - N. 232/2012 - DOM- N.687 21 de março de 2012
Objeto: Contratação de agencia de
propaganda e/ou publicidade para a prestação de serviços de publicidade e
propaganda, correspondentes ao estudo, ao planejamento, à conceituação, à
concepção, à criação, a execução interna, a intermediação e a supervisão da
execução externa e a distribuição de campanhas de publicidade aos veículos e
demais meios de divulgação; à criação e ao desenvolvimento e peças
publicitárias para veiculação; elaboração e registro de marcas, expressões de propaganda,
logotipos e de outros elementos identificadores, bem como programação visual;
execução de ações de consultoria técnica; execução de serviços de promoção, não
compreendidos como apoios e patrocínios; e demais serviços inerentes à
atividade publicitária, destinados ao atendimento das necessidades de comunicação.
Valor: R$ 6.850.000,00 (seis milhões oitocentos e cinqüenta mil reais)
Partes
Conveniadas: Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Agencia Onewg Multicomunicação
Ltda.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Última vontade
Enterrem meu corpo em qualquer lugar.
Que não seja, porém, um cemitério.
De preferência, mata;
Na Gávea, na Tijuca, em Jacarepaguá.
Na tumba, em letras fundas,
Que o tempo não destrua,
Meu nome gravado claramente.
De modo que, um dia,
Um casal desgarrado
Em busca de sossego
Ou de saciedade solitária,
Me descubra entre folhas,
Detritos vegetais,
Cheiros de bichos mortos.
(Como eu).
E, como uma longa árvore desgalhada
Levantou um pouco a lage do meu túmulo
Com a raiz poderosa,
Haja a vaga impressão
De que não estou na morada.
Que não seja, porém, um cemitério.
De preferência, mata;
Na Gávea, na Tijuca, em Jacarepaguá.
Na tumba, em letras fundas,
Que o tempo não destrua,
Meu nome gravado claramente.
De modo que, um dia,
Um casal desgarrado
Em busca de sossego
Ou de saciedade solitária,
Me descubra entre folhas,
Detritos vegetais,
Cheiros de bichos mortos.
(Como eu).
E, como uma longa árvore desgalhada
Levantou um pouco a lage do meu túmulo
Com a raiz poderosa,
Haja a vaga impressão
De que não estou na morada.
Não sairei, prometo.
Estarei fenecendo normalmente
Em meu canteiro final.
E o casal repetirá meu nome,
Sem saber quem eu fui,
E se irá embora,
Preso à angústia infinita
Do ser e do não ser.
Ficarei entre ratos, lagartos,
Sol e chuva ocasionais,
Este sim, imortais.
Até que, um dia, de mim caia a semente
De onde há de brotar a flor
Que eu peço que se chame
Papáverum Millôr.
Estarei fenecendo normalmente
Em meu canteiro final.
E o casal repetirá meu nome,
Sem saber quem eu fui,
E se irá embora,
Preso à angústia infinita
Do ser e do não ser.
Ficarei entre ratos, lagartos,
Sol e chuva ocasionais,
Este sim, imortais.
Até que, um dia, de mim caia a semente
De onde há de brotar a flor
Que eu peço que se chame
Papáverum Millôr.
1/6/1962
(Do livro Papáverum Millôr, Círculo do Livro, 1974)
INFORMAÇÃO, CIDADANIA E CORRUPÇÃO
Por Emanuel Medeiros Vieira
Há uma sobrecarga de informações, mas falta cidadania. Como observou David Allen, a pessoa atualmente pode estar produzindo o mesmo que três antigamente, mas não está recebendo o triplo.
É claro que o mundo com informação e infinitas possibilidades, veio para ficar. “O desafio é participar de forma produtiva nesse mundo novo e turbulento, sem ficarparalisado por ele”, acrescentou o jornalista.
No fundo: sem ser dele escravo.
Para muitos, a sobrecarga de informação recebida pelos usuários da internet está mais ligada ao consumo do que a produção. “É preciso filtrar corretamente a informação que chega até você, porque, nos próximos anos, isso vai piorar”, afirmou Luli Radfahrer, professor de Comunicação Digital da USP. “A água ainda está na cintura, mas é preciso ser rápido. Caso contrário, a água vai bater na boca, no nariz, na testa, e, aí, vai ser tarde demais”, arrematou.
A palavra cidadania vem do Latim “civitas”, que quer dizer cidade. Ela designa, de modo geral, o conjunto de direitos e deveres que uma pessoa possui em determinada sociedade e também em relação ao Estado. É o conjunto de valores morais que orienta os comportamentos dos indivíduos de um grupo ou de uma sociedade. Também pode ser entendida como o campo da filosofia que reflete sobre os costumes e à moral.
Estamos muito mal nesse terreno.
Vemos isso nas ruas: na falta de civilidade, de cortesia, de gentileza. De educação.
O estresse e a agressividade predominam.
Nesse ambiente, a corrupção se multiplica.
A falta de respeito ao outro e ao bem público se traduz em números. Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que, numa estimativa realista, anualmente, a corrupção causa um rombo de R$50, 8 bilhões aos cofres públicos.
Com esse dinheiro, seria possível pavimentar 39 mil quilômetros de rodovia, construir 78 aeroportos ou oferecer rede de esgoto a 15,7 milhões de lares. (Brasília, março de 2012)
“As pessoas não dão atenção a certos modos de comportamento essenciais, como respeitar os mais velhos, obedecer a passagem de pedestres, a cordialidade no trânsito, a valorização do bem público”(Gilberto Velho – antropólogo)
Há uma sobrecarga de informações, mas falta cidadania. Como observou David Allen, a pessoa atualmente pode estar produzindo o mesmo que três antigamente, mas não está recebendo o triplo.
É claro que o mundo com informação e infinitas possibilidades, veio para ficar. “O desafio é participar de forma produtiva nesse mundo novo e turbulento, sem ficarparalisado por ele”, acrescentou o jornalista.
No fundo: sem ser dele escravo.
Para muitos, a sobrecarga de informação recebida pelos usuários da internet está mais ligada ao consumo do que a produção. “É preciso filtrar corretamente a informação que chega até você, porque, nos próximos anos, isso vai piorar”, afirmou Luli Radfahrer, professor de Comunicação Digital da USP. “A água ainda está na cintura, mas é preciso ser rápido. Caso contrário, a água vai bater na boca, no nariz, na testa, e, aí, vai ser tarde demais”, arrematou.
A palavra cidadania vem do Latim “civitas”, que quer dizer cidade. Ela designa, de modo geral, o conjunto de direitos e deveres que uma pessoa possui em determinada sociedade e também em relação ao Estado. É o conjunto de valores morais que orienta os comportamentos dos indivíduos de um grupo ou de uma sociedade. Também pode ser entendida como o campo da filosofia que reflete sobre os costumes e à moral.
Estamos muito mal nesse terreno.
Vemos isso nas ruas: na falta de civilidade, de cortesia, de gentileza. De educação.
O estresse e a agressividade predominam.
Nesse ambiente, a corrupção se multiplica.
A falta de respeito ao outro e ao bem público se traduz em números. Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que, numa estimativa realista, anualmente, a corrupção causa um rombo de R$50, 8 bilhões aos cofres públicos.
Com esse dinheiro, seria possível pavimentar 39 mil quilômetros de rodovia, construir 78 aeroportos ou oferecer rede de esgoto a 15,7 milhões de lares. (Brasília, março de 2012)
- Alo Tio Canga? Tu me escuita?
- Oi Tio Bruda, to ouvindo sim!
- To aqui em Bom Jardim, na serra, num altinho para melhorar o sinal.
Me diz uma coisa. Tem um boato aqui na boate da Lucia dos Prazeres de que o Andrino vai ser o líder do governo.
- Tu sabes alguma coisa aí na capital?
- Olha Tio Bruda, até onde eu sei o governo está como biruta de aeroporto, sem rumo, sem lider. Mas parece que o nome do Lagoa foi indicado pela bancada do peemede. Mas quem escolhe é o Colombo, né?
- Pois aqui ninguém entendeu nada. Ele era do PMDB, atacava o PFL e agora tá de entendimento?
- Tio Bruda, a política hoje tá bem diferente. Hoje eles trocam de partido e de opinião como quem troca de cueca.
- Ou será que é porque ele tá criando ovelha e cabra aqui no Bom Retiro? Tu acha que ele virou serrano? E as tainha? Como é que fica?
- Tio Canga, tu me faiz um favor? Verifica bem esse assunto e manda notícia pelo blog que amanhã eu vou na casa do ex-marido da Lucia e leio pela Internet.
O circo mágico da alegoria
“Na celebração dos 90 nos do PC do B, José Sarney contou também sobre sua relação com os comunistas desde a infância em sua casa, sua família e na escola, entre outros episódios, com a sua professora, Mãesinha Mochel, da tradicional família Mochel, de conhecidos idealistas e esquerdistas” informa o blog do Décio. Este discurso comprova dois fatos: que Sarney é comunista ferrenho visto que não larga o poder desde 1955 quando foi eleito deputado federal. São 57 anos no poder e ao lado do poder. Nikita Kruschev governou a URSS de 1953 até 1964, apenas. O outro fato, já comprovado, é que Sarney brincava com bolinhas de plástico vermelhas. Inclusive, em suas festas de aniversário, exigia de sua mãe, Dona Kiola, balões e velas vermelhas para a decoração do bolo e das amplas salas de sua morada. Vem daí sua admiração pelo comunismo.
Além dos tapetes vermelhos, claro. Enquanto isto, um ex-funcionário do Banco do Brasil, que virou ministro da fazenda do Sarney e depois consultor de empresas, especialista na obtenção de recursos de bancos governamentais para empresas abaladas por qualquer razão, diz em manchete de jornal catarinense: “Novo ICMS é ruim para o país e pior para SC”. Posiciona-se contra a unificação das alíquotas estaduais. Além de representar sua opinião, a afirmação é um grande lobby. Noutra ponta, o presidente da FIESC parabeniza e lamenta, com cópia à ministra da secretaria das relações institucionais, o desconvite às empresas catarinenses na reunião sobre a desindustrialização. Ninguém lembra de que foi o advogado Aldo Hey Neto, preso pela Polícia Federal em agosto de 2006, acusado de algumas traquinagens na secretaria da fazenda estadual, entre elas a venda de benefícios fiscais, cujos lucros, em parte, foram encontrados numa maleta, num apto em Jurerê, recheada de dólares, libras, reais e dois vibradores. Presume-se que os últimos fossem para estimular os negócios das partes. Foi ele, um misto de mago e engolidor, quem concebeu o fantástico ralo por onde foi escoada, no ano passado, a quantia de R$ 4,2 bilhões de reais em razão da tarifa especial de ICMS de SC para as importações. Este programa, denominado “Pró-emprego”, antes Compex, foi uma de suas contribuições ao governo de Luiz Henrique da Silveira. Entre os anos de 2003 e 2011, as importações nos portos de Itajaí e Navegantes, aumentaram em cinco vezes. E, dizem os estudos, que os empregos cresceram em 195%, ou seja, 18 mil empregos. Não se especifica que tipo de emprego nem quais os salários. Mas, sabe-se que dentre os setecentos escritórios credenciados para a promoção das importações, estão amigos e filhos de amigos do então governador visionário, que embora oblíquo, foi capaz de contribuir definitivamente para a atual desindustrialização de Santa Catarina. Também não se fala em quantas empresas fecharam e quantos catarinenses foram demitidos em razão desta aventura incestuosa entre Joinville e Curitiba, a cidade do mago engolidor.
Nada contra as preferencias do mago em relação aos seus objetos lúdicos. Mas, total reprovação aos atos contra a economia catarinense. Vale lembrar que este estado é dotado de uma capacidade fenomenal para produzir. Tem uma indústria exemplar, com padrões similares aos melhores do mundo. Tem um caráter empresarial que emociona e empolga gerações com histórias que vão desde os dois peixinhos até as perdizes do campo. Santa Catarina tem dois tipos de empresários: os que trabalham e sabem fazer e os que sugam, com autorização do governo, recursos que pertencem ao povo. Os primeiros pagam pesados tributos e honram com suas marcas a produção nacional. Os segundos sonegam e vivem de facilidades temporárias, cujo legado e nem o exemplo poderão ser úteis aos seus filhos. Este é o debate que evitam fazer.
Morre o mestre Millor Fernandes
O escritor carioca Millôr Fernandes morreu aos 88 anos, às 21h desta terça-feira (27), em casa, no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo Ivan Fernandes, filho do escritor, ele teve falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. Millôr tinha dois filhos, Ivan e Paula, e um neto, Gabriel. Ele foi casado com Wanda Rubino Fernandes.
Esse era Millor: nunca tive o gosto pelo poder!
Colombo namora Legacys de R$ 30 milhões
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O hôme vive nas nuvens.Viagem sideral abalou as idéias |
Como Cacau noticiou em primeira mão no início de março, o governador Raimundo Colombo deve autorizar a compra de um jatinho para seus deslocamentos no Estado e no país, principalmente a Brasília. Semana que vem, Colombo irá pessoalmente à fábrica da Embraer, em São José dos Campos, ver um Legacy 650.
O Aerolombo, como já está sendo apelidado, tem capacidade para 14 lugares e autonomia para viagens até a Europa. Avião idêntico foi entregue no início do mês ao ator Jackie Chan. Nesta segunda-feira, o primeiro de um lote de 30 Legacys foi entregue a uma empresa da China.
O custo, de R$ 30 milhões, ainda assusta o governador. Outra opção é o Phenom 100, igual ao adquirido pela dupla Victor e Leo, na faixa de US$ 4 milhões, mas com capacidade para apenas seis pessoas e autonomia menor. Na atual frota à disposição do Estado, Colombo diz que não voa mais. Por enquanto, está usando um jatinho alugado.
Depois que o governador fez aquela viagem orbital durante a visita a Miami, em Janeiro passado, parece que tomou gosto pelo espaço aéreo.
Depois que o governador fez aquela viagem orbital durante a visita a Miami, em Janeiro passado, parece que tomou gosto pelo espaço aéreo.
Releia a matéria e tire suas conclusões.
http://cangarubim.blogspot.com.br/search?q=raimundo+columbia
http://cangarubim.blogspot.com.br/search?q=raimundo+columbia
SC-Saúde: a bandidagem continua
SC-Saúde não funciona mas Milton Martini paga R$ 4 milhões por mês para empresa de ex-secretária de Dalmo de Oliveira, secretário da saúde
Este blog denunciou a maracutaia entre o Consórcio Santa Catarina e a Secretaria da Administração (leia-se Milton Martini) no projeto de gerenciamento do plano de saúde de 180 mil funcionários públicos.
Estou sendo processado pela Unimed, uma das envolvidas no negócio. O meu processo provavelmente vai andar com celeridade, já as denúncias do Ministério Público baseadas nas denúncias do Cangablog devem andar "um pouco" mais lentamente.
Não podemos esquecer que a empresa Saude Suplementar, capitaneada pela Sra. Irene Hahn, ex-secretaria do sr. Dalmo de
Oliveira (secretário da Saúde), que tem acesso direto ao gabinete do Secretario Martini,
continua recebendo cerca de R$ 4 milhões mensalmente. Valor pago
religiosamente desde dezembro de 2011, conforme pode ser confirmado no
site da Secretaria da Fazenda.
Pergunta-se: por que pagar religiosamente R$ 4 milhões mensais para uma empresa que foi contratada para formar uma rede médica e não conseguiu formar nada até agora?
Aguardamos a resposta de:
- Milton Martini
- Srs. Deputados
- Tribunal de Contas
- Ministério Público
Pergunta-se: por que pagar religiosamente R$ 4 milhões mensais para uma empresa que foi contratada para formar uma rede médica e não conseguiu formar nada até agora?
Aguardamos a resposta de:
- Milton Martini
- Srs. Deputados
- Tribunal de Contas
- Ministério Público
Gean Loureiro usa estrutura da Prefeitura para campanha em seu blog
Em parceria com o Temperos & Apimentadas
Ilegal e imoral
A
campanha em prol de Gean Loureiro é mais do que acintosa, vergonhosa ou
politiqueira. É ilegal. Ou deixou de ser crime misturar a coisa pública
com a privada? E, indubitavelmente, é imoral. Usam, abusam e lambuzam
da estrutura da Prefeitura de Florianópolis em benefício da sua
candidatura. Há semanas observamos que as matérias publicadas no site da
prefeitura são, ipsis litteris, às publicadas na página do candidato
Gean Loureiro. As fotografias também são as mesmas e, estranhamente, sem
crédito para os fotógrafos. Poderiam tentar alegar que o candidato
reaproveita o material da Prefeitura. Não. Nem tentem, por favor.
Observem a ilustração (clica para ampliar) de nota publicada na página
do candidato na sexta-feira, 23 de março.
Mistura perigosa
A
mesmíssima matéria divulgada no site de Gean foi publicada depois, na
segunda-feira, na página de notícias da Prefeitura de Florianópolis
(ilustração). Ora, não poderia o Poder Público usar um material pessoal
de um político para informar sobre uma realização de este próprio Poder
Público. Gean está utilizando o material oficial da Prefeitura para sua
página particular? A Prefeitura está usando os serviços dos assessores
particulares de um político? Pelos textos e imagens fica evidente que o
material produzido para a Prefeitura e para o Gean é o mesmo. Ou os
assessores do candidato e da administração municipal escrevem
iguaiszinhos? E fotografam com a mesma lente, pelos mesmos ângulos?
Alô MP e MPE
Nesta
singela montagem (CLICA QUE AMPLIA) apenas um aperitivo daquilo que,
sistematicamente, vem sendo publicado. O
vínculo é indiscutível. O crime ou imoralidade é praticado embaixo dos
nossos narizes e das narinas daqueles que deveriam fiscalizar. A
vergonha dos políticos inescrupulosos há tempos evaporou. Essa
irregularidade precoce antecede a homologação da pretensa candidatura.
Ilegal ou imoral, merece atenção especial. Merece uma ação de assepsia.
Será que ninguém investigará essa incestuosa relação? Nem na Câmara?
Quem sabe uma CPI? A esperança é que a informação chegue ao Ministério
Público. E ao Ministério Público Eleitoral. Afinal, estamos falando da
coisa pública!
Florianópolis: A destruição continua
Por Elaine Tavares
Prefeitura não escuta a cidade
Agora,
em 2012, às portas de mais uma eleição municipal, a prefeitura volta à
carga e quer aprovar o Plano Diretor que diz ser participativo. Mas, de
novo, não quer saber das decisões populares. Insiste no seu projeto
“empreendedor”, que consiste em tornar a cidade de Florianópolis uma
espécie de Dubai, com um adensamento populacional bem ao gosto das
empreiteiras, senhoras do cimento e da destruição ambiental. A ideia é
fazer do que hoje ainda é um paraíso natural, uma selva de edifícios.
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Anúncio da contrutora Ceisa publicado no falecido jornal O Estado em agosto de 1973. Estava tudo planejado! Publicado no Cangablog |
Já
muito bem definiu o filósofo Enrique Dussel sobre o que seja
comunidade: são as forças que atuam de maneira consciente na vida local.
Nesse sentido, a comunidade de Florianópolis, desde os anos 80,
decidiu, coletivamente, que tipo de cidade quer para viver. Ao longo
desse tempo as forças vivas da comunidade vêm se reunindo, discutindo e
construindo essa cidade desejada. Cada bairro, cada região, já desenhou a
cara do seu lugar. E isso ficou ainda mais claro no Plano Diretor
Participativo montado de forma “legal” (com audiências públicas e tudo
mais) desde há seis anos. Mas, mesmo assim, os governantes municipais
insistem em tripudiar e desconhecer a vontade popular. Como os desejos
da comunidade não bateram com a proposta empresarial/governamental eles
fizeram o que sempre fazem: encerraram o diálogo e construíram outro
Plano Diretor, feito por uma empresa, sem levar em conta as incontáveis
noites e finais de semanas despendidos pelas gentes no debate do Plano
Participativo. Em 2010, depois de uma quase revolta popular, a
prefeitura decidiu parar a discussão e tudo foi zerado.
Agora,
em 2012, às portas de mais uma eleição municipal, a prefeitura volta à
carga e quer aprovar o Plano Diretor que diz ser participativo. Mas, de
novo, não quer saber das decisões populares. Insiste no seu projeto
“empreendedor”, que consiste em tornar a cidade de Florianópolis uma
espécie de Dubai, com um adensamento populacional bem ao gosto das
empreiteiras, senhoras do cimento e da destruição ambiental. A ideia é
fazer do que hoje ainda é um paraíso natural, uma selva de edifícios.
Na
última reunião do Núcleo Gestor Municipal, agora em março, que visava
retomar o processo interrompido, os representantes das comunidades foram
surpreendidos com a apresentação de uma proposta que vai contra todas
as diretrizes aprovadas nas intermináveis reuniões do Plano
Participativo. Segundo nota divulgada pelos representantes do Núcleo
Distrital do Campeche, na proposta apresentada pela prefeitura há uma
radical discordância com o que foi elaborado pelas comunidades.
No caso
do Campeche, por exemplo, não estão contemplados os condicionantes
ambientais legais que delimitam o adensamento populacional, e muito
menos os limitadores decorrentes da área de proteção e de ruído do
aeroporto de Florianópolis na definição das áreas edificáveis. Ou seja, o
mapa construído pela comunidade no PDP (Plano Diretor Participativo)
não foi levado em conta. “Não vamos aceitar isso e exigimos, uma vez
mais, a absoluta prioridade da apresentação do mapa com os rebatimentos
dos condicionantes legais para dar continuidade ao processo de
elaboração do plano”, diz o documento apresentado ontem no Núcleo
Municipal.
Segundo
os representantes do Campeche, o projeto que a prefeitura insiste em
reapresentar sustenta um modelo de cidade que induz ao crescimento
populacional, contra a quase unânime proposta constituída nas diversas
comunidades da cidade, de optar por um modelo de cidade baseado no
respeito à capacidade dos recursos naturais disponíveis, no estimulo à
preservação ambiental e à qualidade de vida. Isso significa que a
comunidade de Florianópolis não quer esse modelo de crescimento a toda
prova e, nas reuniões que duraram mais de quatro anos, definiu e
estabeleceu critérios urbanísticos na direção de uma “cidade lenta”, com
a preservação das tradições culturais locais e de uma forma de viver
que é a que faz desse lugar um espaço atrativo para os tão desejados
“turistas”. É a beleza natural assim como a cultura original deste lugar
que o faz cobiçado e apreciado. E é o que as comunidades querem
defender. Tripudiando desse desejo o plano da prefeitura chega a chamar
de “ação deflagrante de desenvolvimento” o esperado Parque Cultural do
Campeche, totalmente contrário ao que a comunidade construiu. Ninguém no
bairro quer o “desenvolvimento” que destrói a vida e a cultura em nome
dos prédios nas dunas e da imobilidade nas ruas. O parque tem outra
concepção.
O
fato é que o projeto que a prefeitura quer empurrar goela abaixo é um
mosaico “monstruoso” no entendimento da maioria das comunidades de
Florianópolis. A proposta de cidade desenhada pela prefeitura é a da
destruição, dos carros, da falta de mobilidade, do cimento, do asfalto,
da homogeneização da vida ao gosto de um “turista cosmopolita” que não
quer ter contato com a cultura ou a vida real. Esse projeto já foi
rejeitado pelas forças vivas que atuam nas comunidades e que fizeram o
plano participativo. Por conta disso, os representantes do Campeche
acreditam que esse plano da prefeitura não tem legitimidade para ser
apresentado no dia 27 de março, como vem sendo anunciado pela imprensa,
como um plano discutido e aprovado pelas comunidades. “Se tal
apresentação é mantida, a revelia do aval do Núcleo Gestor Municipal, a
equipe técnica deve fazer público o fato de que tal proposta não é
proposta avalizada pelo NGM e que se trata apenas de um esboço de
proposta elaborada pela equipe técnica da Prefeitura Municipal de
Florianópolis”, diz o documento do Núcleo do Campeche, também endossado
pelos representantes do Pântano do Sul.
O
que se espera é que a prefeitura deixe de ser surda aos desejos das
gentes e, de uma vez por todas, incorpore o projeto criado e desenhado
pelas comunidades, aceitando a decisão tomada sobre como a cidade deve
ser. Um lugar onde caibam todos e não só alguns e no qual também todos
possam ter acesso à cidade e as suas belezas.
Postado por Elaine Tavares no Palavras Insurgentes
Leia também: Prefeitura apresenta dados incompletos na primeira Audiência do Plano Diretorno Pobres & nojentas
Postado por Elaine Tavares no Palavras Insurgentes
Leia também: Prefeitura apresenta dados incompletos na primeira Audiência do Plano Diretorno Pobres & nojentas
terça-feira, 27 de março de 2012
O circo mágico da alegoria
Por Marcos Bayer
“Na celebração dos 90 nos do PC do B, José Sarney contou também sobre sua relação com os comunistas desde a infância em sua casa, sua família e na escola, entre outros episódios, com a sua professora, Mãesinha Mochel, da tradicional família Mochel, de conhecidos idealistas e esquerdistas” informa o blog do Décio. Este discurso comprova dois fatos: que Sarney é comunista ferrenho visto que não larga o poder desde 1955 quando foi eleito deputado federal. São 57 anos no poder e ao lado do poder. Nikita Kruschev governou a URSS de 1953 até 1964, apenas. O outro fato, já comprovado, é que Sarney brincava com bolinhas de plástico vermelhas. Inclusive, em suas festas de aniversário, exigia de sua mãe, Dona Kiola, balões e velas vermelhas para a decoração do bolo e das amplas salas de sua morada. Vem daí sua admiração pelo comunismo.
Além dos tapetes vermelhos, claro. Enquanto isto, um ex-funcionário do Banco do Brasil, que virou ministro da fazenda do Sarney e depois consultor de empresas, especialista na obtenção de recursos de bancos governamentais para empresas abaladas por qualquer razão, diz em manchete de jornal catarinense: “Novo ICMS é ruim para o país e pior para SC”. Posiciona-se contra a unificação das alíquotas estaduais. Além de representar sua opinião, a afirmação é um grande lobby. Noutra ponta, o presidente da FIESC parabeniza e lamenta, com cópia à ministra da secretaria das relações institucionais, o desconvite às empresas catarinenses na reunião sobre a desindustrialização. Ninguém lembra de que foi o advogado Aldo Hey Neto, preso pela Polícia Federal em agosto de 2006, acusado de algumas traquinagens na secretaria da fazenda estadual, entre elas a venda de benefícios fiscais, cujos lucros, em parte, foram encontrados numa maleta, num apto em Jurerê, recheada de dólares, libras, reais e dois vibradores. Presume-se que os últimos fossem para estimular os negócios das partes. Foi ele, um misto de mago e engolidor, quem concebeu o fantástico ralo por onde foi escoada, no ano passado, a quantia de R$ 4,2 bilhões de reais em razão da tarifa especial de ICMS de SC para as importações. Este programa, denominado “Pró-emprego”, antes Compex, foi uma de suas contribuições ao governo de Luiz Henrique da Silveira. Entre os anos de 2003 e 2011, as importações nos portos de Itajaí e Navegantes, aumentaram em cinco vezes. E, dizem os estudos, que os empregos cresceram em 195%, ou seja, 18 mil empregos. Não se especifica que tipo de emprego nem quais os salários. Mas, sabe-se que dentre os setecentos escritórios credenciados para a promoção das importações, estão amigos e filhos de amigos do então governador visionário, que embora oblíquo, foi capaz de contribuir definitivamente para a atual desindustrialização de Santa Catarina. Também não se fala em quantas empresas fecharam e quantos catarinenses foram demitidos em razão desta aventura incestuosa entre Joinville e Curitiba, a cidade do mago engolidor.
Nada contra as preferencias do mago em relação aos seus objetos lúdicos. Mas, total reprovação aos atos contra a economia catarinense. Vale lembrar que este estado é dotado de uma capacidade fenomenal para produzir. Tem uma indústria exemplar, com padrões similares aos melhores do mundo. Tem um caráter empresarial que emociona e empolga gerações com histórias que vão desde os dois peixinhos até as perdizes do campo. Santa Catarina tem dois tipos de empresários: os que trabalham e sabem fazer e os que sugam, com autorização do governo, recursos que pertencem ao povo. Os primeiros pagam pesados tributos e honram com suas marcas a produção nacional. Os segundos sonegam e vivem de facilidades temporárias, cujo legado e nem o exemplo poderão ser úteis aos seus filhos. Este é o debate que evitam fazer.
“Na celebração dos 90 nos do PC do B, José Sarney contou também sobre sua relação com os comunistas desde a infância em sua casa, sua família e na escola, entre outros episódios, com a sua professora, Mãesinha Mochel, da tradicional família Mochel, de conhecidos idealistas e esquerdistas” informa o blog do Décio. Este discurso comprova dois fatos: que Sarney é comunista ferrenho visto que não larga o poder desde 1955 quando foi eleito deputado federal. São 57 anos no poder e ao lado do poder. Nikita Kruschev governou a URSS de 1953 até 1964, apenas. O outro fato, já comprovado, é que Sarney brincava com bolinhas de plástico vermelhas. Inclusive, em suas festas de aniversário, exigia de sua mãe, Dona Kiola, balões e velas vermelhas para a decoração do bolo e das amplas salas de sua morada. Vem daí sua admiração pelo comunismo.
Além dos tapetes vermelhos, claro. Enquanto isto, um ex-funcionário do Banco do Brasil, que virou ministro da fazenda do Sarney e depois consultor de empresas, especialista na obtenção de recursos de bancos governamentais para empresas abaladas por qualquer razão, diz em manchete de jornal catarinense: “Novo ICMS é ruim para o país e pior para SC”. Posiciona-se contra a unificação das alíquotas estaduais. Além de representar sua opinião, a afirmação é um grande lobby. Noutra ponta, o presidente da FIESC parabeniza e lamenta, com cópia à ministra da secretaria das relações institucionais, o desconvite às empresas catarinenses na reunião sobre a desindustrialização. Ninguém lembra de que foi o advogado Aldo Hey Neto, preso pela Polícia Federal em agosto de 2006, acusado de algumas traquinagens na secretaria da fazenda estadual, entre elas a venda de benefícios fiscais, cujos lucros, em parte, foram encontrados numa maleta, num apto em Jurerê, recheada de dólares, libras, reais e dois vibradores. Presume-se que os últimos fossem para estimular os negócios das partes. Foi ele, um misto de mago e engolidor, quem concebeu o fantástico ralo por onde foi escoada, no ano passado, a quantia de R$ 4,2 bilhões de reais em razão da tarifa especial de ICMS de SC para as importações. Este programa, denominado “Pró-emprego”, antes Compex, foi uma de suas contribuições ao governo de Luiz Henrique da Silveira. Entre os anos de 2003 e 2011, as importações nos portos de Itajaí e Navegantes, aumentaram em cinco vezes. E, dizem os estudos, que os empregos cresceram em 195%, ou seja, 18 mil empregos. Não se especifica que tipo de emprego nem quais os salários. Mas, sabe-se que dentre os setecentos escritórios credenciados para a promoção das importações, estão amigos e filhos de amigos do então governador visionário, que embora oblíquo, foi capaz de contribuir definitivamente para a atual desindustrialização de Santa Catarina. Também não se fala em quantas empresas fecharam e quantos catarinenses foram demitidos em razão desta aventura incestuosa entre Joinville e Curitiba, a cidade do mago engolidor.
Nada contra as preferencias do mago em relação aos seus objetos lúdicos. Mas, total reprovação aos atos contra a economia catarinense. Vale lembrar que este estado é dotado de uma capacidade fenomenal para produzir. Tem uma indústria exemplar, com padrões similares aos melhores do mundo. Tem um caráter empresarial que emociona e empolga gerações com histórias que vão desde os dois peixinhos até as perdizes do campo. Santa Catarina tem dois tipos de empresários: os que trabalham e sabem fazer e os que sugam, com autorização do governo, recursos que pertencem ao povo. Os primeiros pagam pesados tributos e honram com suas marcas a produção nacional. Os segundos sonegam e vivem de facilidades temporárias, cujo legado e nem o exemplo poderão ser úteis aos seus filhos. Este é o debate que evitam fazer.
Beaco, Johnnie Walker e o Gigante Adormecido
Dia desses me apareceu o Beaco Vieira na Kibelândia. Fazia tempos que a gente não se encontrava. Da última vez que telefonei para o Beaco, estava em Paris.
Mas desta vez tinha uma coisa interessante para mostrar-lhe. Era sobre um comercial do Johnnie Walker.
Sempre que nos encontrávamos o Beaco me falava que queria produzir um curta-metragem sobre o Gigante Adormecido. Aquele que continua inerte ali no Morro do Cambirela.
Confira abaixo:
Canga, é bem possível que o Joãozinho (de tão ) Caminhador (que é), tenha andado por estas paragens e ouvido falar da lenda do gigante deitado ou do roteiro do Beaco Vieira. Em 1980, num almoço no Veleiros da Ilha, ouvi do Beaco esta história e pela primeira vez vislumbrei aquela imagem fantástica na cadeia de montanhas do Cambirela. Sem dúvida, o vídeo tem muito do que foi imaginado pela mente criativa do nosso amigo. Luiz Carlos Padilha Jornalista em Beaco, Johnnie Walker e o Gigante Adormecido
Mas desta vez tinha uma coisa interessante para mostrar-lhe. Era sobre um comercial do Johnnie Walker.
Sempre que nos encontrávamos o Beaco me falava que queria produzir um curta-metragem sobre o Gigante Adormecido. Aquele que continua inerte ali no Morro do Cambirela.
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O gigante visto da praia de Itaguaçu |
Segundo o Beaco, de tanto ver a destruição da Ilha, sua ocupação desordenada e sua tomada pelos politicos mercantilistas, o gigante levantaria, caminharia sobre a baia Sul gerando um tsunami que destruiria tudo a sua volta.
Não realizou o curta-metragem mas falou muitas vezes em vários bares. É bem possível que sua idéia tenha sido chupada e adaptada para um comercial do Joãozinho Caminhador, no Rio de Janeiro. O comercial do Johnnie é o roteiro do Beaco sem a revolta e a destruição, é claro!
Confira abaixo:
Canga, é bem possível que o Joãozinho (de tão ) Caminhador (que é), tenha andado por estas paragens e ouvido falar da lenda do gigante deitado ou do roteiro do Beaco Vieira. Em 1980, num almoço no Veleiros da Ilha, ouvi do Beaco esta história e pela primeira vez vislumbrei aquela imagem fantástica na cadeia de montanhas do Cambirela. Sem dúvida, o vídeo tem muito do que foi imaginado pela mente criativa do nosso amigo. Luiz Carlos Padilha Jornalista em Beaco, Johnnie Walker e o Gigante Adormecido
BENTO XVI NO MÉXICO: ENTRE A VIRGEM, IXIPTLAS E PEDÓFILOS
Por Janer Cristaldo
Ontem, em sua primeira visita ao México, Bento XVI rezou diante de uma imagem da Virgem de Guadalupe, padroeira da América Latina. O mesmo fez João Paulo II, em suas três visitas ao país. Papas, quando vão ao México, não perdem a ocasião de reverenciar a origem do embuste.
Em 1990, comentei a segunda visita de João Paulo II ao México. Na época, o vice-Deus de plantão foi até lá, não para degustar tequila ou ouvir mariachis, e sim para beatificar Juan Diego, o índio em cuja túnica as rosas teriam deixado gravada a imagem da Virgem de Tepeyac, mais conhecida como Virgem de Guadalupe, não por acaso a mesma venerada nas montanhas de Estremadura, e muito querida pelos conquistadores. João Paulo, padre astuto, intuindo que a tal de teologia de libertação está em franca decadência com o desmoronamento do fascismo eslavo, investiu no mistério. E conferiu odor de santidade ao coitado do íncola manipulado pelo barroco europeu.
Tudo começou nos anos 1550, quando na colina de Tepeyac os indígenas mexicanos prestavam culto a um ixiptla, ou seja, estátua ou imagem de uma deidade que, na linguagem dos conquistadores, é traduzida como ídolo. O ixiptla, no caso, é o da deusa Toci-Tonantzin, nome que, traduzido do náuatle, dá - maravilhosa coincidência! - Nossa Mãe. Alonso de Montufar, arcebispo do vice-reino, não vai perder esta oportunidade - como direi? - divina, de sobrepor, como sempre fez a Igreja romana, aos símbolos e cultos pagãos, a tralha católica. Encomenda a Marcos, um pintor indígena, uma obra inspirada em um modelo europeu e a coloca ao lado do ixiptla asteca, gesto aparentemente inocente se visto daqueles dias, mas carregado de conseqüências quando o olhamos com o distanciamento de quatro séculos.
Pelo período de aproximadamente um século, a imagem da Virgem permanece, sem trocadilhos, em banho-maria, sem que se fale de epifanias ou milagres. Em 1648, com a publicação de Imagen de la Virgen Madre de Diós de Guadalupe, do padre Miguel Sánchez, o culto mariano toma novo impulso.
"Segundo esta versão destinada a tornar-se canônica" – escreve Serge Gruzinski, em La Guerre des images - a Virgem teria aparecido três vezes em 1531 a um índio chamado Juan Diego. Segundo Juan de Zumárraga, primeiro bispo e arcebispo do México, Juan Diego abriu sua capa sob os olhos do prelado: "em lugar das rosas que ela envolvia, o índio descobriu uma imagem da Virgem, miraculosamente impressa, até hoje conservada, guardada e venerada no santuário de Guadalupe".
Mas nada surge do nada, muito menos imagens. Antes da publicação do livro de Miguel Sánchez, que oficializa a versão das rosas imprimindo os traços da Virgem na capa de Juan Diego, haviam chegado ao México pelo menos duas levas de pintores e arquitetos, profundamente influenciados pela escola flamenga. Colocando seus talentos a serviço da Igreja, estes artistas transportam ao novo continente o imaginário europeu. Vasto é o mercado. Leia artigo completo. Beba na fonte.
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