O triste fim do irreverente terrorista da internet
Por Renan Antunes/Jornal Já
A
porta já estava aberta quando o padre Elizandro procurou pelo blogueiro
Mosquito na rua dos Maracanãs. Ele entrou e deu de cara com o corpo
dele pendurado na escada, enforcado num lençol. A cena parecia de
suicídio.
Eram quase cinco da tarde da terça 13 de dezembro. Em minutos a
notícia da morte do destemido e temido jornalista catarinense de 52 anos
caiu na blogosfera. Tornou-se trending topic no Twitter antes das 10 da
noite. A suspeita de assassinato bombou na internet.
A morte dele encerrou a era do “terror midiático” imposta pelo blog ‘Tijoladas do Mosquito’ à política catarinense desde 2008.
As tijoladas eram críticas irreverentes e desbocadas disparadas
contra tudo e todos por qualquer motivo e até sem motivo – Mosquito
gostava de se apresentar como sendo “o primeiro terrorista midiático” da
internet.
Nesta semana, 87 dias depois da morte de Amilton Alexandre, apelidado
Mosquito, o Instituto de Perícias de SC confirmou a tese inicial de
suicídio. Amigos e familiares acreditam que ele se matou por temer a
prisão depois da segunda condenação por difamação.
O Tijoladas conduzia uma feroz campanha moralista contra autoridades,
políticos e empresários. Muitas das denúncias eram frias, mas os textos
tinham irreverência, humor e bastantes palavrões. Ofendeu gaúchos,
negros, judeus – e até os vizinhos da rua Maracanãs, no condomínio onde
foi encontrado morto, o Pedra Branca, na pacata Palhoça, Grande Floripa.
Seus
maiores alvos foram a hoje ministra das Relações Institucionais Ideli
Salvatti, o ex-governador Leonel Pavan, o prefeito de Floripa Dário
Berger e Fernando Marcondes de Mattos, dono do resort Costão do
Santinho. Na política nacional deu uns pitacos, agredindo a presidente
Dilma com baixarias impublicáveis – Brasília fez vista grossa.
“Ele acertava na dimensão universal de seus ataques contra poderosos,
privilegiados e sacanas”, diz o sociólogo Remy Fontana, professor da
UFSC, amigo dele por 33 anos. “Mas, algumas vezes foi inconsequente e
injusto, expondo reputações à execração pública”.
O blog tinha como lema “jamais se calar”. A operação toda era apenas
Mosquito, um netbook Asus e um modem da Claro. Não tinha anunciantes.
Ele postava de uma mesa do bar Kibelândia, a central de fofocas da Ilha,
onde garimpava notícias entre bebuns e barnabés fora do expediente.
Pela distribuição das tijoladas Mosquito enfrentou 22 processos e a
invasão de hackers. O delegado Hudson Queiroz lhe deu uns sopapos e
ameaçou matá-lo. Os demais preferiram processos por calúnia, com pedidos
de indenização em dinheiro.
MANEZINHO
Amilton Alexandre era nativo, descendente dos colonizadores
açorianos. O pai, seu Amadeu, tinha índole mansa. Criou quatro filhos
consertando refrigeradores. Mosquito, agitado desde pequeno, foi o
primeiro dos Alexandre com diploma universitário. Fez Administração na
UFSC.
Em 1979, no episódio conhecido por “Novembrada”, virou herói dos
manezinhos: imagens dele liderando a passeata de estudantes de Floripa
contra a ditadura militar apareceram no Jornal Nacional.
Ele e mais seis foram presos pela Polícia Federal. Dez dias de cana,
um ano de processo na Auditoria Militar de Curitiba e a apoteótica
absolvição dos sete estudantes catarinenses o transformaram numa
celebridade local.
No episódio, o papel dele foi de mero agitador, sob ordens dos
comunistas do Partidão. Um dirigente queria sua participação
reexaminada por psicólogos. Alguns companheiros o acusaram de ter
colaborado com a polícia, mas o ex-senador Nelson Wedekin, advogado no
histórico processo, garante que não.
A redemocratização tirou um pouco do brilho popular dele. Magrinho e
elétrico na juventude, daí o “Mosquito”, virou obeso na vida adulta.
Conseguiu seu primeiro emprego público na prefeitura do PMDB, gestão
Edson Andrino. Cuidava de um projeto de cinema na periferia, com
expediente nos findis – fosse outro, na certa seria chamado de
funcionário fantasma pelo blog Tijoladas.
FAVORECIDO
Em 1987 Mosquito obteve do então senador Jaison Barreto (do Partidão,
no PMDB) uma ajudinha pra comprar uma casa de três andares no Centro
Histórico.
A bancada do PMDB-SC em Brasília intermediou o pedido à Caixa de
financiamento habitacional fora das regras para o herói da luta contra a
ditadura. Foi maracutaia. Fosse outro o beneficiado e teria levado uma
tijolada daquelas.
Com o dinheiro Mosquito montou o bar Havana – point dos anos 80 e 90
com pouca política, boa música, excelentes feijoadas e carnavais
memoráveis. Lá, rompeu com os amigos do PMDB.
O diploma de administrador não lhe serviu para muita coisa. Todos os
negócios em que se meteu fracassaram. Transformou a casa da Caixa num
sebo de livros. Depois restaurante, loja de informática, mais tarde em
loja temática do time do Avaí – no fim, era só um cafofo para as
namoradas.
Bolava promoções avançadas demais para Floripa, como vender
computadores na feira livre. Fazia bicos. Durante eleições usava as suas
capacidades de agitador profissional – chegava nas cidades do interior
antes dos candidatos, armava o palanque e esquentava o eleitorado.
Ele era um solteirão convicto. Seu relacionamento mais duradouro foi
com Elaine, 17 anos mais nova. Em 2000, tiveram Júlia. Ele sumiu por
seis meses, até reaparecer e se dizer pronto para uma família.
Não estava. Sumiu de novo. Foi e voltou por 11 anos. Elaine disse que
era louca por ele, mas que não poderia esperar tanto tempo. Meses antes
de morrer, Mosquito pedia para juntarem os trapinhos outra vez. Aí ela
não quis mais: “Não era homem para família, gostava de viver isolado”.
Ela conta que os dois se mantiveram bons amigos a vida toda.
“Mosquito era generoso, quando tinha, tudo era de todos”. Não pagava a
pensão de Júlia, mas a mãe não cobrava “porque ele mal podia se
sustentar”. Os três almoçavam juntos quase todos os domingos na casa de
Palhoça.
NEOPETISTA
Quando começou a Era Lula, Mosquito se filiou ao PT. O Havana já não
existia mais. Vapt vupt e ele passou seis meses no Nordeste. Tinha
avisado aos amigos que trabalharia num dos novos governos petistas – mas
voltou de lá duro, desempregado e mais gordo, quase 130 quilos para
1m78.
Começou então a cavar embaixo dos pés: durante o caso do Mensalão foi
num debate com José Dirceu na Assembleia Legislativa/SC e botou a boca
nele. O PT viu no neopetista o mesmo Mosquito errático dos tempos do
PMDB.
Endividado, vendeu a casa da Caixa. No Kibelândia, adotado como
segundo lar, anunciou planos grandiosos com a grana. Iria abrir um
jornal em Palhoça. Primeiro passo: comprou na cidade a casa onde
morreria.
Ele disse que o plano furou porque os vizinhos do condomínio seriam
uns “burgueses egoístas” – isto por não apoiarem seu natimorto jornal.
Logo o dinheiro acabou. De volta ao ócio no Kibelândia, pediu emprego
ao PT, então já coligado com o PMDB. Ganhou um, para fiscalizar o
programa Luz Para Todos, numa empresa terceirizada pela estatal
Eletrosul – se fosse um adversário o beneficiado com o emprego teria
sido chamado de aproveitador pelo blog.
Ali ele deu uma tijolada no próprio pé. Denunciou maracutaia na
Eletrosul. Como ainda não tinha o blog, enviou para jornais um dossiê
com fotos de propriedades rurais de dirigentes do PMDB que supostamente
estariam se beneficiando de ligações de energia ilegais. Batendo no
aliado, mordeu a mão dos petistas que o nomearam.
Ele foi demitido da Eletrosul. Estava convencido que sua cabeça foi
pedida pela então senadora Ideli Salvatti. Recorreu à Justiça do
Trabalho para reintegração, dizendo-se perseguido político “por ter
feito a coisa certa”.
O juiz trabalhista mandou as denúncias de corrupção para o Ministério
Público apurar, mas deram em nada. Mosquito levou só uma indenização de
R$ 30 mil. Ele achou pouco e por isto brigou feio com a advogada,
fechando uma era: Rosângela “Lelê” de Souza era amiga da primeira hora,
uma dos sete da Novembrada.
Fora da Eletrosul e da política, recolheu-se de vez ao Kibelândia.
Foi ali, no final de 2008, que ele criou seu Tijoladas. Se achou. E se
fechou: “Vinha visitar a mãe e não saia da droga do notebook”, diz o
irmão Ênio, eletricista. “Não via mais nada, só aquele blog”.
IRREVERENTE
Mosquito adorava o papel de jornalista blogueiro que criara para si
mesmo. De sorriso aberto, gestos largos e em voz alta, dominava os
ambientes recontando as tijoladas que dava e as que daria nos ‘inimigos’
– seu discurso público era do tipo “quem não está comigo está contra
mim”.
Uma das primeira tijoladas foi sucesso de audiência no blog e
reproduzida pela mídia tradicional. Mosquito postou o vídeo da
desembargadora Rejane Anderson, do TJSC, gravado por um policial de
trânsito. Ela aparecia dando carteiraço para evitar que o carro do filho
fosse apreendido.
Os advogados dele acreditam que ali ele fez inimigos poderosos no
Judiciário: “As ações contra Mosquito tramitavam mais rápido do que as
outras”, garante Edson Silva Jardim, que vê no cliente um herói.
Mosquito bateu tanto em Ideli Salvatti que ela conseguiu uma ordem
judicial para impedir que ele citasse seu nome. A mesma decisão ordenou
ao Google que suprimisse tudo dele.
Aí ele foi para cima do vereador Marcos Souza, aliado de Ideli.
Negro, brindado com o clássico “não faz na entrada faz na saída”. E
disparou a tijolada mentirosa de que Souza empregava filha e genro em
seu gabinete na Câmara de Floripa.
“Eu o conhecia desde os oito anos e por isso nunca lhe respondi. Ele
era um provocador, desbocado e racista. Para crescer, precisava de
alguém para bater”, disse o vereador. Souza ganhou na Justiça e Mosquito
fez acordo para um pedido público de desculpas – mas morreu antes de se
retratar.
Ele também bateu pesado no ex-governador Leonal Pavan. Denunciado
pelo MP às vésperas de tentar reeleição em 2010, desistiu da
candidatura. No dia em que Mosquito morreu, Pavan obteve uma vitória
tardia: a Justiça rejeitou as denúncias.
Quem ele pegou para Cristo foi o empresário Fernando Marcondes de
Mattos, do Costão do Santinho. Mattos foi preso pela PF na Operação
Moeda Verde, acusado de subornar vereadores e órgãos ambientais para
favorecer seu hotel.
Mosquito só chamava o empresário de “meliante”. Processado, pegou
dois anos de cadeia por difamação – pena substituída por serviços
comunitários.
A juíza admitiu que Mattos poderia ser condenado. Mas isto não daria a
ninguém “o direito de se arvorar em salvador da pátria”. Ela
sentenciou: “O blogueiro confunde liberdade de expressão com ofender a
honra alheia”.
PERSEGUIDO
Mosquito fez a mesma coisa com o prefeito de Florianópolis Dário
Berger. Cheio de processos, mas sem nunca ter sido condenado, Berger se
considerava ficha limpa. Os dois se enfrentaram na Justiça.
Audiência, 18 dias antes da morte: juíza, promotor e advogado viram o
blogueiro no banco dos réus quase prostrado. Respirava com dificuldades
depois de sobreviver a quatro enfartes. Estava pressionado pela
condenação anterior, financeiramente quebrado, com o blog esfacelado por
hackers.
O queixoso viu ali uma oportunidade de ouro para dobrar seu algoz. Aí
lhe perguntaram candidamente se ele confirmava as afirmações contidas
no blog de que o senhor prefeito era corrupto. O velho Mosquito voltou
lá do fundo como um vulcão. Apontou o dedo para o rosto de Dário Berger,
manteve o escrito e ainda berrou: “Corrupto”!
Bafafá na sala de audiências. Mosquito foi preso na hora. Pagou
fiança e saiu gritando da audiência, dizendo-se vítima de um complô
legal. Seria “retaliação pelo que publico” – seus advogados ajudaram na
piração descrevendo a cena como prova de que o Judiciário era contra
ele.
O ponto alto da carreira de Mosquito foi uma baixaria e uma maldade.
Ele jogou no blog todos os detalhes sórdidos de um estupro cometido por
dois adolescentes de Floripa – naquele dia obteve 75 mil acessos e se
tornou ícone do jornalismo blogueiro independente.
O Tijoladas escancarou o nome dos estupradores, entre eles o filho de
um dos donos da RBS, e o da vítima, afrontado a lei que protege
menores.
No episódio da RBS Mosquito ganhou o apoio do programa Domingo
Espetacular da Rede Record. O jornalista Paulo Henrique ficou alguns
dias no Kibelândia para repercutir as denúncias dele contra a afiliada
da Globo. Elogiava seu entrevistado como “um Quixote” – Mosquito se
sentia supervalorizado e ia mais fundo na briga dos cachorros grandes.
SONHADOR
Em algum momento Mosquito acreditou que seria convidado para ser
diretor da Rede Record no Espírito Santo. Estaria na etapa de discutir
salários e a contratação de duas secretárias, tudo testemunhado por dona
Cristina, garçonete do Kibe. Até que ele confidenciou ao compadre João
Vianney ter demorado demais para acertar. Lamentou-se: “Perdi a chance”.
Em 2010 ele entrou noutra briga sonhando grande. Estudantes x
polícia, no protesto contra o aumento de passagens de ônibus. Mosquito
correu para o terminal e quis assumir a liderança do movimento.
Seria uma novembrada em maio. Os estudantes não entenderam nada.
Então enxotaram do caixote aquele velhinho agitador, barbudo, gordo e
careca – muitos nem sabiam quem era. Ele se achava vereador sem mandato,
já sondava o PSOL para concorrer este ano.
Para se sustentar Mosquito passou a vender camisetas do Tijoladas.
Ficava furioso quando os amigos não compravam. Achava que era obrigação
deles manter a “mídia alternativa democrática” e ajudá-lo na luta contra
a “corrup-i-ção”, como dizia com seu sotaque ilhéu.
“Menos”, diz o ex-presidente da Fenaj Sérgio Murillo de Andrade,
amigo dele por 30 anos. “Mosquito não era jornalista, foi só um
agitador”.
Ele passou então a viver de achaques. Aos amigos pedia que lhe
pagassem contas de luz, telefone, o rango no bar. Às vezes, não tinha
nem o dinheiro da passagem para Palhoça – mas, teimoso, recusava-se a
vender a casa.
Queixou-se uma vez que “o blog fez sucesso, ficou famoso, e eu ia levando, sem lastro econômico, minhas roupas acabando”.
Um certo Jairo Viana postou na internet o extrato da dependência dele
em 2011: “…pude dar a ele uma cordinha de varal, grampos pra varal,
comprei uma camiseta e paguei uma diária de hotel quando ele esteve em
Criciúma. Dias depois depositei uns créditos no telefone dele”. E Viana
ainda ficou feliz de ter ajudado aquele “maluco beleza que queria
reformar o mundo”.
ATOLADO
Aqui vão trechos da última correspondência de Mosquito com um amigo,
onde admitiu que “a ficha demorou a cair… outro dia fui ver e tinha
passado meses com 500 pila (reais)”. Logo ele descobriu o que todo mundo
sabe: “Não dava para viver apenas pagando água, luz e comida”.
No fim: “Sou um cara que atolou o pé na lama e não sabe como sair”. A
turma de fofoqueiros que o conhecia do bar espalhou que o atolado
estava sendo sustentado pelo deputado federal Esperidião Amin (PP).
Parecia verdade porque Mosquito já tinha declarado voto nele para
prefeito.
“Nunca lhe dei um tostão”, disse Amin. “Me deve três úlceras que deu
na minha mulher (a ex-prefeita Ângela) de tanto bater por causa dos
ônibus”.
No Kibelândia, passou a ser levemente hostilizado. O psiquiatra
Heitor Bráulio de Freitas, que bebe por lá todos os dias, disse que viu
nele o perfil suicida: “O ego dele era grande demais, não poderia viver
sem o blog”.
Desesperado em busca de emprego pediu ao compadre para trabalhar como
consultor de educação à distância, mas ouviu um não: “Ele nunca tinha
feito isto. As tijoladas assustavam todo mundo e ninguém o empregaria”.
Mosquito então apelou para o amigaço de infância Paulinho Carreirão,
sócio da Brognoli PrestServ, a maior do ramo na cidade. Ele não lhe
faltou. Ofereceu vaga de pintor de paredes ou fiscal de obras, oferta
rejeitada.
ENCURRALADO
Mosquito anunciou o fim da carreira em 9 de dezembro. Fechou o blog e
deletou suas 1298 postagens: “Não tenho mais como enfrentar as ameaças e
retaliações pelo que publico” – fiel ao personagem vítima de poderosos.
Em seguida, num gesto teatral, destruiu o HD do laptop a marretadas,
sumindo com as “provas de corrupção de vários casos” – quem viu sabe que
era uma pilha de recortes digitalizados, alguns documentos apócrifos e
sua coleção particular de fofocas recolhidas no Kibelândia.
Quatro dias depois ele estava morto. Por todos os relatos de amigos
ele se sentia sem perspectivas. “Mosquito parecia transtornado quando o
encontrei na quarta (7 de dezembro) na esquina da rua Osmar Cunha”,
conta a amigaTatiana Lino, dona do café Trajano. “Conversamos bastante,
tentei acalmá-lo, mas ele se despediu de mim dizendo que iria se
suicidar”.
Na manhã do sábado, 10 de dezembro, ele iniciou a jornada sem volta.
Encheu a banheira no andar superior de casa e tentou afogar-se nela.
Às 16h, chorando, chamou a ex-mulher. No telefonema de uma hora explicou para Elaine que fracassou “por covardia”.
Ele avisou que tentaria se matar com outro método. Mosquito ainda
disse para Elaine ter destruído o HD do computador com o qual erguera
seu reino de quase 1200 dias na internet.
Aquele telefonema choroso era o lado do Mosquito que poucos
conheciam. Elaine fez o de sempre nas deprês dele: ouviu, confortou,
incentivou. No fim do papo, desligou o telefone: “Achei que seria como
das outras vezes”.
A menina também falou com ele. Apesar da pouca idade, deu conselho de gente grande: “Pai, sai dessa, parte pra outra”.
TRAÍDO
Mas, Mosquito estava sem perspectivas. “Ele fez muitas escolhas
erradas na vida, inclusive a última”, analisa o ex-senador Wedekin,
decepcionado com o cliente que tanto ajudou.
O professor Fontana vê uma trágica coerência na trajetória dele. Em
gravação de 50 minutos do jovem estudante para o livro Novembrada, em
1980, recolheu a bravata de que Mosquito nunca iria “integrar-se ou
entregar-se” ao sistema: “Foi se inviabilizando como pessoa, mas atacava
alguns caras que mereciam. Fez mais bem do que mal à sociedade”.
Mosquito tentou explicar suas atividades num dos últimos posts. Eram
quase como abraçar o mundo com as pernas: “O blog foi construído com o
objetivo de denunciar corrupção, tratar de assuntos ligados à cidadania e
versar sobre os mais diversos temas da blogosfera”. E postou sua
prestação de contas: “Contribui para tentar sanear a política
catarinense”.
De Brasília, o poeta Emanuel Medeiros Vieira botou o cara nas
alturas. Eis trechos de “Mosquitadas”, para “os amigos dos sonhos de
antigamente”, criticando o sistema – sistema que teria provocado a morte
dele:
Em silêncio, eu sei, muitos se rejubilam com a tua morte.
Eram inimigos fortíssimos, de vários matizes – fortes não pelo humanismo (são carecedores dele), mas pelo poder mesquinho e pela pecúnia.
Eram inimigos fortíssimos, de vários matizes – fortes não pelo humanismo (são carecedores dele), mas pelo poder mesquinho e pela pecúnia.
Mais do que os processos, a falta de dinheiro, era insuportável
enxergar quase todos fechados em si mesmos, a mídia imbecilizante, o
egoísmo velhaco, o mundo dirigido pelos financistas, o país dos nossos
sonhos na lata de lixo.
Mosquito: não conseguiste conviver com a traição.
CARENTE
Cacau Menezes, colunista mais popular do Estado, escreveu no Diário
Catarinense que reconhecia o direito dele de se indignar com tudo e
todos.
Os dois foram amigos na juventude, mas adversários na web. Ele viu
Mosquito dizendo “coisas que a grande mídia não tem coragem… mídia e
política estão cada vez mais juntos no que eles querem”.
O colunista deu a entender que Mosquito cometeu suicídio como sua
última tijolada, de um jeito que deixaria os desafetos como suspeitos de
crime – crime que não aconteceu, de acordo com o perito policial Milton
Silva, autor do laudo de suicídio.
As dúvidas surgiram porque vizinhos invadiram a cena antes da chegada
da polícia, logo depois que o padre Elizandro descobriu o corpo. A
simples presença do padre na casa do ateu confesso já provocara
especulações entre os que acreditavam em assassinato.
O padre chegou lá por acaso. Um amigo comum, o blogueiro religioso
Nahor Lopes, distante 100 km, pediu para Elizandro, da paróquia do
Aririu, a dois quilômetros da Pedra Branca, para dar uma checada em
Mosquito, já quando ele não atendia mais o telefone nem emails.
Depois do susto de ver Mosquito morto o padre correu para a rua
pedindo socorro aos vizinhos. Um psicólogo e um funcionário da Brasil
Telecom que consertava fones no pedaço entraram na casa. Deram uma de
CSI. Notaram que um dos pés do morto estava no chão. Foi o psicólogo que
espalhou na vizinhança a teoria do assassinato.
Depois deles, um delegado aposentado da polícia gaúcha deu seu
pitaco: “O lençol estava amarrado como quem tem caxumba, apenas no
queixo”, portanto, seria crime. Mais: “A panturrilha esquerda dele
tocava num banquinho, se fosse suicídio teria esperneado e o
derrubaria”. Segundo a perícia, as teorias do psicólogo e do delegado
são furadas.
SEM SAÍDA
Antes de morrer, Mosquito também falou com o irmão. Ênio fez mais do
que Elaine: o convidou para voltar à casa da mãe, onde nada lhe
faltaria: “A gente tinha diferenças, mas eu o amava”, disse, com os
olhos marejados, sentindo-se culpado por não ter notado que daquela vez
era sério.
Os últimos contatos dele foram com o blogueiro Canga. Pediu emprego,
numa mensagem desesperada. Queria que o amigo encontrasse a oportunidade
entre gente que ele teria ajudado com suas tijoladas, a quem “nunca
pedira nada em troca” – enfim o blog apresentava sua fatura.
Canga não tem dúvida de que o amigo se suicidou. Levou sua opinião ao
delegado Attilio Guaspari – encarregado do inquérito e autor da
singular tese de suicídio porque o homem estava muito pesado:
“Precisamos de cinco para baixá-lo do lençol, logo, teriam que ser cinco
ou mais para pendurá-lo”.
Depois que a polícia retirou o corpo da casa dona Elaine foi lá e
queimou os arquivos do blog. “Ele era muito organizado com papéis, tinha
até o manual de uma batedeira que não existia mais”.
Num momento de ternura e fraqueza, ela balança a cabeça e tenta negar
o suicídio. Pergunta ao repórter se não teria sido possível alguém ter
forçado Mosquito a se matar mediante ameaças à filha – ela lembra que
meses atrás a menina foi seguida por um desconhecido que se dizia
fotógrafo.
Ela mesma responde “possível, mas improvável”. Elaine pareceu
levemente paranoica com a segurança da filha: “Tenho medo que alguém
queira vingar-se nela”.
Elaine não quer mais voltar na rua Maracanãs. Deu o dog Ventania para
uma amiga e botou a casa para alugar na Imobiliária Brognoli.
Amilton Alexandre foi sepultado no cemitério do Itacorubi. E ali deu a
prova definitiva de nunca ter se integrado no sistema: os amigos
tiveram que fazer uma vaquinha pelos R$ 2.600 devidos à funerária São
Joaquim.
Um videomaker gravou o enterro para um documentário. O corpo do filho
inquieto foi entregue ao infinito na mesma carneira do pacato seu
Amadeu.
A viúva e a filha jogaram flores na cova. Amigos fizeram discursos
emocionados. A última a falar foi Lelê, enfim reconciliada. Ela o
descreveu como sendo “do bem”.
E alguém fez a homenagem símbolo do personagem: jogou um tijolo no caixão.
Por Renan Antunes de Oliveira
Ilustração de Ênio Squeff /Fotos de Celso Martins e J.L.Cibils
Gantha deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Lamentável o que escreveu o jornalista Renan (tão famoso (!?), creio que não em SC... Nem o conhecia...) E, concordo tb com a Deise Brandão (e olha que ela nem era amiga, ou conhecia pessoalmente o Mosquito!: Por tanta "experiência jornalística", o caro Renan deveria saber o que é ÉTICA! E, não apenas ética profissional, mas, principalmente "ÉTICA DE VIDA"... Onde se aprende, (ou deveria), desde muito cedo, a respeitar a memória de quem não tem mais condições e ou não está mais aqui pra se defender... Nem vou entrar no mérito da questão: suicídio ou não? (Embora tenha elementos - muitos- pra crer que foi mesmo uma "emboscada", facilitada, ironicamente, pelo próprio Muska, qdo deixou "vazar" na rede e para alguns amigos o seu desencanto e a vontade de "acabar com tudo"... Deu aos inimigos a chance que tanto esperavam!)...
Quero me ater "a finalidade" desta matéria "jornalística", que levou o Sr. Renan, a "esquadrinhar" a vida do Amilton "Mosquito" Alexandre e, a publicar, unicamente (parcialmente) os supostos deslizes e fracassos do Muska e, cujo único "mérito pessoal" seria o de ter feito "um dos mais animados carnavais em seu famoso Bar Havana" (Observem os tópicos!)...
Será que se ele buscasse (e quisesse!)não encontraria, entre as fontes, ninguém que lhe informasse nada de bom, proveitoso, ético, justo, dentre os muitos feitos do Mosquito??? (Hein, cara jornalista e amiga Elaine Tavares... Caros advogados e amigos Edson Jardim e Izidoro Azevedo dos Santos (Herbert)... Caros amigos e blogueiros: Nahor Jr, Jairo viana, Celso Martins, Deise Brandão, Jorge Oliveira, Zé e Sarita, Gonzaga,Mário, Albertina Rosso e muitos outros...??? Estes sim, tinham muito o que dizer, contar da trajetória de vida do polêmico, porém "valoroso" Muska)!!!
Aproveitando-se da "fragilidade" e, talvez, inocência dos familiares e de "suas fontes"(que pelo que sei, nenhum interesse têm em desmoralizar, publicamente o Amilton Alexandre da forma como este texto o faz)... Usou informações, parciais (digo isto, por que de muitas destas passagens, eu conhecia o "outro lado", o que se passou, de fato, com o Muska, contado pelo próprio!), da vida privada dele e que nada tem a ver com sua trajetória de ativista/ATIVO, das causas ambientais, políticas, sociais...
Sei que o Mosquito teria preferido ver seus despojos materiais servindo de alimento aos urubus ou mesmo ter sido enterrado como "indigente", a saber que a tal "vaquinha", pro seu enterro... Bem como outros "auxílios prestados pelos amigos (!?)", seria divulgada publicamente e lhe custaria tão "caro" ... À sua memória e decência de um cidadão de bem que era! Que viveu, lutou e morreu defendendo a cidade que amava, (por vezes de forma "feroz demais"), mas sendo a "voz" dos que não tinham condições e ou não sabiam usá-la... Assim, como também daqueles que "não tinham a coragem" que ele teve de "dar a cara à tapa", sacrificando muito de sua vida pessoal, profissional, financeira... Contavam pra ele os fatos, não ousavam publicar, mas o incitavam a fazê-lo, muitas vezes "maldosamente"!
Acaso algumas destas suas fontes e ou "amigos, parceiros" enfrentam algum processo na justiça e ou "partilham" da condição de "réu" como Muska nos muitos processos que ele enfrentou???
Qual a finalidade e, especialmente os interesses, por trás da matéria de um jornal de Porto Alegre (!?)... (que embora eu sendo gaúcha, não conhecia...)???
E, por que foi publicado aqui, num blog em que o Mosquito contribuía, colaborava, participava, divulgava e admirava??? ESTA É PARA MIM A QUESTÃO CENTRAL... TODO O RESTO, FICOU MENOR!!!
Ah, em tempo... POR QUE NÃO FIZERAM UMA MATÉRIA DESTAS, ENQUANTO O AMILTON ALEXANDRE, "MOSQUITO", ESTAVA VIVO???
Certamente voariam "TIJOLADAS CERTEIRAS"...!!!
Velho Mamute -Jornalistico??? No minimo ANACRÔNICO. Atrasado. Tao extemporâneo que, se nao se presta a uma homenagem, deserve aa memoria do celebrado. O tal Renan rodou e rodou o mundo e perdeu nao soh o prumo como a veia jornalistica. Texto mixuruca, abastecido por um proselitismo subliminar que serviria bem a um jornaleco chapa branca editado por aqueles que o Musquito 'picou'. Nao defendo o Muska, o que disse ou a forma com que disse muitas verdades. Mas, t~ao atrasado o texto 'eh quase covarde quando opina, primeiro discretamente, depois desveladamente sobre um cara que, gostem ou nao, nunca escondeu seus propósitos. O texto de teu amigo Canguita, eh ao contrario do que o Musquito fazia, do que tu fazes e do que o Renan imaginava engabelar com pinceladas de entrevistados, um morde e assopra despropositado na linha do tempo, uma babaquice que nao traz nenhuma novidade. Portanto, desnecessario.
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Mosquito reacendendo paixões. Realmente foi um quixotesco. Sorte a nossa de termos sido contemporâneos e, conterrâneos.
O que é melhor? Um Mosquito ou cem Renans? Mas, não esqueçam, em cem Renans não encontrarão um Mosquito.
BV
Cosmonauta deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Um texto que só se consegue ler até a metade, pois todo o seu estilo é o de retratar alguém que lutou, a sua maneira, por alguma coisa sem medo do tamanho da luta como se um fosse um descontrolado que não sabe o seu lugar. Textos assim podem, tranquilamente, serem enviados ao Grupo RBS para que publique em suas mídias.
Deise Branndão deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Me desculpe Canga, mas achei de ultima publicares coisas particulares e da vida intima do Mosquito. Sempre entendi que eras UM DOS POUCOS AMIGOS dele. Perdoe agora minha asertividade: amigos nao fazem isso com amigos. Prtincipalmente MORTOS.
Jamais vou entender isso como livre expressao. Muito mais, o desejo e a iulusão de estar informando e ter mais visitantes no teu blog, usando novamente o nome a triste historia do Mosquito. Nao via o trablho dele como o prototipo do jornalista, porem foi alguem com coragem, a mesma que eu tenho e que me dissestes que eu nao deveria ter, de nao temer policiais e autoridades corruptas. Teu trabalho se limitou a copiar como eu as materias dele. Tu, muito mais do que eu. jamais peguei carona nele. Divulgava o que achava COMEDIDO. Sempre fizestes um estardalhaço no teu blog com o que ele publicava. e ainda mandavas beber na fonte, Sempre imaginei que eram parceiros. E se me permites, quando te conheci na kiblkenadia, eu disse a minha amiga: Nao confie. Com certa Canga, eu nao estava errada. É de ultima caro colega, publicares apos 87 dias da morte dele, coisas intimas e que nao interssam a ninguem. A nao ser a ti para ter mais acessos no teu blog. O mosquito nao se suicidou. E farejo gente do bem ou nao. Infelzmente mais uma decepção: estás longe de ser quem eu pensava. E embora isso nao importe para ti, importa para os blogueiros que fazem por amor seu trabalho. que exercem sua cidadania. Sei que jamais vais publicar isso, nao importa. Estou indo a floripa. E te digo pessoamente o que acabei de postar. Estou de cara Canga. E muito, mas muito decepcionada. embora jamais surpresa. Falas na julia, que tem 12 anos. Tu nao tens filhos? nao te importa com eles? ja parastes para pensar que esta menina pode ler isso? Achas direito falar no nome de uma menor, quandosabemos qwue ISSO É PROIBIDO POR LEI CANGA?
Melhor seria, ao inves de publicar esta grande porcaria, que alguem escreveu, nao sei com qual inteção, quando sabemos que NAO FOI SUICIDIO.
Canga: Cara Deise, tudo que o Renan Antunes escreveu ele apurou jornalisticamente, entrevistou as pessoas, inclusive a filha e a mãe, e colocou ali o que as pessoas disseram.
Quanto a te enganar comigo é problema teu. Quem manda criar imagens antes de conhecer as pessoas. Fui parceiro do Mosquito nos últimos tempos e um dos poucos em quem ele confiava. Nunca trai a sua confiança e sempre ajudei-o embora discordasse da forma que ele fazia as coisas. Cansei de avisar que estava fechando todas as portas. Mas ele era grande e vacinado para optar por esse caminho. Eu e mais alguns amigos como o Jorge, o Zé, o Edison Jardim e outros estivemos junto dele até o final. Éramos as únicas pessoas em quem ele podia confiar e se apoiar. Sou ponta firme com todos e não só com o Muska, mas sem essa de clubinho de blogueiros. Sou independente, inclusive dessa raça. Respeito a tua opinião mas estas enganada quando dizes que me resumo a copiar as matérias dele. Jogávamos como um time, um levantava e o outro rebatia. Todas as denúncias que publicamos tivemos acesso prévio os dois. Ninguém publicava nada sem antes mostrar para o outro. Não disputávamos furo. O nosso interesse era detonar essa brugada.
Sobre eu acreditar que foi suicídio é porque todos os antecedentes que eu tinha, dezenas de e-mails, conversas, os três dias que ficou na casa do Zé, no Mariscal, quando disse que estava há dias sem dormir porque não conseguia tirar a idéia de suicídio da cabeça, me levam a acreditar nisso.
Se tens indícios de que ele foi assassinado coloque na mesa. De teorias de conspiração a minha caixa de e-mails está atrolhada. Tem gente que me disse que ele foi assassinado pelo Mossad!
Quanto a sua intenção de me dizer isso tudo que escrevestes aí acima pessoalmente, me poupe. De chatice estou até os tubos.
Luiz Fonseca deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": O Mosquito é uma daquelas presonagens trágicas que conhecemos na vida, e sua história foi muito bem contada, com sensibilidade e respeito, por Renan Antunes que, mais uma vez, comprova que é um excelente repórter.
Luiz Fonseca
J.L.Cibils deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Amigo Canga, segue uma correção:
Quem lhe escreve é o Fotojornalista “J.L.Cibils”, que quem realmente fotografou o nobre Amigo Muska no hospital Florianópolis quando ele teve uma crise hipertensiva, outra dele quando da denuncia da famosa “Arvore de Natal” é de minha autoria tambem, ñ tem problema algum utilizar arquivos fotograficos que mostram meu Amigo Muska, mas peço o favor de fazer a correção no quesito “credito fotografico”,observação justa, a fotografia do enterro do Amigo Muska realmente é de outro grande Amigo, o Celso Martins, mas no restante são minhas.
Conheci o Muska durante uma campanha politica e dali em diante ficamos Amigos, de lá para cá, vinha fotografando suas “peripécias” pelo mundo mundano da politicalha Catarinense.
Qualquer duvida, procure no Google:J.L.Cibils
Peço que repasse este recado ao autor do texto, creio que ele não soube de que realmente pertencia as imagens contidas no texto dele.
Obrigado
Gantha deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Lamentável o que escreveu o jornalista Renan (tão famoso (!?), creio que não em SC... Nem o conhecia...) E, concordo tb com a Deise Brandão (e olha que ela nem era amiga, ou conhecia pessoalmente o Mosquito!: Por tanta "experiência jornalística", o caro Renan deveria saber o que é ÉTICA! E, não apenas ética profissional, mas, principalmente "ÉTICA DE VIDA"... Onde se aprende, (ou deveria), desde muito cedo, a respeitar a memória de quem não tem mais condições e ou não está mais aqui pra se defender... Nem vou entrar no mérito da questão: suicídio ou não? (Embora tenha elementos - muitos- pra crer que foi mesmo uma "emboscada", facilitada, ironicamente, pelo próprio Muska, qdo deixou "vazar" na rede e para alguns amigos o seu desencanto e a vontade de "acabar com tudo"... Deu aos inimigos a chance que tanto esperavam!)...
Quero me ater "a finalidade" desta matéria "jornalística", que levou o Sr. Renan, a "esquadrinhar" a vida do Amilton "Mosquito" Alexandre e, a publicar, unicamente (parcialmente) os supostos deslizes e fracassos do Muska e, cujo único "mérito pessoal" seria o de ter feito "um dos mais animados carnavais em seu famoso Bar Havana" (Observem os tópicos!)...
Será que se ele buscasse (e quisesse!)não encontraria, entre as fontes, ninguém que lhe informasse nada de bom, proveitoso, ético, justo, dentre os muitos feitos do Mosquito??? (Hein, cara jornalista e amiga Elaine Tavares... Caros advogados e amigos Edson Jardim e Izidoro Azevedo dos Santos (Herbert)... Caros amigos e blogueiros: Nahor Jr, Jairo viana, Celso Martins, Deise Brandão, Jorge Oliveira, Zé e Sarita, Gonzaga,Mário, Albertina Rosso e muitos outros...??? Estes sim, tinham muito o que dizer, contar da trajetória de vida do polêmico, porém "valoroso" Muska)!!!
Aproveitando-se da "fragilidade" e, talvez, inocência dos familiares e de "suas fontes"(que pelo que sei, nenhum interesse têm em desmoralizar, publicamente o Amilton Alexandre da forma como este texto o faz)... Usou informações, parciais (digo isto, por que de muitas destas passagens, eu conhecia o "outro lado", o que se passou, de fato, com o Muska, contado pelo próprio!), da vida privada dele e que nada tem a ver com sua trajetória de ativista/ATIVO, das causas ambientais, políticas, sociais...
Sei que o Mosquito teria preferido ver seus despojos materiais servindo de alimento aos urubus ou mesmo ter sido enterrado como "indigente", a saber que a tal "vaquinha", pro seu enterro... Bem como outros "auxílios prestados pelos amigos (!?)", seria divulgada publicamente e lhe custaria tão "caro" ... À sua memória e decência de um cidadão de bem que era! Que viveu, lutou e morreu defendendo a cidade que amava, (por vezes de forma "feroz demais"), mas sendo a "voz" dos que não tinham condições e ou não sabiam usá-la... Assim, como também daqueles que "não tinham a coragem" que ele teve de "dar a cara à tapa", sacrificando muito de sua vida pessoal, profissional, financeira... Contavam pra ele os fatos, não ousavam publicar, mas o incitavam a fazê-lo, muitas vezes "maldosamente"!
Acaso algumas destas suas fontes e ou "amigos, parceiros" enfrentam algum processo na justiça e ou "partilham" da condição de "réu" como Muska nos muitos processos que ele enfrentou???
Qual a finalidade e, especialmente os interesses, por trás da matéria de um jornal de Porto Alegre (!?)... (que embora eu sendo gaúcha, não conhecia...)???
E, por que foi publicado aqui, num blog em que o Mosquito contribuía, colaborava, participava, divulgava e admirava??? ESTA É PARA MIM A QUESTÃO CENTRAL... TODO O RESTO, FICOU MENOR!!!
Ah, em tempo... POR QUE NÃO FIZERAM UMA MATÉRIA DESTAS, ENQUANTO O AMILTON ALEXANDRE, "MOSQUITO", ESTAVA VIVO???
Certamente voariam "TIJOLADAS CERTEIRAS"...!!!
Velho Mamute -Jornalistico??? No minimo ANACRÔNICO. Atrasado. Tao extemporâneo que, se nao se presta a uma homenagem, deserve aa memoria do celebrado. O tal Renan rodou e rodou o mundo e perdeu nao soh o prumo como a veia jornalistica. Texto mixuruca, abastecido por um proselitismo subliminar que serviria bem a um jornaleco chapa branca editado por aqueles que o Musquito 'picou'. Nao defendo o Muska, o que disse ou a forma com que disse muitas verdades. Mas, t~ao atrasado o texto 'eh quase covarde quando opina, primeiro discretamente, depois desveladamente sobre um cara que, gostem ou nao, nunca escondeu seus propósitos. O texto de teu amigo Canguita, eh ao contrario do que o Musquito fazia, do que tu fazes e do que o Renan imaginava engabelar com pinceladas de entrevistados, um morde e assopra despropositado na linha do tempo, uma babaquice que nao traz nenhuma novidade. Portanto, desnecessario.
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Mosquito reacendendo paixões. Realmente foi um quixotesco. Sorte a nossa de termos sido contemporâneos e, conterrâneos.
O que é melhor? Um Mosquito ou cem Renans? Mas, não esqueçam, em cem Renans não encontrarão um Mosquito.
BV
Cosmonauta deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Um texto que só se consegue ler até a metade, pois todo o seu estilo é o de retratar alguém que lutou, a sua maneira, por alguma coisa sem medo do tamanho da luta como se um fosse um descontrolado que não sabe o seu lugar. Textos assim podem, tranquilamente, serem enviados ao Grupo RBS para que publique em suas mídias.
Deise Branndão deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Me desculpe Canga, mas achei de ultima publicares coisas particulares e da vida intima do Mosquito. Sempre entendi que eras UM DOS POUCOS AMIGOS dele. Perdoe agora minha asertividade: amigos nao fazem isso com amigos. Prtincipalmente MORTOS.
Jamais vou entender isso como livre expressao. Muito mais, o desejo e a iulusão de estar informando e ter mais visitantes no teu blog, usando novamente o nome a triste historia do Mosquito. Nao via o trablho dele como o prototipo do jornalista, porem foi alguem com coragem, a mesma que eu tenho e que me dissestes que eu nao deveria ter, de nao temer policiais e autoridades corruptas. Teu trabalho se limitou a copiar como eu as materias dele. Tu, muito mais do que eu. jamais peguei carona nele. Divulgava o que achava COMEDIDO. Sempre fizestes um estardalhaço no teu blog com o que ele publicava. e ainda mandavas beber na fonte, Sempre imaginei que eram parceiros. E se me permites, quando te conheci na kiblkenadia, eu disse a minha amiga: Nao confie. Com certa Canga, eu nao estava errada. É de ultima caro colega, publicares apos 87 dias da morte dele, coisas intimas e que nao interssam a ninguem. A nao ser a ti para ter mais acessos no teu blog. O mosquito nao se suicidou. E farejo gente do bem ou nao. Infelzmente mais uma decepção: estás longe de ser quem eu pensava. E embora isso nao importe para ti, importa para os blogueiros que fazem por amor seu trabalho. que exercem sua cidadania. Sei que jamais vais publicar isso, nao importa. Estou indo a floripa. E te digo pessoamente o que acabei de postar. Estou de cara Canga. E muito, mas muito decepcionada. embora jamais surpresa. Falas na julia, que tem 12 anos. Tu nao tens filhos? nao te importa com eles? ja parastes para pensar que esta menina pode ler isso? Achas direito falar no nome de uma menor, quandosabemos qwue ISSO É PROIBIDO POR LEI CANGA?
Melhor seria, ao inves de publicar esta grande porcaria, que alguem escreveu, nao sei com qual inteção, quando sabemos que NAO FOI SUICIDIO.
Canga: Cara Deise, tudo que o Renan Antunes escreveu ele apurou jornalisticamente, entrevistou as pessoas, inclusive a filha e a mãe, e colocou ali o que as pessoas disseram.
Quanto a te enganar comigo é problema teu. Quem manda criar imagens antes de conhecer as pessoas. Fui parceiro do Mosquito nos últimos tempos e um dos poucos em quem ele confiava. Nunca trai a sua confiança e sempre ajudei-o embora discordasse da forma que ele fazia as coisas. Cansei de avisar que estava fechando todas as portas. Mas ele era grande e vacinado para optar por esse caminho. Eu e mais alguns amigos como o Jorge, o Zé, o Edison Jardim e outros estivemos junto dele até o final. Éramos as únicas pessoas em quem ele podia confiar e se apoiar. Sou ponta firme com todos e não só com o Muska, mas sem essa de clubinho de blogueiros. Sou independente, inclusive dessa raça. Respeito a tua opinião mas estas enganada quando dizes que me resumo a copiar as matérias dele. Jogávamos como um time, um levantava e o outro rebatia. Todas as denúncias que publicamos tivemos acesso prévio os dois. Ninguém publicava nada sem antes mostrar para o outro. Não disputávamos furo. O nosso interesse era detonar essa brugada.
Sobre eu acreditar que foi suicídio é porque todos os antecedentes que eu tinha, dezenas de e-mails, conversas, os três dias que ficou na casa do Zé, no Mariscal, quando disse que estava há dias sem dormir porque não conseguia tirar a idéia de suicídio da cabeça, me levam a acreditar nisso.
Se tens indícios de que ele foi assassinado coloque na mesa. De teorias de conspiração a minha caixa de e-mails está atrolhada. Tem gente que me disse que ele foi assassinado pelo Mossad!
Quanto a sua intenção de me dizer isso tudo que escrevestes aí acima pessoalmente, me poupe. De chatice estou até os tubos.
Luiz Fonseca deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": O Mosquito é uma daquelas presonagens trágicas que conhecemos na vida, e sua história foi muito bem contada, com sensibilidade e respeito, por Renan Antunes que, mais uma vez, comprova que é um excelente repórter.
Luiz Fonseca
J.L.Cibils deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TIJOLADAS DO MOSQUITO": Amigo Canga, segue uma correção:
Quem lhe escreve é o Fotojornalista “J.L.Cibils”, que quem realmente fotografou o nobre Amigo Muska no hospital Florianópolis quando ele teve uma crise hipertensiva, outra dele quando da denuncia da famosa “Arvore de Natal” é de minha autoria tambem, ñ tem problema algum utilizar arquivos fotograficos que mostram meu Amigo Muska, mas peço o favor de fazer a correção no quesito “credito fotografico”,observação justa, a fotografia do enterro do Amigo Muska realmente é de outro grande Amigo, o Celso Martins, mas no restante são minhas.
Conheci o Muska durante uma campanha politica e dali em diante ficamos Amigos, de lá para cá, vinha fotografando suas “peripécias” pelo mundo mundano da politicalha Catarinense.
Qualquer duvida, procure no Google:J.L.Cibils
Peço que repasse este recado ao autor do texto, creio que ele não soube de que realmente pertencia as imagens contidas no texto dele.
Obrigado
Acho que nunca mais vamos conhecer alguém tão maravilhosamente louco como o Muska !!
ResponderExcluirUm texto que só se consegue ler até a metade, pois todo o seu estilo é o de retratar alguém que lutou, a sua maneira, por alguma coisa sem medo do tamanho da luta como se um fosse um descontrolado que não sabe o seu lugar. Textos assim podem, tranquilamente, serem enviados ao Grupo RBS para que publique em suas mídias.
ResponderExcluirMosquito reacendendo paixões. Realmente foi um quixotesco. Sorte a nossa de termos sido contemporâneos e, conterrâneos.
ResponderExcluirO que é melhor? Um Mosquito ou cem Renans? Mas, não esqueçam, em cem Renans não encontrarão um Mosquito.
BV
Não conheço a Deise, mas concordo com ela em relação ao texto do Renan, achei de muito mal gosto. Devemos preservar o que de melhor o Mosquito significou.
ResponderExcluirParabéns canga!! A isenção desta abordagem reforça o seu crédito junto aos leitores. Cumprimentos também aos autores da matéria.
ResponderExcluirBoa tarde Canga,
ResponderExcluirO mosquito, nunca o vi de perto; apenas acompanhava o blog dele, o qual achava massa pra caramba.
Eu ficava impressionado como um cara tinha a coragem de botar lenha em fogueiras de pessoas fortemente armadas (politicamente, judiciariamente.... dinheiramente.. hehe).
Lendo este texto aí, deu para ter uma ideia de como era o Mosquito... achei bacana que tu publicou, mesmo que o texto as vezes mostre uma imagem que o pessoal não tá acostumado, do mosquito... achei q isso mostra imparcialidade tua... até mesmo porque sempre o vi defendendo o mosquito.
O mosquito me lembra um pouco o Nietsche... incompreendido, batendo contra valores (desvalores) estabelecidos....
O problema é que qdo se bate no sistema, o sistema se volta contra você... isso já aconteceu comigo... já bati no sistema, apontei problemas e o sistema fez o que ?? ajeitou o problema, botou uma maquiagem no problema... o problema deixou de existir...
Naqueles socos q dei no sistema vi q o sistema ainda se aproveita dos socos, para ajeitar a podridão e ficar mais bonitinho aos olhos dos q não dão soco e não sabiam o que tinha antes do soco.
Foi o q aconteceu com o mosquito, o sistema se voltou contra ele... acabou ficando sem grana, os amigos se distanciaram....
Poxa, uma pena que o cara tenha se matado (ou mataram ele)... foi-se uma voz e tanto... embora a voz/blog, estavam calando-na, dia a dia...
É difícil manter força e serenidade quando se vê tantas "m" nos órgãos públicos... confesso que já me caiu a vontade de dar socos... muitas vezes são socos em ponta de faca... a luta contra o sistema desanima.... sem contar q muitos são engolidos pelo sistema, fazendo parte e tirando seus lucros com isso. Isto sem falar nos momentos em que estar ao lado do sistema te beneficia... e aí tu fica do lado do sistema.... é algo muito complicado...
Abraço canga... continue a saga do mosquito... botando lenha na fogueira... e, paliativamente alguma coisa muda.
O Mosquito, de tão irreverente, impetuoso e crítico, tornou-se uma das figuras mais sensacionais de Florianópolis nas últimas três décadas. Chega a ser folclórico. Caso não fosse contemporâneo a ele, acreditaria tratar-se de uma lenda. Pelo menos uma vez por semana, dava uma conferida no blog. O blogueiro sempre teve a coragem de dizer aquilo que todo mundo pensa, mas sem o atrevimento de expressar publicamente. E com muita criatividade. Ele é parte da alma da cidade, o patrono dos blogueiros de Florianópolis. Amilton, esteja em paz!
ResponderExcluirCaro Canga, a intenção de fazer uma homenagem para o nosso
ResponderExcluirinsubstituível Muscka, foi boa, mas tenho que concordar
com a Deise,houve muito exagero e que a ética deve ser respeitada em todas as profissões.
Fazia tempo que o teu Blog, não tinha uma notícia interessante.
Ah, permitam-me trazer um trecho, muito "elucidativo" e "respeitoso" sobre o Mosquito, da publicação do caro Celso Martins, disponível em: http://sambaquinarede.blogspot.com.br/search?q=mosquito
ResponderExcluirE QUEM FOI O MOSQUITO???
"... E quem foi o Mosquito? Bem, o Mosquito esteve envolvido nos protestos contra o ditador João Batista Figueiredo em novembro de 1979, tendo sido preso e processado com base na Lei de Segurança Nacional, junto com outros seis estudantes. E que uma vez restabelecida a democracia no Brasil, acabou sendo processado por danos morais etc. E quem o processou? Aqueles que estavam até bem pouco tempo na mesma trincheira. Mas como? É isso mesmo! Será essa a reação da posteridade às tentativas de fazer calar o boca-grande e linguarudo. Nesse caso o Mosquito será a vítima e os antigos combatentes pela democracia, os algozes. Pensem nisso. E reflitam um pouco nas colocações do grande Ulysses Guimarães reproduzidas abaixo...
ADVERTÊNCIAS DO PASSADO
"A história do Brasil contemporâneo é uma crônica de autoritarismo, ineficácia governamental, de exclusão e injustiça sociais insuportáveis. Mas é, também, o despertar de um povo, em meio a enganos e decepções, para uma exigência de cidadania, de igualdade e de justiça". (Programa do PMDB)
A liberdade de expressão,
segundo Ulysses Guimarães
"O poder absoluto, erigido em infalível pela censura, corrompe e fracassa absolutamente."
"A liberdade de expressão é apanágio da condição humana e socorre as demais liberdades ameaçadas, feridas ou banidas. É a rainha das liberdades, disse Rui Barbosa."
"A grande força da democracia é confessar-se falível de imperfeição e impureza, o que não acontece com os sistemas totalitários, que se autopromovem em perfeitos e oniscientes para que sejam irresponsáveis e onipotentes."
"A verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada."
"A verdade não tem proprietário exclusivo e infalível." (22.9.1973)
"A censura é a inimiga feroz da verdade. É o horror à inteligência, à pesquisa, ao debate, ao diálogo. Decreta a revogação do dogma da falibilidade humana e proclama os proprietários da verdade." (18.7.1967)
RELAÇÃO DOS PROCESSOS CONTRA O BLOGUEIRO MOSQUITO:
023.09.028726-9
26.3.2009
Ação Ordinária
2ª Vara Cível
Réu : Amilton Alexandre e Ademir dos Santos (funcionário da Fundação Frankin Cascaes)
023.09.006224-0
21.1.2009
Ação Penal 3ª Vara Crime e Juizado Violência contra a Mulher
Crimes contra a Honra
Réu : Amilton Alexandre
023.09.006222-4
21.1.2009
Indenização por Danos Morais
1ª Vara Cível
Réu : Amilton Alexandre
023.08.078148-1
9.12.2008
Ação Penal Crimes contra a Honra
2ª Vara Criminal
Represdo: Amilton Alexandre
023.08.077179-6
3.12.2008
Ação Penal Crimes contra a Honra
Juizado Especial Criminal
Réu : Amilton Alexandre
023.08.077256-3
2.12.2008
Ação Penal Crimes contra a Honra
Juizado Especial Criminal
Réu : Amilton Alexandre
023.08.077463-9
1.12.2008
Ação Penal Crimes contra a Honra
1ª Vara Criminal
Represado: Amilton Alexandre
023.08.072075-0
4.11.2008
Indenização por Danos Morais
5ª Vara Cível
Réu : Amilton Alexandre
023.08.072067-9
4.11.2008
Representação Criminal
1ª Vara Criminal
Represado: Amilton Alexandre
023.08.070543-2
27.10.2008
Cominatória
3ª Vara Cível
Réu: Amilton Alexandre
023.08.069446-5
17.10.2008
Indenização por Danos Morais
2ª Vara Cível
Réu: Amilton Alexandre
POSTADO POR CELSO MARTINS ÀS 11:07 4 COMENTÁRIOS LINKS PARA ESTA POSTAGEM
18/12/2008
Mosquito mostra que não se cala...
ResponderExcluir"RESPOSTA AO SUPLENTE DE DEPUTADO (SEM VOTO) E FUNCIONÁRIO DO GOVERNADOR LUIZ HENRIQUE
ANDRINO - SE SOU LOUCO VOCÊ É MENTIROSO E CARA DE PAU !
Andrino você não vale nada. É lixo, deputado sem voto.
Você é um covarde. Não teve coragem de assumir candidato no 2º turno nas eleições municipais. Deixou teus eleitores na mão.
Ficou encima do muro. Tentasse enfiar teu filho numa aliança com a Angela Albino. Te achas muito esperto.
Queres tirar meu blog do ar? Não vais conseguir. Depois de velho virasse censor. Cara de pau!
Sabes que não tenho o dnheiro para te dar. Ai fechas o blog. Tás que nem o Sarney do teu partido, perseguindo jornalistas e blogueiros no Amapá.
Andrino estás a serviço do teu governador que pode ser cassado a qualquer momento. Teu PMDB está envolvido em corrupção até o pescoço. Tua turma tem centenas de ações no MP, TCU, TSE etc.
Pilantra, queres fazer caridade com chapéu alheio. Além de tudo é burro. Não pode fazer proposta de doação de salário de funcionário para qualquer coisa. Por que não tira donativo do seu gordo salário de suplente.
Só vi no teu site na ALESC esse gesto de bom samaritano.
Nunca te chamei de ladrão. Agora picareta tu és mesmo.
Na coluna do Paulo Alceu é que li que querias uma boquinha no Tribunal de Contas. Processaste ele?
Andrino, sempre botasse gente para trabalhar para ti. És um malandro. Fazes política para ganhar dinheiro.
Ainda vou saber se é verdade que botasse rede elétrica em tua fazenda em Bom Retiro com dinheiro do Programa Luz para Todos.
Só queres vento a favor. Não posso agora falar que você foi omisso nas eleições? A cidade inteira sabe disso e não foi a primeira vez. Na outra eleição fugisse para Buenos Aires.
Mentiroso - Não recebi nenhum recado via amigos em comum para 'maneirar' no blog. Queres o que? Só elogio? Meus não terás.
Andrino. Eu vou resistir !
Uma pergunta? Quanto te custou botar um oficial de justiça me seguindo pela cidade?
Amilton Alexandre Mosquito".
PS - A publicação do desabafo de Amilton Alexandre, onde são levantadas algumas suspeitas sem provas, não significa o endosso da manifestação. Ao contrário. O faço tão somente no sentido de estimular o debate sobre liberdade de expressão e censura, expedientes cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Voltarei a esse tema, mas antecipo um artigo de Edilsom Farias, intitulado "Democracia, censura e liberdade de expressão e informação na Constituição Federal de 1988".
ResponderExcluirO autor é doutorando em Direito Constitucional pela UFSC, professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e Promotor de Justiça.
Diz: "Destarte, conquanto a Constituição Federal em vigor proíba qualquer forma de censura, o cidadão e especialmente os veículos de comunicação social, no exercício da liberdade de expressão e informação, não devem olvidar os direitos dos outros cidadãos ou ainda os direitos da coletividade, sob pena de ocorrer abuso da liberdade de expressão e informação".
POSTADO POR CELSO MARTINS ÀS 13:01 0 COMENTÁRIOS LINKS PARA ESTA POSTAGEM
17/12/2008
Deixa o Mosquito falar deputado!
Amilton Alexandre, titular do blog Tijoladas do Mosquito, está sendo calado aos poucos. Ontem à noite mais um passo foi dado: citado e intimado judicialmente, foi obrigado a retirar de seu blog três postagens consideradas ofensivas pelo deputado estadual Edson Andrino (PMDB). Posso até não concordar com o linguajar adotado pelo blogueiro, mas acho que ele tem o todo o direito de se expressar.
Ao pedir R$ 25 mil de indenização o deputado Andrino estaleceu o preço de seu patrimônio moral. Sinceramente eu achava que esse patrimônio tinha mais valor, bem maior que o de um carro popular. O parlamentar que se destacou na luta pela redemocratização e teve a coragem de ir à tribuna da Câmara Municipal denunciar as prisões da Operação Barriga Verde em 1975, jogou pelo ralo a sua história. E com ele o patrimônio heróico do antigo MDB, o da resistência democrática, o da denúncia da ditadura.
É uma pena que um homem público do quilate do Andrino se evapore dessa maneira. Talvez ele esteja mesmo querendo trocar o papel de político e homem público pelo de empresário do ramo hoteleiro. Nesse caso, nenhuma utilidade terá o seu patrimônio moral. Talvez por isso mesmo ele o esteja descartando.
POSTADO POR CELSO MARTINS ÀS 07:49 - 22/04/2009.
Excelente texto. Interessante como me identifico com a personalidade desse sujeito. quem sou eu para julg'a-lo. Penso que deixou uma licao de como nao devemos ir ao extremo das coisas...nem todos conseguem se vergar como o bambu...
ResponderExcluir