Por Marcos Bayer
A lembrança de um conto, O Moleiro de Sans Souci, pelo cidadão Jaison Barreto, mostra a falta de caráter dos dirigentes brasileiros, em todos os poderes, nos três níveis de atuação. Salvo as raras exceções, há uma conivência articulada e fecunda entre os seus controladores.
O conceito de vida moderna, na visão de vários e mal formados babacas, já não se interessa pela integridade do homem. Mas, ao contrário, pelos resultados práticos, especialmente quando financeiros. Uma leva de inconsistentes, quase sempre vendidos por qualquer vintém, ajuda a legitimar o assalto permanente aos cofres públicos, em suas crônicas diárias, tão pobres no conteúdo quanto na perspicácia da percepção do ato político.
O Brasil é um país atrasado não só pela sua capacidade de produção. É, sobretudo, pela falta de formação escolar, de educação doméstica e pela ausência de exercício social. Quem já andou por sociedades mais educadas, entende o argumento.
O brasileiro vive entre a vibração das partidas de futebol, das festas de carnaval e do circo governamental. São trocas permanentes de honrarias, medalhas, favores e aplausos.
De repente, por um conjunto de fatores, ocorre uma explosão de consumo paralela à extorsão dos juros bancários e todos comemoram a entrada do país no clube dos ricos.
Pensam que a aquisição de geladeiras, fornos de micro ondas e garrafas de coca-cola pode formar cidadãos. Professores em todo o país, mal ganham para dar de comer às suas famílias.
Claro que o acesso aos confortos da tecnologia, alimentação, habitação, saúde e transporte são necessários e imprescindíveis. Mas, a educação e a crença na lisura das instituições são pilares da construção de qualquer sociedade íntegra.
Quando o moleiro do conto referido diz: Ainda existem juízes em Berlim, ele expressa a grandiosidade humana, a noção de igualdade civil e sensação de segurança jurídica.
O gesto do senador Jaison Barreto tem uma amplitude política tão grande, que neste mar de mediocridade, quase não foi noticiado.
Coitado do povo que não pode dizer: Ainda temos juízes no Brasil.
A lembrança de um conto, O Moleiro de Sans Souci, pelo cidadão Jaison Barreto, mostra a falta de caráter dos dirigentes brasileiros, em todos os poderes, nos três níveis de atuação. Salvo as raras exceções, há uma conivência articulada e fecunda entre os seus controladores.
O conceito de vida moderna, na visão de vários e mal formados babacas, já não se interessa pela integridade do homem. Mas, ao contrário, pelos resultados práticos, especialmente quando financeiros. Uma leva de inconsistentes, quase sempre vendidos por qualquer vintém, ajuda a legitimar o assalto permanente aos cofres públicos, em suas crônicas diárias, tão pobres no conteúdo quanto na perspicácia da percepção do ato político.
O Brasil é um país atrasado não só pela sua capacidade de produção. É, sobretudo, pela falta de formação escolar, de educação doméstica e pela ausência de exercício social. Quem já andou por sociedades mais educadas, entende o argumento.
O brasileiro vive entre a vibração das partidas de futebol, das festas de carnaval e do circo governamental. São trocas permanentes de honrarias, medalhas, favores e aplausos.
De repente, por um conjunto de fatores, ocorre uma explosão de consumo paralela à extorsão dos juros bancários e todos comemoram a entrada do país no clube dos ricos.
Pensam que a aquisição de geladeiras, fornos de micro ondas e garrafas de coca-cola pode formar cidadãos. Professores em todo o país, mal ganham para dar de comer às suas famílias.
Claro que o acesso aos confortos da tecnologia, alimentação, habitação, saúde e transporte são necessários e imprescindíveis. Mas, a educação e a crença na lisura das instituições são pilares da construção de qualquer sociedade íntegra.
Quando o moleiro do conto referido diz: Ainda existem juízes em Berlim, ele expressa a grandiosidade humana, a noção de igualdade civil e sensação de segurança jurídica.
O gesto do senador Jaison Barreto tem uma amplitude política tão grande, que neste mar de mediocridade, quase não foi noticiado.
Coitado do povo que não pode dizer: Ainda temos juízes no Brasil.
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