quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Boca no trombone

    Caro Jornalista,

    Sou leitor do Canga Blog, de outras colunas políticas e sociais, outros blogs e jornais. Acompanho com espanto e tristeza a corrupção instalada em todas as atividades humanas. Parece ser uma forma de sobrevivência na modernidade. Aqui na Capital, ela cresce e engorda como nunca. A CELESC e sua parceira MONREAL fazem sumir R$ 51 milhões de reais, a dirigente da COHAB contrata advogados por R$ 50 mil, uma gorjeta, se comparada à primeira operação. Temos o Diário Oficial digital que não interage com os usuários, pois é estático e fotografado. O ex titular da Fazenda Pública, que anunciou economia de R$ 1bilhão em 120 dias, empregou a filha na ALESC por R$ 11 mil, falou das maravilhas do capitalismo norte americano, detonou o assistencialismo europeu, deu uma esculachada nos grupelhos locais, falou da “bocada” que dão na coisa pública, foi embora e esqueceu a moça por aqui. Ou emprega a filha ou cala boca. Elementar. A ALESC criou finalmente seu Itamaraty e parece que abrirá embaixada em Beijing. Algumas construtoras avançam sobre os contratos públicos e, agora, querem o mar. E outras denúncias diárias com o acobertamento das tradicionais redes de comunicação, seus colunistas e muito mais.

    Este clima de podridão, roubo e cara de pau está tão espalhado pela sociedade, que bastou um deputado federal catarinense dizer que uma agencia reguladora nacional estava advogando em favor de empresa privada, para que sua afirmação virasse notícia e ele manchete.

 
    O gesto de Esperidião Amin em relação às não-obras de contorno da região da Grande Florianópolis, na BR 101, servem para mostrar aos contribuintes e eleitores, independentemente de simpatias pessoais, filiações partidárias, interesse político, apatia, desinteresse ou revanches pessoais, todas elas compreensíveis, quão submetidos estamos aos poderes constituídos.


     Ele apenas disse que a agência pública estava advogando em favor da empresa privada. E nada mais. Imagine se ele resolve falar o que sabe sobre o atual consórcio político que vem governando SC desde 2003.

Pedro Pontes, contribuinte e eleitor.


Carlos deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Boca no trombone": Confesso que não entendo muito bem esse negócio de chamar os Amin de "oligarquia". Segundo o Aurélio, oligarquia é:
1.Governo de poucas pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família.
2.Fig. Preponderância duma facção ou dum grupo na direção dos negócios públicos.
Que eu saiba, o Esperidião é um deputado federal com uma linha política bem definida, algo tipo centro-direita, a Ângela, que no momento é só uma servidora pública, foi uma prefeita muito bem avaliada e não se enturmava muito com o pessoal do partido, enquanto que o João é o iniciante da família, um pouco fraco, ainda, mas, como vereador, está acima da média dos demais integrantes da Câmara.Acho que acusá-los de formar uma oligarquia política é querer forçar a barra e desqualificar quem vem fazendo um bom trabalho de oposição. 

Um comentário:

  1. Muito bom o texto, só faltou falar que ele não mete a boca /no Trombone/ porque sua família é uma Oligarquia de 3 amins políticos que não largam a teta. Elementar, pai, filho e mãe na política, e se vir de novo, ganha trolha...

    PMDB domina tudo, acho que o único que ainda presta é o Colombo. Palmas pro careca nesse caso.

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