sábado, 7 de janeiro de 2012

As faixas de acesso do Elevado Carl Hoepcke

    Por Conrado Vardanega
 
    Gostei do resultado do Elevado Carl Hoepcke, aquele que tem jornal que insiste em chamar de “Rita Maria”. Minhas ponderações vão para as faixas que dão acesso ao elevado.

    Qual o propósito do elevado? Por que ele foi construído? Vejamos o que diz essa notícia do site da Prefeitura Municipal de Florianópolis, datada de 23/09/2011:

“A obra, orçada em R$ 8 milhões, vai melhorar o trânsito para quem sai da ponte Colombo Salles e pega a Avenida Beira Mar Norte.”
    A notícia só errou no nome da ponte. A ponte Colombo Salles dá acesso ao continente, e não à ilha.

    Outra notícia, agora da Guarda Municipal (ainda no site da Prefeitura), nos traz:
“O novo elevado ajudará um fluxo de 75 mil veículos diários que saem da ponte Pedro Ivo Campos em direção à Beira-Mar Norte evitando, assim, dois semáforos.”

     O propósito é claro: melhorar o acesso à Ilha. Tanto que se aborda repetidamente que beneficiará quem chega pela Ponte Pedro Ivo. Afinal, toda manhã a saída da ponte Pedro Ivo está congestionada no caminho à Beira-mar e ao Centro.
    Já o Elevado Dias Velho, no sentido Sul da Ilha – Beira-Mar (sabia que ele tinha esse nome?), tem pouquíssimo movimento, tanto que o acesso está praticamente sempre livre.

ENTRETANTO, justamente a via que tem pouco fluxo é a que tem duas faixas exclusivas que acessam o Elevado Carl Hoepcke!

    A via de maior fluxo, que é a saída da Ponte Pedro Ivo, não possui sequer UMA faixa de acesso direto à ponte!

    Embora eu seja um péssimo desenhista, fiz um esboço até bem razoável de como são e como penso que deveriam ser as faixas de acesso ao Elevado Carl Hoepcke:















 Clica na imagem que amplia

     
Mas Conrado, qual é o problema em mudar de faixa?

    Primeiramente é o sentido. Não faz sentido. Veja o que ocorre: os motoristas se perderam, a prefeitura teve que colocar várias placas para informar que quem quer ir para a Beira-mar deve pegar as faixas da esquerda. Pintaram indicações numeradas nas faixas.

     Ora, não é ergonômico. Os maiores usuários se perdem. Se tem que explicar tanto, está errado. Não é um iPad, que uma criança de 4 anos usa, é um MS-DOS, que ninguém começa a usar sem que alguém lhe explique o que fazer.

     Além disso tudo, a mudança de faixa é uma manobra, por si só, perigosa. Requer atenção e cuidado para ser executada. A cartilha de direção defensiva do Detran/PE nos traz uma informação pouco observada:

“As seis colunas de sustentação do teto do veículo encobrem a  visão do motorista, quando ele vai realizar algumas manobras,  diminuindo seus campo de visão (sic), como por exemplo: a  mudança de faixa na via.”

     Ao pequeno risco de acidente que decorre da mudança de faixa acrescente um tempero: dezenas de carros fazendo isso simultaneamente, no curto espaço que há para mudar para as faixas que acessam o novo elevado.

    Agora acrescente os motoqueiros, que loucamente mudam de faixa primeiro e aceleram para ultrapassar os veículo, antes que estes consigam fazer sua mudança de faixa. Falei algo que você nunca viu?

     Conclusões. Eu proponho duas faixas direto, como na imagem acima, para que atenda o propósito de desafogar o maior gargalo atual. Se for muito ter duas faixas diretas, deixando a mudança de faixa à quem vem do Elevado Dias Velho (vindo do Sul), que seja pelo menos uma faixa para cada um, então.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "As faixas de acesso do Elevado Carl Hoepcke": Nossos comentários não servem para nada, envenenam nossos próprios fígados, geram perseguição. A sociedade está alienada e doente mental. O Estado e sua rede de asseclas faz o que quer. Podemos morrer escrevendo, dizendo como deve ser o certo. A inspiração para as cidades chama-se CIUDADE DEL ESTE, e para as administrações: "ALAGOAS". Estes são os parâmetros.

Juca Natalho deixou um novo comentário sobre a sua postagem "As faixas de acesso do Elevado Carl Hoepcke": Pois digo que o elevado ainda não cumpriu sua função. Só se eleva uma via para que algo passe por baixo e, por enquanto, o acesso à Paulo Fontes sob o elevado segue fechado. Se fosse para ficar assim, que não fizessem o elevado. Um guard-rail fechando a Paulo Fontes seria muito mais barato e mais eficiente.

Enquanto isto, quem vem da beira-mar para a rodoviária precisa fazer o retorno na prainha, voltando pela Paulo Fontes (que o vice-prefeito quer fechar de novo), ou pelo elevado Dias Velho, cruzando a pista de quem vem da ponte para acessar o elevado. 

2 comentários:

  1. CONCORDO! Isso sem falar no "vexame dos ônibus" que tanto propagandearam que tinha para a volta da "passagem de ano", e que na hora de sair da ilha TODOS os ônibus vinham para o estreito...mas como alguém falou:"Será que adianta ficarmos reclamando?" Afinal, se "eles" foram "eleitos", fazem o que querem e não estão "nem aí" pro povo...como no schow da Martinália ontem na Brava...bravo foi quem, como eu, voltou de lá de ônibus, sequer tinha um policial para ajudar no trânsito...e dê-lhe propaganda da "Linda e Bela Ilha de SC"

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  2. Conrado,
    Gostei do texto mas penso que a maior preocupação da prefeitura, "Não é se o elevado cumpriu sua função, ou não" é quantos votos isso vai dar...é igual ao "Posto de Saúde" de Coqueiros onde transformaram um parque construido pela comunidade em "Pracinha" pra passear com cachorros...(e vem mais por aí )mas
    acontece que "o posto dá votos...

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